As portagens são hoje abolidas na A4 – Transmontana e Túnel do Marão, A13 e A13-1 – Pinhal Interior, A22 – Algarve, A23 – Beira Interior, A24 – Interior Norte, A25 – Beiras Litoral e Alta e A28 -Minho, esta última apenas nos troços entre Esposende e Antas e entre Neiva e Darque.
As vias com portagens Sem Custo para o Utilizador (SCUT) foram introduzidas em Portugal em 1997, quando era primeiro-ministro António Guterres. Na altura, os custos eram totalmente suportados pelo Estado. Foi a partir de 2010 e depois de muita polémica que o modelo de financiamento destas vias mudou e os custos das ex-SCUT passaram a ser pagos pelos utilizadores.
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A proposta que “elimina as taxas de portagem nos lanços e sublanços das autoestradas do interior e em vias onde não existam alternativas que permitam um uso com qualidade e segurança” foi apresentada pelo PS e aprovada com os votos favoráveis do Chega, BE, PCP, Livre e PAN, com a abstenção da IL e os votos contra do PSD e CDS-PP e promulgada pelo Presidente da República em julho de 2024. De acordo com os socialistas, a medida tem um impacto orçamental de 157 milhões de euros, mas a aprovação do diploma foi controversa, com o PS a ser acusado de “hipocrisia” e de “incoerência”, uma vez que, em fevereiro de 2023, o parlamento, na altura de maioria socialista, chumbou, com votos contra do PS, diplomas do PSD, Chega e PCP para reduzir ou eliminar o pagamento de portagens nas antigas SCUT.
A Cupra, marca jovem e desportiva do universo Volkswagen, continua a sua ofensiva elétrica, agora com o Tavascan, um SUV coupé que promete emoções fortes ao volante. A versão VZ, a mais potente da gama, foi a nossa companheira de teste durante uns dias, tempo suficiente para perceber que este elétrico de ‘nuestros hermanos’ é uma mistura de sensações, onde a tecnologia de ponta se mistura com alguns tropeções ergonómicos e um design que, para dizer o mínimo, não passará despercebido.
Comecemos pelo óbvio: o Tavascan VZ é um carro que chama a atenção. E muito. As linhas agressivas, a silhueta coupé, os faróis afilados, as jantes enormes de 21 polegadas e, claro, a profusão de detalhes em cobre (a cor assinatura da Cupra) conferem-lhe um visual que oscila entre o desportivo e o tuning, algo que poderá desagradar aos mais conservadores. É como se o Tavascan tivesse saído diretamente de um filme da saga Velocidade Furiosa, pronto para enfrentar Dominic Toretto numa corrida ilegal nas ruas de Tóquio. Numa nota pessoal do autor, confesso que, inicialmente, achei o design um pouco exagerado, mas, com o passar dos dias, acabei por me habituar e até apreciar a sua irreverência. É um carro que não tem medo de ser diferente, e isso é algo que merece ser valorizado num mercado cada vez mais homogéneo.
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Tecnologia: misto de inovação e frustração
Entrando no habitáculo, somos recebidos por um ambiente futurista, mas nada minimalista. O painel de instrumentos digital de 5,3 polegadas é complementado por um enorme ecrã tátil central de 15 polegadas, que concentra quase todas as funções do carro. A qualidade de imagem e a fluidez do sistema de infoentretenimento são exemplares. A resposta ao toque é imediata, e a quantidade de informações e opções de personalização disponíveis é impressionante. No entanto, a interface, embora esteticamente agradável, poderia ser mais intuitiva. Alguns menus estão escondidos em submenus, e a curva de aprendizagem é um pouco íngreme.
Uma das funcionalidades que mais impressiona é o sistema de realidade aumentada. Projetadas diretamente no para-brisas, as setas que indicam o caminho a seguir são sobrepostas ao mundo real, tornando a navegação uma experiência quase de ficção científica. É uma daquelas tecnologias que, uma vez experimentada, se torna difícil de dispensar. Funciona de forma fluida e precisa, sem distrair o condutor da estrada.
Mas nem tudo são rosas no que toca à tecnologia do Tavascan. Os controlos táteis no volante, por exemplo, são um exercício de frustração. É muito fácil ativá-los acidentalmente, bastando um ligeiro toque para alterar o volume do rádio ou aceder a um menu indesejado. Uma solução tradicional, com botões físicos, teria sido muito mais eficaz e segura.
