Uma equipa de investigadores criou com elevada pressão e temperatura diamantes de 750 nanómetros e depois submeteu-os a vários processos. O objetivo é usar as descobertas para potenciar a física quântica. Estes nanodiamantes foram atingidos com raios de eletrões de elevada energia para criar uma vaga que pode ser usada para alojar informação quântica.
Com a utilização de ouro e safira, a equipa criou uma armadilha de iões onde, com a passagem de corrente elétrica, é desenvolvido um campo eletromagnético que permite levitar um nanodiamante numa câmara de vácuo, explica o New Atlas.
Os investigadores conseguem controlar a direção (seja no sentido dos ponteiros do relógio ou inverso) ao aplicar a voltagem: “Se não aplicarmos o sinal condutor, o diamante gira omnidirecionalmente, como se fosse um novelo de fios”, explica Kunhong Shen, um dos autores do trabalho. O recorde mundial de velocidade de rotação é de 300 mil milhões de rotações por minuto (rpm), com este trabalho a ficar longe, mas a atingir uns já impressionantes 1.200 milhões de rpm.
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“Dentro destes diamantes, há rotações de qubits que os cientistas podem usar para realizar medições precisas e explorar a relação misteriosa entre a mecânica quântica e a gravidade. No passado, experiências com diamantes flutuantes tiveram dificuldade em prever a perda em vácuo e a ler os qubits em rotação. No entanto, no nosso trabalho, conseguimos ter sucesso a levitar diamantes em alto vácuo e usando uma armadilha de iões especial. Pela primeira vez, pudemos observar e controlar o comportamento dos qubits de rotação dentro de diamantes levitados em vácuo”.
A versão mais atual do assistente de Inteligência Artificial Grok, criado pela xAI, integra um gerador de imagens no qual não foram colocadas as habituais proteções para impedir a criação de conteúdos falsos, violentos ou explícitos. Nesta fase, o gerador está limitado aos utilizadores pagantes da rede social X, mas já originou várias imagens bizarras e ofensivas que estão a inundar aquela rede social. Taylor Swift, Kamala Harris e Alexandria Ocasio-Cortez em lingerie, Donald Trump a pilotar um avião contra o World Trade Center ou o profeta Maomé a ostentar uma bomba são algumas das imagens já criadas pelos utilizadores recorrendo ao Grok, cita o The Guardian.
Recorde-se que outros geradores de imagens, como o Dall-E ou o ChatGPT da OpenAI, rejeitam os pedidos de criação deste tipo de conteúdos, invocando a violação dos termos de serviço. No Grok, esses termos aparentam ser menos rigorosos. Outra lacuna no sistema de Musk é que também trabalha com conteúdo protegido por direitos de autor, sendo possível gerar imagens do rato Mickey a imitar Hitler ou o pato Donald a consumir drogas.
Elon Musk, dono da X, parece, no entanto, estar a gostar: “O Grok é a IA mais divertida do mundo!”, escreveu.
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Nos outros geradores de imagens com recurso a IA está geralmente vedada a utilização de material protegido por direitos de autor, a criação de conteúdo sexualizado ou ‘invocar’ figuras públicas pelo seu nome, lembra o The Guardian. O Grok, por sua vez, parece ter apenas algumas destas proibições implementadas: quando lhe foi pedido para gerar nus completos, respondeu que “infelizmente, não posso gerar este tipo de imagem”.
As ferramentas de geração de imagens e a sua capacidade de produzir conteúdo de desinformação, racista ou misógino estão na mira das autoridades e da comunidade, com a Google, Microsoft e OpenAI a terem enfrentado críticas também na fase de lançamento dos seus projetos.
Há seis anos que um tribunal neo-zelandês determinou que Kim Dotcom devia ser extraditado para ser julgado nos EUA. No entanto, foram sendo interpostos vários recursos que só agora foram devidamente apreciados e o ministro da Justiça daquele país assinou ontem a ordem de extradição do ‘rebelde’ da internet que deu que falar na década de 2010, noticia a Reuters.
Kim Dotcom criou o Megaupload, uma plataforma de distribuição de conteúdos pela internet, que chegou a ser o 13º site mais visitado. No entanto, esta plataforma também era uma das formas mais populares de armazenamento e distribuição de conteúdos pirateados. Em 2012, ele e mais seis pessoas foram acusados, nos EUA, por extorsão, violação de direitos de autor, lavagem de dinheiro e distribuição de material protegido, com as autoridades a pedirem uma indemnização de 500 milhões de dólares para os detentores de direitos lesados. Na altura, Dotcom terá faturado mais de 175 milhões de dólares em anúncios e subscrições premium do serviço Megaupload.
