Começou esta semana a Conferência das Nações Unidas para a Biodiversidade, conhecida por COP16 (COP é a sigla em inglês para Conferência das Partes). Daqui a duas semanas e meia, é a vez da Cimeira do Clima, a COP29.
Apesar de cruciais para o futuro do planeta e da Humanidade, as COP da Biodiversidade e do Clima sempre tiveram dificuldades em impor-se no plano mediático. Mas este ano a atenção que está a ser dada a ambos os eventos é ainda menor do que o costume, por força de um caldeirão geopolítico explosivo. Entre as eleições americanas, absolutamente decisivas para o rumo do mundo, o conflito no Médio Oriente e a guerra da Rússia na Ucrânia, a que se somam as tensões entre China e Taiwan e a ascensão da extrema-direita na Europa, não sobra muito espaço para encontros em que se discutem temas que, mesmo em alturas “normais”, parecem distantes.