Outro ponto que me deixou com um sabor agridoce foi a integração da navegação. Contámos cinco locais diferentes onde é possível consultar as indicações do GPS: ecrã central, painel de instrumentos, uma faixa LED dinâmica que indica a direção a seguir, o sistema de realidade aumentada e, finalmente, o Head-Up Display (HUD). Parece redundante, e é. Como é habitual dos fabricantes tradicionais, há um somar de sistemas, mas falta integração. São demasiadas fontes de informação, que criam alguma confusão e até podem distrair o condutor.
São mais de duas toneladas, mas não parece
Colocando o Tavascan VZ em movimento, percebemos que este SUV tem, de facto, alma de desportivo. Os dois motores elétricos (um em cada eixo), que debitam um total de 340 cavalos de potência e mais de 600 Nm de binário combinado, conferem-lhe uma aceleração fulgurante. Os 0 aos 100 km/h são cumpridos em apenas 5,5 segundos, um valor que faria corar muitos desportivos a combustão. A direção é direta e precisa, permitindo colocar o carro exatamente onde queremos, e o chassis, aliado à tração integral, oferece uma estabilidade impressionante em curva. Os pneus de alta performance contribuem para esta sensação de ‘colagem’ ao asfalto, transmitindo uma enorme confiança ao condutor.
A suspensão adaptativa, que permite ajustar a rigidez dos amortecedores, contribui para este comportamento dinâmico exemplar. No modo mais desportivo, o Tavascan apresenta movimentos de carroçaria mínimos e uma agilidade surpreendente para um carro deste porte. No entanto, esta rigidez tem um preço, e o conforto é, naturalmente, penalizado. Em pisos irregulares, as pancadas secas são sentidas de forma bastante intensa no habitáculo, tornando as viagens longas em estradas menos perfeitas um pouco cansativas.
Um aspeto que pode deixar perplexo quem não conhece a origem (plataforma) do Tavascan é a escolha de travões de tambor no eixo traseiro. Por mais que seja tecnicamente justificado num carro elétrico, não deixa de ser estranho encontrar este tipo de travagem num carro de alta performance em pleno século XXI. A verdade é que a sensação de travagem não é a mais linear. Em algumas situações, o carro parece travar mais intensamente do que noutras, o que pode ser desconcertante. Parece-nos que a gestão entre a travagem mecânica e a regenerativa poderia ser mais apurada, suavizando a transição entre ambas.
Carrega depressa q.b.
Este é um carro de dimensões generosas por fora e por dentro. O espaço para as pernas e para a cabeça é generoso, tanto à frente como atrás. A mala, com 470 litros de capacidade, é suficiente para as necessidades de uma família, mas fica aquém de alguns concorrentes diretos.
No entanto, a funcionalidade é, por vezes, sacrificada em nome do estilo. O braço central em carbono, que divide os bancos dianteiros, é um bom exemplo disso. Embora visualmente apelativo, dificulta o acesso aos espaços de arrumação que se encontram por baixo, obrigando a contorcionismos desnecessários.
O Tavascan VZ aceita carregamentos em corrente contínua até 135 kW, um valor que, à primeira vista, pode parecer desapontante, considerando que já existem modelos no mercado que aceitam potências superiores. No entanto, mais importante que o valor máximo é a curva de carregamento e aqui o Tavascan VZ sai-se bem. Durante o nosso teste, conseguimos uma potência de carregamento média de 120 kW entre os 10% e os 80% de carga da bateria de 77 kWh úteis (28 minutos). O que permite recuperar cerca de 200 km em 15 minutos, considerando a autonomia real que medimos: 490 km. A potência só baixa dos 100 kW a partir dos 75% de carga, o que é um bom resultado.
Um carro de contrastes
O Cupra Tavascan VZ é um SUV elétrico com alma de desportivo, capaz de proporcionar emoções fortes ao volante, mas que peca em alguns aspetos práticos e ergonómicos. A tecnologia de ponta, como o sistema de realidade aumentada, é um dos seus pontos fortes, mas a interface do sistema de infoentretenimento e os controlos táteis no volante precisam de ser revistos. O design arrojado é, sem dúvida, um dos seus maiores trunfos, mas poderá afastar os clientes mais conservadores. E, claro, há a questão do preço, que posiciona o Tavascan VZ -se num segmento de mercado muito competitivo, onde a concorrência é feroz. É, por exemplo, bem mais caro que a referência, o Tesla Model Y (mesmo na versão Dual Motor).