Em 2012, a polícia efetua uma busca na suamansão de Auckland, Austrália, onde Kim Dotcom se barrica, ativa várias fechaduras eletrónicas e dificulta ao máximo a sua detenção, enquanto aguarda numa sala de pânico. O executivo já antes tinha sido detido e extraditado, desta feita para a Alemanha, em 2002, onde foi acusado de ter efetuado o maior caso de trading com base em informação privilegiada.
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O ministro da justiça australiano assinou a ordem esta semana e Kim Dotcom tem agora alguns dias para refletir e pedir conselhos, mas já escreveu no X que “a obediente colónia dos EUA no Pacífico Sul decidiu extraditar-me por causa dos conteúdos que os utilizadores carregaram no Megaupload”.
Em Luanda, era habitual céu e terra zangarem-se para logo de seguida fazerem as pazes. A chuva despejava-se, torrencial, mas não tardava que o sol aparecesse – um sorriso funguento, limpa-lágrimas – até se tornar abrasador. As nuvens perfilavam-se, vigilantes, em ameaça suspensa.
Eu tinha menos de seis anos, porque ainda não andava na escola. Chovera e a terra estava barrenta. Entretinha-me a brincar com os meus carrinhos nas estradas e pontes que construía na lama. A lama secava depressa. A minha mãe estava sentada no muro baixinho que dividia o nosso quintal do da D. Maria do Carmo, quando o marido da amante do meu pai chegou com a caçadeira em riste.
o meu pai: Outra vez isso? Não tens mais nada para contar? Essa história não começa aí. Ninguém consegue perceber em meia dúzia de linhas o que realmente se passou. E mesmo que percebessem, serviria para quê? É um assunto demasiado íntimo. Demasiado distante. Do quarteto de protagonistas, dois estão mortos, o outro homem e eu. Quanto às mulheres, uma já não se lembra de quase nada, e ninguém sabe o que é feito da outra. A última vez que estivemos todos juntos foi há mais de cinquenta anos.
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A minha mãe era então uma mulher magríssima. Usava o cabelo curto, todo puxado para trás, como está na fotografia do batizado da filha da prima Adelaide. Lembrava uma atriz de cinema de um filme nórdico.
a minha mãe: As vizinhas diziam que parecia um pau de virar tripas. Tinham razão. Eu era pele e osso. Por causa do calor. Do calor ou da humidade, não sei. De ambas as coisas. E depois, claro, pelo que o teu pai me fez. As mulheres tornavam-se mais viçosas em África. Exceto eu. Como se a desmesura tropical lhes arredondasse as formas. A minha melhor amiga era a mais espampanante de todas. Gostava dela por ser tão diferente de mim. Uma vez, ela disse-me, Tens de te alimentar, mulher, os homens gostam de carne. Andou anos enrolada com o teu pai. Debaixo do meu nariz. E do nariz do marido. As coisas que nos acontecem sem darmos conta. Somos cancros uns dos outros.
a melhor amiga da minha mãe: A tua mãe estava quase sempre doente. Fui eu quem muitas vezes cuidou de ti e da tua irmã. Lembras-te dos copos de leite com Energetic que vos fazia? Sempre duas colheres de sopa. Tu rias-te do bigode de chocolate com que ficavas. Eu também. Deixavas que to limpasse, tu muito atenta ao meu batom vermelho-vivo. Já andava com o teu pai, mas na minha cabeça uma coisa não tinha a ver com a outra. Eras a filha dos meus vizinhos, dos meus melhores amigos, não do meu amante. Os corpos ávidos não têm afinidades.
A família deles: ela, o marido e os dois filhos. A nossa família: eu, a minha irmã, a minha mãe e o meu pai. Andávamos sempre juntos. Piqueniques, filmes no cinema do bairro, festas de casamento e batizado, passeios ao domingo, baleizões na ponta da Ilha.
o meu pai: Como é que tudo começou? Mesmo que to quisesse dizer não saberia. Muito do que acontece surge com a inevitabilidade verde-espanto com que uma vigorosa raiz rompe o solo. Nada pode deter o que desponta. Inadvertidamente ou não, um corpo roça noutro corpo que não lhe foge; um e outro deixam-se estar, expectantes de que um consentimento mudo os ate. Talvez tenha sido assim. Talvez seja sempre assim, sem a premeditação torpe das palavras.
a amante do meu pai: Nunca fui boa dona de casa, mas que era vistosa, era. Cabelo pintado de louro, cintura de vespa. Então quando vestia aquele fato branco e punha os óculos escuros de armação preta, parecia que os olhares dos homens, todos voltados para mim, me faziam flutuar. Como se a pobre Marilyn, já morta e bem morta nessa altura, tivesse ressuscitado tardiamente naquele fim de mundo. A tua mãe era boa dona de casa e também era bonita, só que tinha uma beleza fria. As belezas frias não prendem os homens. Não os fazem felizes.
Duas famílias felizes. Sim, éramos felizes. Apesar da fragilidade da minha mãe. Apesar dos cochichos das vizinhas.
