A Coreia do Sul está mergulhada numa crise política grave. O presidente Yoon Suk-Yeol decretou a lei marcial, apanhando de surpresa todos, incluindo os Estados Unidos, que mantêm 41 mil militares no país.

O modelo político sul-coreano é uma réplica do sistema americano. O presidente governa, escolhe o primeiro-ministro e os membros do governo, mas não legisla. Pode decretar a lei marcial, mas a Assembleia Nacional tem o poder de revogar essa decisão. E foi exatamente isso que fez, sem hesitação.

Esta crise não é política nem de segurança nacional. É pessoal. O presidente está furioso com uma investigação à sua mulher, acusada de manipulação bolsista. E perdeu a cabeça. Tentou ordenar às forças militares que invadissem o parlamento, mas falhou. O país reagiu. Milhares de sul-coreanos encheram a praça central para condenar a “golpada” presidencial.

Enquanto Seul treme, Kim Jong-Un festeja. Sente-se o dono da península. Tem tropas prontas para atacar e conta com Moscovo e Pequim. Em Washington, ninguém pia. Biden está em Angola, e nem a Casa Branca nem o Departamento de Estado sabem o que fazer. Adensa-se a trama de 2024, mesmo sem Trump na Sala Oval. O cenário é perigoso e instável. O Japão e Taiwan estão em alerta.

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Os textos nesta secção refletem a opinião pessoal dos autores. Não representam a VISÃO nem espelham o seu posicionamento editorial.

O Dia Internacional das Pessoas com Deficiência, celebrado anualmente a 3 de dezembro, foi proclamado pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1992. Este dia visa promover os direitos e o bem-estar das pessoas com deficiência em todas as esferas da sociedade e destacar a importância de construir um mundo mais inclusivo e acessível.

Atualmente, cerca de 16% da população mundial vive com alguma forma de deficiência, e o avanço das tecnologias, aliado a políticas inclusivas, tem permitido melhorias significativas. No entanto, muitas barreiras ainda persistem, sobretudo para aqueles que dependem de tecnologias assistivas.

Dentro desse contexto, a deficiência auditiva apresenta desafios únicos. Apesar de avanços notáveis nos dispositivos como implantes cocleares e próteses auditivas, a acessibilidade plena — desde serviços de saúde até inclusão social — continua a ser uma meta distante. Para quem utiliza essas tecnologias, como nós, os benefícios são incontestáveis, mas as falhas no acesso, no suporte e na compreensão pública das nossas necessidades ainda limitam o impacto positivo destas inovações.

Neste artigo, propomos refletir sobre os progressos já alcançados e, principalmente, sobre o muito que ainda precisa de ser feito para que a acessibilidade auditiva seja uma realidade, e não apenas um ideal.

A situação atual da acessibilidade das pessoas com deficiência auditiva em Portugal

Em Portugal, a acessibilidade para pessoas com deficiência auditiva que utilizam tecnologias de reabilitação auditiva tem registado avanços, mas ainda enfrenta desafios significativos em várias áreas. O acesso às tecnologias, as políticas públicas e as iniciativas de inclusão em educação e emprego são essenciais, mas muitas vezes insuficientes para garantir uma verdadeira igualdade de oportunidades.

1. Tecnologias disponíveis

Portugal oferece acesso a uma gama de tecnologias de reabilitação auditiva, algumas disponíveis através do Sistema Nacional de Saúde (SNS), outras acessíveis apenas pelo setor privado, devido ao custo elevado.

Próteses auditivas:
As próteses auditivas continuam a ser uma solução para muitas pessoas com perda auditiva leve a severa. Contudo, o custo elevado e a falta de financiamento integral pelo SNS tornam o acesso difícil, especialmente para famílias de baixo rendimento.

Implantes auditivos:
Implantes Cocleares: Disponíveis através do SNS para pessoas com surdez severa a profunda. Portugal tem centros especializados no procedimento, mas o número limitado de vagas, longas listas de espera e a falta de acompanhamento técnico especializado para manutenção dificultam o uso ideal.

Implantes Osteointegrados: Indispensáveis para perdas auditivas condutivas ou mistas, mas menos acessíveis devido a critérios restritivos e altos custos.

Implantes de Ouvido Médio: Uma solução mais recente, mas ainda pouco utilizada em Portugal, possivelmente devido ao seu custo e falta de conhecimento sobre a tecnologia.

Acessórios e manutenção:

Muitos dispositivos requerem acessórios caros (baterias, cabos, processadores de som). Estes custos nem sempre são subsidiados, o que pode limitar a sua utilização prolongada.