Em suma, o Tavascan VZ é um carro que não deixa ninguém indiferente. É uma proposta audaciosa da Cupra, que certamente encontrará o seu público entre aqueles que procuram um elétrico com personalidade forte, prestações de alto nível e um design que foge à norma. No entanto, as suas imperfeições, especialmente no que toca à ergonomia e a alguns detalhes tecnológicos, impedem-no de alcançar a excelência. Se a Cupra conseguir limar estas arestas nas próximas versões, o Tavascan terá o potencial para se tornar uma referência no segmento dos SUVs elétricos desportivos. Para já, fica a promessa de um futuro elétrico emocionante, mas ainda com margem para melhorar.
Autonomia Bom Infoentretenimento Bom Comunicações Muito bom Apoio à condução Bom
Características Potência e binário: 250 kW (340 cv) e 679 Nm ○ Acel. 0-100 km/h 5,5 seg. ○ Vel. Máxima 180 km/h ○ Bateria 77 kWh úteis (NCM), autonomia WLT: 521 km (medido: 490) ○ Carregamento AC até 11 kW, DC até 135 kW
Confundindo, talvez, as suas atuais funções com as que anteriormente desempenhava, o antigo bispo das forças armadas e de segurança, sentiu necessidade de vir a público dizer algumas coisas sobre a PSP.
Primeiro, que aquela polícia dispõe de uma escola de elevado nível de preparação, reconhecida internacionalmente pela competência científica, o ISPSI, o Instituto Superior de Ciências Policiais de Segurança Interna. Segundo, que a atuação daquela força policial no terreno é sempre devidamente planeada. Terceiro, que a sua prática no terreno comporta uma “dimensão ética muito profunda”. Quarto, que “nunca a polícia usa meios que sejam desproporcionais com os fins a que se propõe.” E, finalmente, a afirmação que constitui a cereja no topo do bolo: lamentou que nos últimos tempos, tudo aquilo que envolve as forças de segurança e, concretamente, a PSP, imediatamente se transforme em facto quase político, com leitura política.”
Espera-se que o cidadão comum que ouviu tais declarações possa então colocar algumas perguntas, como: alguém acusou a PSP de incompetência na referida operação? Ou que tal ação não terá sido devidamente planeada? Ou que os agentes não tenham agido individualmente de forma ética? Já a questão da suposta proporcionalidade é muito discutível, tendo em conta os pífios resultados obtidos.
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E quanto à declaração porventura mais importante de que a atuação das forças de segurança se transforma ultimamente em factos com leitura política, contém em si mesmo um problema de fundo. Ao querer condenar de forma enviesada os que criticaram a operação do Martim Moniz, Rui Valério acabou por dar um tiro no pé. É que se a mesma tivesse sido estritamente profissional nunca teria tido uma leitura política. Mas acontece que o primeiro-ministro veio a correr dar-lhe total cobertura, depois de há dias ter aparecido em horário nobre nas televisões, com os chefes das forças de segurança atrás de si, a sugerir que o governo as comanda. Segundo Leitão Amaro, “Esta operação, chamada por alguns de megaoperação policial no Martim Moniz, é apenas uma. Temos várias calendarizadas e demos instruções às forças de segurança para continuarem a fazer este trabalho no terreno.”
Montenegro resolveu trabalhar para as perceções mas apenas em matéria de segurança. Se há perceção de insegurança – apesar de sermos um dos países mais seguros do mundo – então há que mostrar as armas e proceder a operações policiais musculadas mostrando-as nas televisões. Pois é, mas também há perceção de pobreza e não se vê uma atuação tão dinâmica e musculada para lhe fazer frente. E há perceção de que o SNS está um caos, mas nunca como este fim de ano houve tantas urgências fechadas e o INEM na crise que se conhece.
O Presidente da República resguardou-se a opinar sobre o caso Rua do Benformoso, há uma queixa na Provedoria de Justiça, a IGAI abriu um processo administrativo, sectores importantes da sociedade civil manifestaram a sua indignação pela adoção pelo governo do mantra da extrema-direita, que associa de modo falso e abusivo migrantes com criminalidade, e é neste contexto que o patriarca de Lisboa resolveu intervir tomando partido, ao saltar assim para a arena política em que se degladiam direita e esquerda, governo e oposição.
Mas Rui Valério defendeu ainda: “Não podemos aceitar que a religião, em algum caso, em alguma circunstância, seja um meio para alcançar, enfim, desígnios ou metas menos nobres para a sociedade.” Pois bem. Depois das declarações anteriores, ficaria bem ao chefe da igreja católica da diocese de Lisboa que se procurasse encontrar rapidamente com líderes religiosos islâmicos, religião a que está ligada a maioria da população hindustânica do Martim Moniz. Esse sinal seria visto como um bom contributo para combater o aumento de 38% dos crimes de ódio em Portugal registado em 2023, em comparação com o ano anterior, de acordo com os números da PSP e GNR.