Nem se deram ao trabalho de ir arranjar amantes longe.
Que pouca-vergonha!
Ela é ainda é mais porca do que ele.
Nós mulheres é que temos de nos dar ao respeito.
E o corno do marido que não vê nada?
Pobre da mulher que está cada vez mais escanzelada.
O que vai ser daquelas quatro crianças?
Duas famílias felizes, até a minha mãe ver com os seus próprios olhos.
a minha mãe: Precisei de ver como São Tomé. Apanhei-os juntos no jardim das luzinhas amarelas. A partir daí, nunca mais houve um dia de descanso em nossa casa. Estava tão fraca que mal me tinha em pé, mas não me deixei soçobrar. Foi o único homem que tive. O pai das minhas filhas. O meu único amor.
Quase todos os serões havia gritaria na nossa casa, arremesso de pratos, juras disto e daquilo. A minha irmã e eu íamos para a rua. Ficávamos do outro lado da estrada, à espera. A ver os nossos pais discutir. Se discutiam muito alto, tapávamos os ouvidos. Às vezes também tapávamos os olhos.
o marido da amante do meu pai: Sempre fui o mais apagado dos quatro. Homem indistinto. Como é que ainda te lembras da minha cara, do sem-jeito do meu corpo? Nem bom marido nem bom pai. Mediano. Como o emprego que tinha na fábrica. A mediania é o pior inimigo da sedução. O teu pai era o oposto. Excessivo, ávido de tudo. Queria construir um império de camionagem, dormir com as mulheres todas que pudesse. A minha mulher idolatrava a ambição dele. Foi a tua mãe que me contou o que se passava. Não quis acreditar. Se acreditasse não poderia continuar com a minha vida como até aí, não poderia voltar para casa. Mas a tua mãe não parava. Por isso, naquela tarde, peguei na caçadeira, disposto a calá-la fosse como fosse, Se torna a levantar falsos testemunhos, mato-a.
As vizinhas ainda não tinham começado a gritar, quando parei a construção de uma nova ponte na lama. Levantei-me. Corri. Agarrei as pernas do marido da amante do meu pai. Nas calças dele, o desenho das minhas mãos enlameadas.
Os três grandes operadores de telecomunicações em Portugal – MEO, NOS e Vodafone – irão ter um quarto concorrente de peso no mercado nacional de telefonia móvel, internet e distribuição de serviços de televisão por cabo. A Digi Communications, com operações já consolidadas na Roménia, Espanha e Itália, acaba de comprar a Nowo, que pertencia aos espanhóis da Cabonitel, por €150 milhões e poderá iniciar uma política de preços mais agressiva, tal como tem acontecido noutros mercados onde está presente. Foi o próprio CEO da Digi Portugal, Emil Grecu, a confirmar o seguimento desta estratégia, após a compra da Nowo: “Estamos confiantes de que vamos proporcionar aos consumidores portugueses uma ampla gama de serviços de telecomunicações, com tecnologia de alta qualidade a um preço justo.”
Com esta operação, a Digi fica já na posse de um portefólio de 270 mil clientes de telefone móvel e 130 mil de telecomunicações fixas e com o acesso às licenças de espetro, detidas pela Nowo das bandas de frequência 1 800 MHz, 2 600 MHz e 3 600 MHz.
Mas não é só. Esta aquisição vem resolver um dos maiores problemas que a Digi encontrou para se impor no mercado nacional, o acesso aos conteúdos de televisão.
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Em 2021, a empresa já tinha adquirido, por €67 milhões, os espetros de 900 MHz, 1 800 MHz e 3 600 MHz, no leilão das bandas para o 5G. No entanto, ao contrário do que aconteceu em Espanha, a Digi teve vários problemas para conseguir estabelecer acordos com os principais grupos de media, para ter acesso aos conteúdos televisivos, bem como parcerias para conseguir interoperacionalidade de serviços com os outros operadores.
Concorrência A Digi ganhou 1,4 milhões de novos clientes em Espanha, nos últimos seis meses Foto: Dreamstime
Já em junho deste ano, durante uma audição da Comissão Parlamentar de Economia, Obras Públicas e Habitação, Sandra Maximiano, presidente da ANACOM – a entidade reguladora das telecomunicações em Portugal –, disse que a Digi estava a construir uma rede própria no País, mas esse investimento só por si não era suficiente para ter uma oferta comercial completa. “Existem outros problemas, como negociar a obtenção de serviços com outras empresas, nomeadamente para ter acesso a sites e conteúdos televisivos e à interligação, para que os clientes possam fazer chamadas e enviar SMS para outros operadores”, explicou, na altura, Sandra Maximiano.
