Barcelona é a meu ver uma cidade bem organizada, os transportes funcionam bem, o ambiente é bom e é muito fácil orientarmo-nos nas ruas por serem na sua maioria paralelas, formando assim quarteirões.
No dia 27 de Agosto o passe de Interrail entrava em vigor, foi portanto o nosso último dia em Espanha. Ao final da tarde despedimo-nos desta cidade tão interessante com rumo ao Sul de França. Entre algumas trocas de comboios e a noite passada à porta de um café fechado, mas com wi-fi sem protecção, já tínhamos inaugurado um novo país: França. Um dos aspectos muito bons de viajar assim é, entrar num comboio num país e acordar noutro. Fora do comboio muda praticamente tudo: as indicações, as pessoas, os edifícios e ouve-se uma nova língua.
Chegámos a Marselha eram 8 da manhã e tínhamos alguma curiosidade de conhecer a cidade, mas ficou para outro dia. Já nos tinham falado da fama de ser perigosa por causa dos carteiristas, e assim que desembarcámos na estação deparo-me com três militares de metralhadora a fazerem a sua ronda, constantemente de um lado para o outro. Nem é tarde nem cedo e apanhámos de imeditado um TGV para Nice, o qual pagámos uma taxa de 18€; as tais taxas que estão sujeitas a alguns comboios de alta velocidade.
Em duas horas e meia estávamos a tomar o atrasado pequeno-almoço no café da estação, o que é costume ser uma boa opção pelos preços acessíveis. Ainda na estação, pusémos a hipótese de deixar as mochilas nos cacifos para podermos dar uma volta mais leves, mas o dinheiro que poupámos deu para o almoço, ainda que tenha sido no McDonald’s (com vista para o mar).
A sensação de estar na marginal junto à praia era única; num dia de Sol que foi propício a um mergulho no mar mediterrâneo, transparente e com uma vista espetacular. Para além da óptima tarde que estava a ser, as ideias na cabeça também passavam pelo próximo destino: Mónaco.