Neste Dia Mundial da Paz lembremos George Bernard Shaw: “A paz é não só melhor do que a guerra, mas infinitamente mais árdua.” Ou seja, para fazer a guerra basta abrir a boca sem cuidado, já construir a paz dá muito trabalho.
Não se pode ir com uma rosa branca para oferecer à polícia e no mesmo dia usar as palavras como pedras lançadas contra as comunidades migrantes, como fez o inenarrável Ventura. Da mesma forma não convém a um líder religioso a quem se exige neutralidade político-partidária, vir apoiar uma parte do especto político contra o outro. Já para não falar no apoio precipitado oferecido a um proto-candidato presidencial que lhe deu uma medalhinha.
Da política ao futebol, de Portugal à Europa e ao mundo, 2024 assistiu a ruturas raramente vistas. Caíram mitos e ídolos, ressurgiram personagens esquecidas, abalaram-se instituições e governos. Entre nós, que mudámos, também, de primeiro-ministro, assistiu-se a tudo, da prova de força da direita populista à queda… de Pinto da Costa
As lutas contra as injustiças e pela melhoria da qualidade de vida espalharam-se, por mais um ano, ao mundo inteiro, onde se repetiram as imagens da guerra e das catástrofes. Mas também de coragem e momentos de glória, que ajudam a resumir as marcas que o ano que passou deixou em Portugal e no mundo. Pelas lentes dos fotógrafos das principais agências noticiosas internacionais e dos repórteres fotográficos da VISÃO
O ano foi marcado pelas disputas eleitorais, o que acentuou as distâncias no discurso político entre esquerda e direita. As polémicas em torno do 25 de Novembro recuperaram “choques” antigos
De “O Meu Bolo Favorito”, prova da sublime beleza do cinema iraniano, a filmes superlativos de Aki Kaurismäki e Luca Guadagnino. Os 10 melhores filmes que se estrearam nas salas portuguesas em 2024, numa seleção do crítico de cinema da VISÃO Se7e, Manuel Halpern
2024 vai voltar a bater o recorde da temperatura média global mais alta desde que há registos, deixando para trás 2023. Pela primeira vez num ano de calendário, a atmosfera do planeta ficou acima de 1,5°C
Nos últimos meses de 2024, uma mulher francesa de 72 anos tornou-se um ícone do movimento feminista ao converter a sua tragédia individual numa causa coletiva contra a violência sexual
Em jeito de balanço, os museus, as lojas, os restaurantes e outros projetos que mais gostámos de conhecer em Lisboa, em 2024 – e que estão aí, abertos à curiosiosidade de todos
Uma erupção vulcânica, o mar congelado, furacões. Não faltaram fenómenos meteorológicos extremos em 2024 e estes são os 10 selecionados pelo seu impacto por um especialista da Meteored
Samuel Biener, especialista da Meteored, um projeto sobre informação meteorológica a nível mundial, analisou os fenómenos meteorológicos extremos mais impactantes do ano em todo o mundo. Este top 10 foi transformado num resumo em vídeo, que mostra as imagens impressionantes destes fenómenos e que pode ver em baixo.
Para já, vamos ao top 10:
10º
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As erupções vulcânias que ocorreram este ano na península de Reykjanes, na Islândia.
9º
Os enormes incêndios florestais, que queimaram quase meio milhão de hectares na Califórnia, EUA.
8º
A avalanche maciça que ocorreu em fevereiro em Sonamarg, Índia.
7º
Os grandes nevões que caíram em Sestriere (Turim), Itália
6º
As zonas desérticas de Marrocos, onde se formaram lagos temporários no passado outono devido a um extraordinário temporal de chuva.
5º
As tempestades do final de maio em Asir, Arábia Saudita, que deixaram inúmeros relâmpagos nuvem-solo.
4º
O “mar congelado” na Argentina – a baía de San Sebastián (Terra do Fogo), durante uma vaga de frio muito adversa.
3º
A brutal tempestade de granizo que assolou Guangdong e Guangxi, na China, no final de abril.
2º
O furacão “zombie” John, que causou estragos em Acapulco, México, e várias mortes.
1º
A gota fria que atormentou Espanha no final de outubro. Além das inundações históricas e catastróficas, em magnitude e intensidade, morreram quase 230 pessoas, a maioria das quais na província de Valência, e foram registados quase 800 mm em apenas 24 horas.