Com a compra da Nowo, que já tem estes contratos estabelecidos, o problema fica ultrapassado. Pelo menos por agora, pois estes contratos têm um período de validade e terão de ser negociados no futuro. Segundo um especialista de telecomunicações, contactado pela VISÃO, este poderá ser um problema menor para a Digi, pois, “à medida que forem conquistando clientes em Portugal, a empresa ganhará outro poder negocial junto dos grupos que fornecem conteúdos de media”. Com este problema resolvido, a Digi Portugal, que já tem uma equipa de 600 colaboradores no nosso país, deverá entrar em força no mercado, com oferta mais personalizada e adaptada à sua estratégia de serviços integrados móveis, televisão e internet, ainda antes do final do ano.
Relativamente aos preços das telecomunicações, o mesmo especialista garante que “esta tem sido a estratégia da Digi para se afirmar noutros mercados, e decerto que a irá utilizar em Portugal. Só dessa forma conseguirá entrar num mercado que está praticamente todo coberto pela oferta existente”.
E esta ofensiva já está a ser antecipada pelos principais operadores. “Estes têm apresentado aos clientes contratos mais vantajosos do que aqueles que estão em vigor, fidelizando-os por um período de mais 24 meses”, garante a mesma fonte.
Uma mudança que está a mexer no equilíbrio de preços a que temos assistido nos últimos anos. Basta uma pequena consulta aos sites dos três maiores operadores de telecomunicações em Portugal para percebermos que os preços das ofertas são muito similares, distinguindo-se, por vezes, nas ofertas complementares que o serviço inclui, como acesso a fornecedores de streaming ou a canais diferenciados, entre outros.
Segundo um comunicado da Digi, divulgado após a compra da Nowo, a empresa deverá investir em Portugal cerca de €500 milhões para lançar esta operação, verba que engloba a compra das licenças, a aquisição da Nowo, o investimento em infraestruturas próprias e a criação de um serviço comercial.
À conquista da Europa
Fundada por Zoltán Teszári, em 1992, a Digi começou como um operador de televisão por cabo romeno, que operava em duas regiões do país, Timisoara e Brasov. Cinco anos depois, começou a oferecer serviços de internet, alterando a designação para Romania Cable Systems (RCS). Através de aquisições e de parcerias, a empresa cresceu noutros mercados, como a Hungria e a Eslováquia, e, em 2004, cria a marca Digi para a televisão por satélite.
Em 2007, entram no mercado de telecomunicações móveis na Roménia, acabando por unificar todas as operações (internet, telefone móvel e televisão) numa só marca.
Um dos passos mais importantes da internacionalização deste grupo acontece em 2008, quando, através de uma parceria com a Movistar, entra no mercado espanhol.
A estratégia foi bem delineada e assentava na captação de clientes na grande comunidade romena, que vive naquele país. Graças aos preços agressivos nas chamadas entre Espanha e a Roménia, a Digi conseguiu conquistar uma boa parte destes imigrantes como clientes. Depois deste início, a Digi não parou mais de crescer no mercado vizinho. No último semestre, já atingiu os 4,3 milhões de clientes de telefonia móvel, um crescimento de quase 900 mil, e na internet fixa passou de 658 mil para 1,1 milhões de utilizadores.
Após o êxito da estratégia definida e aplicada em Espanha, a Digi tentou replicar o mesmo conceito em Itália, mas não conseguiu os mesmos resultados.
O mercado espanhol já representa mais de um terço das receitas da Digi, que, no final do primeiro trimestre, ascenderam a €809 milhões
Ao longo dos últimos anos, a Digi passou por uma série de vendas, acordos, exclusão de concursos de licenças, etc., e atualmente tem operações comerciais na Roménia, Espanha e Itália.
No primeiro semestre de 2024, a Digi Communications apresentou um volume de negócios de €809 milhões, o que correspondeu a um crescimento de 12,9% face a igual período do ano anterior. A empresa tem, nos mercados em que está presente, um total de 21 mil funcionários e 18 milhões de casas ligadas através da sua rede de fibra.
Atualmente, a Roménia, onde a empresa oferece serviços de televisão, banda larga, telefonia móvel e telefone fixo, representa 60,7% do volume de negócios da Digi. O mercado espanhol, onde tem serviços de banda larga e telefones móvel e fixo, já contribui com mais de um terço da receita da empresa, enquanto a Itália representa apenas 1,7% da faturação.
Em maio deste ano, a Digi ultimou os preparativos para iniciar a atividade na Bélgica e, com a compra da Nowo, deverá lançar os serviços comerciais em Portugal ainda antes do final do ano. A avaliar pelas estratégias que tem implementado noutros países, o mercado português de telecomunicações poderá assistir a uma nova guerra de preços, já em 2025.
Sempre que um governo ou até uma universidade propõe a criação de novos cursos de Medicina já se sabe o que acontece no País das urgências fechadas por falta de médicos: corre a Ordem respetiva, acompanhada no coro por alguns sindicatos, a clamar que não são precisos mais médicos em Portugal. Estamos a assistir agora a mais um episódio desse folhetim, desde que, na festa do Pontal, e perante o acumular de problemas nos serviços de urgência, o primeiro-ministro Luís Montenegro anunciou a criação de dois novos cursos de Medicina nas universidades de Trás-os-Montes e Alto Douro e de Évora, com o objetivo de “tratar estratégica e estruturalmente” os problemas que afetam o País na área da Saúde. Claro que não será a abertura de novos cursos a resolver o problema imediato que se vive nas urgências. Só dentro de uma década, na melhor das hipóteses, é que esses futuros médicos poderão estar a colmatar as faltas de especialistas que agora se verificam, nomeadamente nas urgências de Obstetrícia e Ginecologia do Serviço Nacional de Saúde, com todos os problemas a que temos assistido nas últimas semanas. Como também é discutível que o Governo, por si só, tenha o poder de abrir esses novos cursos e, muito menos, de indicar qualquer prazo fiável para que os mesmos entrem em funcionamento.
“A mãe da criança foi intercetada pelas 10:15, interrogada, constituída arguida e sujeita a termo de identidade e residência, tendo todavia informado que a criança lhe tinha sido subtraída”, disse à agência Lusa fonte da PSP, que acrescentou que a menina, de quatro anos, foi transportada pelas 16h35 para uma casa de acolhimento, em Lisboa, no âmbito da lei de proteção de crianças e jovens em perigo.
O alerta foi dado por volta das 6h00 de quinta-feira por uma testemunha que viu uma pessoa a deixar um carrinho de bebé na Avenida 5 de Outubro, junto à estação de Entrecampos, e a abandonar o local.
A criança foi transportada para o Hospital Dona Estefânia, em Lisboa, para ser observada, tendo depois sido levada para a casa de acolhimento.
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A mãe, com cerca de 25 anos, “foi encontrada visivelmente embriagada na via pública”, segundo a PSP, acrescentando que a informação que dispõe é de que “esteve num bar durante a madrugada e, depois de ter saído do bar, terá deixado a criança na via pública”.
Ainda de acordo as autoridades, o discurso da mulher não se revelou “coerente” e apresentou “ideias díspares”, tendo inclusive começado por dizer que a criança tinha sido raptada.
A mulher incorre num crime de exposição ou abandono.
1. É Uma Esplanada
Num Chiado pejado de turistas, é bom saber que existe um sítio assim, com sombra e sossego. Chama-se É Uma Esplanada e funciona como cafetaria do Museu de São Roque. A esplanada que lhe dá nome está posta ao canto do Largo Trindade Coelho, mas é lá dentro, no antigo claustro do convento, onde também existem mesas e cadeiras, um pequeno lago e plantas, que mais apetece estar. Trata-se do quinto projeto de restauração da associação Crescer, para formar e integrar pessoas em situação de sem-abrigo, refugiados e requerentes de asilo no mercado de trabalho. Não sendo novo (abriu no final de 2022), renasce agora com outro vigor.
Foto: DR
A carta, sob a orientação de Nuno Bergonse, chefe consultor de todos os projetos gastronómicos da Crescer, reúne sobretudo tapas e petiscos (bolinhos de bacalhau, húmus de espinafres com pão pita, cornetos de salmão fumado com beterraba, tábuas de queijos e enchidos), saladas, um hambúrguer de novilho, tosta de frango e sobremesas caseiras. Também há propostas de brunch, como os ovos Benedict, tostas, croissants e panquecas (à carta ou num menu de €16). Sumos naturais, cerveja, chá, sangria, vinhos e cocktails acompanham os diferentes momentos do dia. Museu de São Roque, Lg. Trindade Coelho, Lisboa > T. 96 831 1760 > ter-sáb 10h-19h
2. Hemisfério
Quem conhece bem Oeiras lembrar-se-á do restaurante vegetariano Govinda, no alto do jardim municipal da vila. No seu lugar abriu, em junho, o Hemisfério, e quem passar por lá vai encontrar uma zona exterior, com mesas e uns bancos forrados com almofadas confortáveis que recortam o muro – onde se está muito bem, ao fim da tarde, a beber uma cerveja e a petiscar um trio de húmus, as batatas cortadas fininhas com maionese de trufa ou uns croquetes –, e uma sala envidraçada para refeições, decorada a palhinha e madeira e com vista para o jardim.