Há de tudo um pouco nesta lista, desde notícias dadas em primeira mão, a movimentações no mercado dos carros elétricos, aos nossos afamados testes de grupo que colocam frente a frente os melhores gadgets das suas categorias, passando pelas tendências mais recentes do setor tecnológico (no País e no mundo).
Veja (ou reveja) na galeria em cima os temas que captaram a atenção dos nossos leitores em 2024 e continue página abaixo se quiser ficar a saber mais sobre cada um deles (sem uma ordem específica de sucesso).
Há poucas pessoas no mundo com um currículo tão impressionante quanto o de Tony Fadell. E, por mera coincidência, descobrimos que está a viver em Lisboa. O resto é uma história para ler na Exame Informática.
É um dos combates mais aguardados do ano, aquele no qual pegamos nos principais smartphones do mercado, agarramos numa lupa e respondemos à pergunta – afinal, qual o melhor na área da fotografia? Se quiser saber a resposta, é só carregar no link.
Suspeitamos da razão pela qual esta reportagem figura entre os artigos mais lidos do ano. O teletrabalho está a passar por um momento de grande indefinição: uns querem-no muito, outros estão mortinhos para que acabe. E neste artigo damos uma visão ampla sobre a postura das empresas tecnológicas sobre este tema tão sensível.
Falaram de rentabilizar melhor o dinheiro? Qual melhor forma de captar a atenção dos leitores do que com um serviço que é muito acarinhado entre os fãs da tecnologia e que promete resolver uma das principais queixas feitas à banca tradicional? Agora só falta cumprir.
Neste autocarro ninguém reclama com o condutor. Ou até pode reclamar, a diferença é que não está ninguém ao volante. Foi sem dúvida uma experiência digna de registo e um dos grandes pontos de destaque do evento ENVE 2024.
Ok, admitimos que esta até a nós nos apanhou de surpresa… A troca de galhardetes entre EUA e China subiu de nível, literalmente, e já saiu fora do planeta. As ‘guerras das estrelas’ parecem só fazer sentido em filmes de ficção científica, mas algo nos diz que estão a ficar demasiado realistas…
Publicar um teste a um televisor é um sucesso garantido no nosso site. Juntar quatro na mesma análise fez subir a escala. Num ano de grandes eventos desportivos e de grandes estreias nos serviços de streaming, os fabricantes de TV ficaram a ganhar.
É preciso coragem para admitir que um produto que testamos é tão convincente, que parece que o preço não está devidamente ajustado – mas a favor do cliente. Não é à toa que a Tesla tem conseguido ganhar quota de mercado e figurar entre as marcas de automóveis mais vendidas no País.
Foi publicada já mais perto do final do ano, mas esta reportagem atraiu pessoas em número suficiente para figurar nesta lista. Aos poucos, Portugal está a tornar-se num local de referência para grandes projetos de avição, tecnologias espaciais e outras áreas adjacentes.
Que grande airfryer! Foi o que exclamámos, mal retirámos esta máquina da caixa. De facto, os 7,2 litros de capacidade fazem toda a diferença para quem procura uma aifryer com um perfil mais familiar. Nesta máquina é fácil, por exemplo, assar um frango inteiro ou cozer um bolo de dimensões generosas. Outra vantagem do muito espaço é a maior facilidade em fazer circular o ar entre os alimentos. O que ajuda a acelerar o processo e a obter resultados mais uniformes. Um exemplo? Fritar batas nesta máquina resultou em batas estaladiças… todas, não apenas algumas. Fizemos um teste em simultâneo com outra airfryer (Xiaomi) com a mesma temperatura (200ºC), mas de capacidade inferior (4,5 litros), e a vantagem foi muito evidente. Estes resultados favoráveis ao modelo da Philips também serão consequência do sistema RapidAir, que cria um género de tornado de ar quente. Um efeito que é conseguido não só pela capacidade da ventoinha, mas, sobretudo, pelo design da base, que cria o remoinho de ar. Até se ouve alguns alimentos a movimentarem-se dentro da máquina.
A grande capacidade do tabuleiro até permite assar um frango completo
Controlo à distância
No painel frontal, além dos comandos habituais, para controlar a temperatura e o tempo, há seis botões de atalho para programas predefinidos: snacks à base de batata congelada, batatas fritas frescas, pernas de frango, peixe, muffins/bolos, costeletas, legumes e manter quente. Uma lista de programas que dá pistas sobre a polivalência deste aparelho, que é capaz de fazer muito mais do que fritar ou assar. Também grelha, coze, desidrata, torra, descongela, fermenta… Naturalmente, é possível adaptar os programas indicados. O que é facilitado pela app de acesso remoto, o HomeID, que ainda é rico em receitas e em dicas práticas – gostámos, particularmente, das instruções para limpar a airfryer.
Num teste feito durante a quadra natalícia, não puderam faltar as rabanadas
A app não só permite controlar e criar programas para a airfryer, como dá acesso a um mundo de dicas úteis e receitas certificadas
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Grande demais para algumas casas
Uma das maiores vantagens desta máquina, a capacidade, também acaba por ser a maior desvantagem. Este é um aparelho grande, que ocupa um generoso espaço na bancada da cozinha, e que deve ser instalada numa área livre para garantir boa circulação de ar. Não é, portanto, fácil de arrumar. E não é o modelo adequado para quem quer cozinhar apenas para uma ou duas pessoas. Mas, mesmo considerando esta limitação, esta é nossa nova airfryer favorita. Nunca antes conseguimos resultados tão bons e tão rápidos num aparelho deste tipo, desde as já referidas batatas fritas estaladiças, passando por peixe bem grelhado, batatas assadas no ponto, frango com pele estaladiça e húmido por dentro… Nem faltaram as fatias douradas (rabanadas), até porque o teste decorreu durante o período do Natal. Para alguns utilizadores, esta airfryer até pode substituir o forno tradicional.
O desenho do painel inferior no interior ajuda a fazer o ar rodar, o que aumenta a eficácia do processo de assar e fritar a ar
Tome Nota Airfryer Série 5000 XXL Connected – €199
Depois da estreia na China em outubro, a nova série de smartphones topo de gama da Oppo chegou a mais países, incluindo à Europa, marcando o regresso dos modelos Find X ao ‘velho continente’, dois anos após o lançamento do Find X5. No ringue dos topos de gama, nem sempre é fácil sair vitorioso do combate. Mas, com o Find X8 Pro, a Oppo quer fazer frente aos ‘pesos pesados’ da Apple, Samsung e Google. Aqui todos os pormenores contam e se, no papel, o Find X8 Pro já apresenta argumentos convincentes, na prática, este smartphone consegue mostrar que está pronto para o combate e para consolidar o seu lugar entre os melhores.
Olhos de falcão
A fotografia é um dos grandes pontos de destaque, com a Oppo a manter a colaboração com a Hasselblad, numa parceria que, além do desenvolvimento das câmaras, passa também por um modo de retrato com estilos inspirados pela icónica fabricante sueca. O Find X8 Pro está equipado com uma configuração de quatro câmaras de 50 MP, ‘aconchegadas’ num módulo circular de dimensões generosas na traseira do smartphone, às quais se junta uma câmara frontal de 32 MP.
Oppo Find X8 Pro: Câmaras vistas à lupa
Câmara principal – 50 MP – Sensor de 1/1,4”; abertura f/1,6; estabilização ótica de imagem; distância focal de 23 mm
Câmara Telefoto Periscópio 3x – 50 MP – Sensor de 1/1,95”; abertura f/2,6; estabilização ótica de imagem; distância focal de 73 mm
Câmara Telefoto Periscópio 6x – 50 MP – Sensor 1/2,51”; abertura f/4,3; estabilização ótica de imagem; distância focal de 135 mm
Câmara frontal – 32 MP – Sensor de 1/2.74″, abertura de f/2.4; distância focal de 21 mm
Logo à partida há um detalhe que captou a nossa atenção: o Find X8 Pro conta com duas câmaras telefoto periscópicas que, segundo a marca, prometem capacidades de zoom avançadas, impulsionadas por algoritmos de Inteligência Artificial, e um desempenho superior em condições de iluminação reduzida.
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Outro dos pormenores está na lateral do smartphone: um Botão Rápido, ‘inspirado’ no Botão de Ação que podemos encontrar nas versões mais recentes do iPhone. Como o nome já deixa antever, este botão foi concebido para agilizar a fotografia, incluindo em modo instantâneo. Por exemplo, ao mantê-lo pressionado conseguimos ‘congelar’ a ação em cenas mais movimentadas, sendo possível captar uma série de imagens até sete fotogramas por segundo. Mas ao contrário do botão integrado nos smartphones da Apple, que permite uma maior personalização, as funcionalidades algo limitadas.
Mas como é que todas estas características se conjugam? Durante os nossos testes, as câmaras do Find X8 Pro permitiram obter muito bons resultados tanto em cenários mais amplamente iluminados, como em condições mais desafiantes.