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Fotos: Cláudio Gonçalves
Do bar, no pequeno edifício octogonal classificado que aqui existe, saem cocktails de autor e clássicos (havia em Oeiras um sítio para beber um paloma ou um bellini?). A ideia inicial dos amigos e sócios André Simões e António Ricciardi, que cresceram em Oeiras, era que o Hemisfério fosse um sítio onde comer um brunch a qualquer hora (servido à carta) e um bar. Mas a reação das pessoas tem sido boa, conta António, de tal forma que começaram a servir também jantares de quarta a sábado. Na ementa fixa constam a shakshouka (prato do Médio Oriente, feito com ovos escalfados num estufado de tomate e harissa, queijo feta e creme de iogurte), um hambúrguer de carne com queijo cheddar e um molho secreto servido com chips de batatas, taças de salmão ou frango e um rosbife de vitela. R. Desidério Faria, 31, Oeiras > T. 91 394 9615 > ter-dom 10h-19h, qua-sáb até 24h
3. Madrasta
Instalou-se num edifício histórico dos anos 50, no Jardim Municipal de Paço de Arcos, à beira da Avenida Marginal, e logo nos últimos dias de março deu nas vistas, conquistando uma clientela que vai das famílias (mãe, pai, avós e netos) aos grupos de amigos, com e sem crianças (o jardim tem um parque infantil).
Foto: Hares Pascoal
O Madrasta, do grupo Non Basta, funciona como restaurante, com duas salas interiores decoradas com um painel da Oficina Marques e peças em cerâmica de Bela Silva, e uma generosa esplanada, onde se serve uma carta que combina as cozinhas portuguesa e italiana. Subindo uma escada em caracol, chega-se ao terraço (em inglês rooftop, como se prefere dizer agora) com vista para a outra margem, do Cristo-Rei à Costa da Caparica. A funcionar desde o final de maio, está decorado com cadeirões, pequenas mesas de madeira e chapéus de sol amarelos de pano. A carta é mais curta do que no restaurante, mas não menos apetecível. A arte de petiscar faz-se com ostras, pastéis de massa tenra, cachorro de lavagante, salmão de cura caseira com leite de tigre, carpaccio de polvo, prego do lombo e panuozzo de camarão ou de polvo. Na secção Estes Cocktails só no Rooftop, leem-se nomes como Palomita Express, Moscow Roof, Cumbia Sour e Nonna Spritz, mas também há vinho a copo e cerveja. R. do Jardim Municipal de Paço de Arcos > T. 21 151 3012 > seg-qui e dom 12h-00h30, sex-sáb 12h-1h
4. Selllva
Fotos: DR
A novidade aqui é que este restaurante cheio de boas vibrações, muito graças aos murais pintados pela ilustradora francesa Henriette Arcelin, que se inspirou no exotismo da fauna e flora selvagens, tem uma segunda morada. Se, na zona do Marquês de Pombal, o Selllva (assim mesmo com três “l”) fica numa rua sem saída, e por isso o trânsito não incomoda quem está na esplanada, em Campo de Ourique ganhou um pátio com muitas plantas nas traseiras. Ali, podemos tomar o pequeno-almoço ou um brunch (todos os dias até às 18h), petiscar, beber um sumo natural, almoçar e jantar. A carta, na qual não entra carne vermelha, tem opções saudáveis e pratos inspirados em cozinhas internacionais. Outra novidade é o bar de crudos, nome para sugestões que não passam pelo lume. Pode pedir sem grandes pressas e horários, pois o restaurante não encerra entre refeições. R. 4 de Infantaria, 29, Lisboa > T. 21 599 9631 > seg-dom 9h30-24h
São 19 horas e ameaça cair umas pingas de chuva (o que felizmente não aconteceu). Mas no terraço do The Rebello, junto ao cais de Vila Nova de Gaia, não há condição meteorológica que apague a belíssima vista que se alcança para o rio Douro, o casario do Porto e de Vila Nova de Gaia, com a Ponte Luíz I ao fundo.
A somar à paisagem, neste verão há uma carta com cocktails de autor (€12, cada) que nos quer levar numa viagem pelas Sete Maravilhas do mundo, preparados com licores, destilados, frutos, ervas e especiarias, característicos de cada país.
Escolhemos o Chichén Itzá, que leva o nome das ruínas maias no estado de Yucatán, no México, feito com tequila, abacate, nachos e jalapeño. Poderíamos ter optado por viajar até ao Brasil, saboreando o Cristo Redentor, uma mistura de cachaça, catuaba, goiaba e lúpulo; ou à cidade perdida dos Incas no Peru, sorvendo um copo de Machu Picchu com pisco, ruibarbo, citronela e frutos vermelhos.
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Na carta, constam ainda os cocktails Petra (Jordânia), Coliseu (Itália), Taj Mahal (Índia), Grande Muralha (China), mas estes destinos terão de ficar para outro dia. Quem prefira uma “viagem” sem álcool (mocktails €8) poderá experimentar três Maravilhas da Antiguidade: Babilónia (cenoura, gengibre e limão), Alexandria (flor de sabugueiro, maracujá e toranja) e Gizé (melancia, hortelã e gin sem álcool).