As imagens captadas contam com uma reprodução de cores mais natural, sem exageros na saturação dos tons. O mesmo equilíbrio também se aplica aos níveis de exposição e contraste. Destaca-se ainda a boa riqueza de pormenores, em particular nas fotografias com a câmara principal, preservando adequadamente detalhes nas zonas mais claras e escuras.
Veja as imagens que captámos com o Find X8 Pro
As teleobjetivas periscópicas também fazem um bom trabalho a registar objetos e paisagens à distância, funcionando como uma espécie de ‘olhos de falcão’. Além do zoom ótico de 3x e 6x, há zoom digital até 120x. No entanto, quanto mais elevado for o zoom, mais evidente se torna o processamento de imagem com recurso a Inteligência Artificial. Até 30/40x, os resultados conseguem ser convincentes, mas, a partir daí, já vemos a IA a esforçar-se para tentar refinar os pormenores, o que acaba por dar um aspecto demasiado artificial às imagens.
Deixamos ainda uma nota relativamente às competências do Find X8 Pro em vídeo. O smartphone permite gravar vídeos Dolby Vision HDR com uma resolução até 4K e a 60fps a partir de todas as câmaras, o que vai agradar certamente aos criadores de conteúdo e aspirantes a vloggers.
Quiet Luxury
Longe de combinações de cores arrojadas ou até de designs mais ‘fora da caixa’, a Oppo aposta num estilo clássico e elegante, que combina alumínio e vidro para um aspecto premium. O Find X8 Pro chega em duas cores: banco e preto. A primeira conta com um acabamento nacarado, o que confere a cada modelo um padrão único na traseira. Já a segunda, que experimentámos para este teste, dispõe de um acabamento mate e suave ao toque que faz um ótimo trabalho a esconder marcas de dedos.
Logo no primeiro contacto sentimos a qualidade da construção. A estrutura é sólida, com uma distribuição de peso equilibrada, sem tornar o smartphone demasiado volumoso ou desconfortável de utilizar. Apesar das grandes dimensões, o módulo de câmaras na traseira acaba por ser menos intrusivo do que esperávamos. Por outro lado, as laterais são um pouco escorregadias, o que o pode tornar mais propício a quedas nas mãos de quem é mais desastrado.
Saltando para o ecrã, a Oppo equipou o Find X8 Pro com um painel AMOLED de 6,7 polegadas. As molduras finas em torno do painel e o rácio corpo/ecrã contribuem para uma visualização mais imersiva. A resolução, embora fique um pouco atrás da concorrência no segmento premium, é mais do que suficiente para uma experiência visual nítida.
A ela junta-se uma taxa de atualização até 120 Hz, que assegura uma boa fluidez na navegação, e um brilho que é capaz de chegar aos 4500 nits em conteúdo HDR. Na reprodução de cor, o modo predefinido “Natural” traz-nos mais suavidade, mas sentimos que os tons precisam de um pouco mais de vitalidade. Motivo pelo qual o modo “Vívido” conquistou as nossas atenções, dando mais impacto ao conteúdo. Apreciamos também o nível de contraste e a forma como os tons mais escuros são reproduzidos.
Todas estas características contribuem para uma muito boa experiência, seja para assistir a vídeos, navegar pelas redes sociais ou para jogar. A pensar em quem se preocupa com o conforto ocular, o ecrã, que tem certificação TÜV Rheinland Eye Comfort 4.0, usa tecnologia de escurecimento PWM de alta frequência, assim como escurecimento por corrente contínua. Além disso, a tecnologia Splash Touch permite usar o ecrã mesmo com as mãos molhadas, o que consideramos uma inclusão útil.
Desempenho e autonomia
Se na geração anterior a Oppo tinha optado por um processador Snapdragon 8 Gen 3 da Qualcomm, desta vez, a escolha recaiu sobre o Dimensity 9400 da MediaTek, outro SoC de topo que, como mostram os resultados dos testes de benchmark, assegura uma boa performance. A ele junta-se o novo motor Trinity que, segundo a Oppo, permite otimizar recursos e acelerar o desempenho.
Durante os nossos testes, o Find X8 Pro demonstrou uma capacidade de resposta muito rápida: as aplicações abrem num piscar de olhos e a transição entre elas é fluida. A par das tarefas do quotidiano, o smartphone deixa também uma boa impressão pela forma como lida com tarefas mais exigentes, incluindo em jogos como Genshin Impact, onde conseguimos jogar com tudo no ‘máximo’ sem registar grandes solavancos ou falhas na fluidez. Por outro lado, neste tipo de tarefas, o smartphone tem uma tendência para aquecer.