No terraço servem-se cocktails e petiscos das Sete Maravilhas do Mundo. Fotos: Luís Ferraz
A acompanhar estes destinos pelo mundo, também a nova carta de petiscos – da responsabilidade do chefe André Coutinho – nos leva para outras paragens, sempre a partir das 12 horas em diante. O difícil será escolher entre o antipasti de queijos e enchidos (de Itália), os tacos de birria ou espadarte fumado com guacamole (do México), o pastel de vento com carne de sol (do Brasil) e, entre outros, o kibe com molho de iogurte e especiarias (da Jordânia).
Descemos para jantar no Pot & Pan, o restaurante no rés do chão com uma decoração industrial e um nome alusivo à antiga fábrica de tachos e panelas que aqui funcionou. O chefe André Coutinho também fez mudanças na ementa, optando por uma viagem pela cozinha portuguesa com uma passagem pelo País Basco representado pelo arroz caramelizado de pato à antiga (€24). Nas carnes, as opções podem recair num frango piri-piri, feito no churrasco e servido numa travessa de inox (€18), ou num tornedó com molho de pimenta verde (€26).
No Pot & Pan, os pratos convidam à partilha. Fotos: Luís Ferraz
Nos peixes, serve-se o pescado do dia com açorda (€25), aletria de lagostim e lulas (€29), arroz caldoso de sames e lombo de bacalhau (€22) ou, por encomenda, um robalo ao sal com arroz malandro de camarão e coentros (€110, 4 pessoas) e leitão assado a baixa temperatura (€220, 6 pessoas). Tudo para partilhar à mesa, porque a quantidade de comida é, dizem, “demasiado para um, insuficiente para dois”.
Começámos esta jornada pelas Sete Maravilhas do Mundo (no terraço) e terminámos em terras lusas (no restaurante Pot & Pan), mas fazer o contrário também é possível, encerrando a noite a olhar as luzes no rio e viajando, por exemplo, até à India com o cocktail Taj Mahal.
Bello Rooftop. Foto: Luís Ferraz
The Rebello > R. Cais de Gaia, 380 > T. 22 002 8940 > Bello Rooftop 12h-24h; Pot & Pan 19h-23h
Ambiente descontraído e vista para o mar. Eis o que promete o clube de praia do Verdelago Resort, com acesso direto à praia Verde através de passadiços de madeira. Na carta, aposta-se nos sabores locais para petiscar: ostras, ceviche de peixe do mercado, salada de muxama do Algarve, lingueirão da Ria Formosa, amêijoa boa à Bulhão Pato e um hot dog de lavagante. À zona de refeições, com 54 lugares, soma-se um lounge no terraço, com 32 lugares e uma seleção de cocktails de autor, champanhes e espumantes. Verdelago Resort, Praia Verde, Altura > seg-dom 10h ao pôr do sol, restaurante seg-dom 12h-16h
2. Marina com Noélia, Olhão
Fotos: Hayley Kelsing
Descansem os frequentadores do restaurante de Noélia Jerónimo em Cabanas de Tavira que é por lá que a chefe algarvia se mantém, embora vá até Olhão para assegurar que tudo corre bem neste novo restaurante. Trabalhar com aquilo que o mar e a terra dá em cada época também é regra no Marina com Noélia, situado no Real Marina Hotel & Spa e em frente à Ria Formosa que tanto inspira a chefe de cozinha. Aqui, é possível pedir, por exemplo, um crudo de robalo (€20), um arroz de lingueirão (€26), um arroz de tamboril e tosta de fígados (€58), uma raia alhada (€23) ou um bacalhau à Brás (€29). Para as sobremesas, Noélia escolheu pudim abade de priscos e citrinos (€8), quindim de amêndoas e cerejas ao Marrasquino (€7) e mousse de chocolate com caramelo de azeite (€8). Real Marina Hotel & Spa, Av. 5 de Outubro, Olhão > T. 91 330 8129 > seg-dom 12h-15h, 19h-23h
3. Armação Beach Club, Armação de Pera
Fotos: DR
Na praia de Armação de Pera, este clube que reúne os restaurantes de praia do Vila Vita Parc tem novas propostas para aproveitar o verão. Todas as sextas-feiras e sábados, até 14 de setembro, o Sunset Beach Lounge encerra o dia e inaugura a pista do lounge do restaurante Praia Dourada. Com entrada gratuita e música garantida por DJ convidados, a festa começa às 19h e convida a um pézinho de dança. Também no Praia Dourada, ao domingo das 13h às 16h, é dia de Chiringuito Chic. A música ao vivo, a ementa com ingredientes frescos e locais e o ambiente descontraído convidam a um almoço demorado. A entrada tem o valor de €46 e inclui entradas (presunto ibérico, queijo manchego, boquerones, croquetas de bacalhau, entre outros…), paella e sobremesa. Aconselha-se reserva prévia. À quinta-feira, na esplanada do NANA on the Beach, o restaurante que aposta nos sabores mediterrânicos, há Kalamata Vibes, um convite para terminar o dia a beber um cocktail enquanto o sol se põe. R. da Praia, Praia de Armação de Pera>T. 282 310 230
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4. Playa, Olhão
Jantar, beber e dançar conjugam-se no Playa, um restaurante que também é bar, situado em Olhão, em frente à Ria Formosa. Na ementa constam pratos de inspiração latina para partilhar: quesadillas (a partir de €7), tacos (a partir de €8), burritos (a partir de €12), ceviches (a partir de €12) e tábuas de carnes provenientes do Brasil e da Argentina (a partir de €49). Cocktails, margaritas e sangrias, feitos com fruta fresca, são os acompanhamentos ideais para assistir ao pôr do sol ou dançar ao som de um DJ seta partir das 22h30. Os candeeiros de palma de São Brás de Alportel e as fotografias das ruas de Olhão, com a sua arquitetura cubista, criam o ambiente. Marina Ria Center, Av. 5 de Outubro, Lojas 9 e 10, Olhão > seg-dom 17h-22h30, bar e esplanada até às 2h
5. Maré e Mirador, Albufeira
Maré do Pine Cliffs. Foto: DR
O sítio não é novo, a vista sobre a praia da Falésia é a mesma. Ainda assim valerá a pena assinalar que é com novos pratos, novos cocktails e nova decoração que o Pine Cliffs Resort celebra este verão. No areal, o Maré apresenta na carta peixe e marisco do dia e uma seleção de saladas e hambúrgueres, acrescentando-lhe as batatas bravas (€14), o guacamole & chips (€15), ceviches (€25), salada de quinoa e tofu (€19), espetada de frango tandori (€31) e costelinha de porco BBQ (€32), entre outras opções. Também o Mirador Champagne Bar, poiso perfeito para assistir ao pôr do sol, foi renovado e conta agora com maior capacidade e um ambiente mais acolhedor. Localizado no topo da falésia, tem uma seleção de bebidas na qual se destacam champanhes, cocktails e digestivos. Pine Cliffs Resort, Praia da Falésia, Albufeira > T. 289 500 100 > Maré: seg-dom 11h-18h, qui-sáb 18h30-23h > Mirador Champanhe Bar: seg-dom 16h-24h
6. ÀCosta by OlivierAlgarve, Albufeira
Foto: Hayley Kelsing
Inspirado no oceano, aposta no peixe e marisco, combinados com receitas tradicionais servidas no areal da praia da Falésia. Aberto em julho, um mês depois do restaurante lisboeta com o mesmo nome, o ÀCosta by Olivier Algarve está integrado no resort Domes Lake Algarve, em Vilamoura, e conta com 78 lugares, espalhados pela sala e pelo terraço. Nas entradas, apresenta ostras ao natural com molho mignotte e limão (€13, 3 ostras), carpaccio de beterrabas (€15), carpaccio de peixe do dia (€19), amêijoas à Bulhão Pato (€26), lingueirão grelhado com manteiga de alho e ervas (€26), Ovo ÀCosta (€27), composto por maionese, tártaro de camarão e caviar, e as Lulas ÀCosta (preço sob consulta) servidas com molho de manteiga, limão, alho e alcaparras. As especialidades, todas para duas pessoas, começam na feijoada de choco (€55), passam pelo arroz de lavagante (€59), pelo Gamberini (€60) e terminam no Arroz ÀCosta (€71), feito com arroz nero, lula, camarão, tamboril, pimentos, bacon e limão. O peixe do dia, bem como o marisco, é apresentado na vitrina à entrada do restaurante. Domes Lake Algarve, Praia da Rocha Baixinha Nascente, Albufeira > T. 92 446 2154 > seg-dom 12h-23h
7. Vila Joya Sea, Albufeira
Foto: DR
Na praia do Xiringuito, o Vila Joya Sea renova-se todos os verões com uma nova ementa e, também, com uma nova decoração. Este ano, há dois menus, um da América Latina e outro japonês, para saborear com vista para o mar. Com o chefe Hiram González viaja-se até ao México, ao sabor de um ceviche vuelve a la vida (€22) com camarão, polvo e jus de carabineiro, uma tostada de milho frito, atum, abacate e maionese de chipotle (€17), Anticucho (€23), nome para o polvo grelhado com batata e molho rocoto. Já o chefe brasileiro Rafael inspira-se no Japão, país dos seus avós, e apresenta usuzukuri (€22) de peixe do dia e ponzu, aburi hotate (€30) de vieiras e caviar Oscietra, sashimi (€49) de carabineiro com caviar Oscietra e o Sashimi Mix (€30) com 12 peças à escolha do chefe. Vila Joya, Estrada da Galé, Albufeira > T. 289 591 795 > seg-dom 13h-15h, 18h-20h