Este modelo já conta com a mais recente versão do ColorOS. Embora se baseie no Android 15, a experiência tem várias presenças (visuais e até em algumas funcionalidades) com o iOS, o que pode ser um gosto adquirido para quem está habituado a uma versão mais ‘pura’ do sistema operativo da Google.
Apesar da presença de algum bloatware, o ColorOS 15 é visualmente apelativo e proporciona uma experiência de utilização fluida. Seguindo as tendências do mundo tecnológico, há espaço para várias funcionalidades com IA. As ferramentas da AI Toolbox, que já tínhamos experimentado no Reno12 Pro, foram concebidas para impulsionar a produtividade, mas a falta de suporte à língua portuguesa continuam a afirmar-se como um ponto menos positivo.
Já do lado da criatividade há novas ferramentas que vão além da remoção de elementos indesejados nas fotos. Entre elas contam-se opções para melhorar imagens e torná-las mais nítidas, para remover reflexos e para reajustar o foco em fotografias ‘tremidas’. Os resultados obtidos nem sempre são convincentes (pelo menos às primeiras tentativas), mas vemos potencial para melhorar em futuras atualizações.
Por fim, e certamente não menos importante, a autonomia. A bateria do Find X8 Pro tem uma capacidade de 5910 mAh que, em testes de autonomia, conseguiu ultrapassar a marca das 17 horas. Já num cenário real e de utilização média conseguimos mantê-lo fora da corrente por um dia e meio, um valor que pode ser facilmente prolongado para dois dias com um consumo mais regrado.
O Find X8 Pro suporta carregamento rápido SUPERVOOC a 80 W, que permite carregar a bateria dos 0% aos 100% em menos de uma hora, assim como carregamento sem fios AirVOOC a 50 W. Note-se, porém, que o carregador não está incluído na caixa. Por isso, se quer tirar partido destas velocidades de carregamento precisa mesmo de comprar um carregador compatível separadamente.
Tome Nota Oppo Find X8 Pro – 1299,99€ oppo.com/pt/
Benchmarks Antutu 2358411; CPU 392532; GPU 1202162; Memória 427656; UX 336061 • 3D Mark Wild Life Extreme 6476 (38,78 fps); Wild Life Stress Test 11876 ; Solar Bay 11593 • Geekbench CPU 2843 (single-core) / 8640 (multi-core) / GPU 21968 • PCMark Work 3.0 13880 • Autonomia 17h13
Construção Muito bom Ecrã Muito Bom Câmaras Muito bom Autonomia Excelente
“A idade normal de acesso à pensão de velhice do regime geral de segurança social em 2026 […] é 66 anos e 9 meses”, lê-se na portaria do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social publicada esta segunda-feira em Diário da República e com produção de efeitos a 1 de janeiro. Este avanço corresponde a uma subida de dois meses face à idade normal de acesso à reforma a partir de janeiro de 2025.
Na prática isto significa que os trabalhadores que não estão abrangidos pelo regime das muito longas carreiras contributivas nem pelo regime de flexibilização da idade da reforma aplicável a quem aos 60 anos de idade completa 40 anos de descontos, terão uma penalização se optarem por reformar-se antes dos 66 anos e nove meses de idade.
A idade normal de acesso à pensão de velhice varia em função da esperança média de vida aos 65 anos de idade, indicador publicado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Foi com base nestes dados que a idade normal de acesso à reforma foi fixada nos 66 anos e sete meses em 2025 e que agora foi fixada nos 66 anos e nove meses para quem se reforme em 2026.
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Penalizações
A portaria define ainda que quem se reforme antecipadamente em 2025 terá uma penalização, por via do fator de sustentabilidade, de 16,9%, a que se soma ainda um corte de 0,5% por cada mês de antecipação face à idade normal de acesso. Em 2024, o corte aplicado a reformas antecipadas foi de 15,8 por cento.
De fora das penalizações, de acordo com o sistema de pensões atualmente em vigor, ficam, no entanto, algumas situações específicas. É o caso das pessoas com 60 anos de idade mas 40 anos de carreira contributiva, sendo que nesta situação aplica-se a penalização de 0,5% por cada mês de antecipação. É também o caso dos abrangidos pelo regime das muito longas carreiras contributivas – trabalhadores com 60 ou mais anos de idade e 46 ou mais anos de descontos e que começaram a trabalhar antes dos 16 anos. Neste caso a reforma antecipada não implica qualquer penalização.