A ausência de técnicos especializados fora das grandes cidades deixa muitas pessoas sem suporte adequado em zonas rurais.

2. Legislação e políticas públicas

Portugal possui legislação que visa garantir os direitos das pessoas com deficiência, mas a implementação muitas vezes fica aquém do esperado.

Decreto-Lei n.º 163/2006: Define as condições de acessibilidade em edifícios públicos e privados. Contudo, raramente inclui critérios específicos para acessibilidade auditiva, como sistemas de som amplificado ou aro de indução/loop magnético.

Lei n.º 38/2004: Estabelece os direitos das pessoas com deficiência, incluindo a necessidade de igualdade de acesso à saúde e educação. Apesar disso, faltam regulamentos específicos para atender às necessidades de quem utiliza tecnologias auditivas.

Planos de Inclusão e Emprego:

O Instituto Nacional para a Reabilitação (INR) tem promovido políticas de inclusão, mas programas específicos para pessoas com deficiência auditiva ainda são escassos, e o cumprimento das quotas para emprego de pessoas com deficiência raramente é fiscalizado.

3. Inclusão na Educação

O sistema educativo português tem promovido a inclusão, mas continua a apresentar barreiras significativas para alunos com deficiência auditiva.

Apoios tecnológicos:

Embora alguns alunos tenham acesso a sistemas FM ou outros dispositivos para melhorar a audição em sala de aula, a disponibilidade depende da escola ou da região.

Muitos professores desconhecem como utilizar esses sistemas, o que limita a sua eficácia.

Ambientes acústicos inadequados:

Salas de aula sem tratamento acústico tornam difícil para estudantes com tecnologias auditivas captar o som com clareza, especialmente em ambientes ruidosos.

Falta de formação:

Professores e funcionários escolares raramente recebem formação sobre as necessidades específicas de alunos com deficiência auditiva, prejudicando a sua inclusão plena.

4. Inclusão no emprego

Apesar de existir legislação para promover a contratação de pessoas com deficiência, a realidade para os usuários de tecnologias auditivas em Portugal continua desafiadora.

Falta de Sensibilização:

Empregadores muitas vezes desconhecem as capacidades das pessoas com deficiência auditiva, perpetuando preconceitos e limitando as oportunidades de emprego.

Adaptação de Ambientes:

Poucas empresas adaptam os seus espaços ou fornecem ferramentas de apoio, como telefones compatíveis com próteses auditivas ou sistemas de amplificação para reuniões.

Quota de Contratação:

A Lei das Quotas para pessoas com deficiência exige que empresas públicas e privadas com mais de 75 funcionários tenham entre 1% e 2% de trabalhadores com deficiência. No entanto, a fiscalização é limitada e os dados sobre o cumprimento dessa medida são escassos.

5. Desafios persistentes e propostas de melhoria

Embora Portugal tenha dado passos significativos, especialmente no acesso às tecnologias auditivas pelo SNS, muitos desafios permanecem.

Ampliação do acesso:

É necessário expandir o financiamento para próteses e implantes auditivos, garantindo que a manutenção e acessórios sejam mais acessíveis.

Adaptação dos espaços públicos:

Introduzir sistemas de som amplificado ou loop magnético e/ou bluetooth auracast em locais como escolas, teatros e transportes públicos.

Investimento em formação:

Promover programas de sensibilização para professores, empregadores e profissionais de saúde.

Fiscalização de leis:

Garantir que a legislação existente seja aplicada, especialmente no cumprimento das quotas de emprego.

Portugal tem o potencial de se tornar uma referência em acessibilidade auditiva na Europa, mas para isso é crucial que se passe da teoria à prática, com ações concretas e eficazes.

Desafios específicos para a comunidade que usa tecnologia de reabilitação auditiva

Infra-estrutura Pública:

Ambientes sem preocupações com a acústica ou ausência de amplificação sonora.

Falta de dispositivos como sistemas FM ou loop magnético em espaços públicos.

Sistemas de Saúde e Reabilitação:

Falta de acompanhamento continuado para usuários de implantes e próteses.

Custos elevados de acessórios ou baterias, não totalmente cobertos pelo SNS.

Consciencialização Social:

Pouca sensibilização sobre as necessidades das pessoas com reabilitação auditiva.

Ausência de formação para profissionais em ambientes como escolas ou serviços públicos.

Importância da Legendagem Escrita:

A legendagem não é apenas uma ferramenta para a comunidade surda, mas essencial para pessoas que utilizam tecnologias auditivas e enfrentam dificuldades em ambientes ruidosos ou com baixa qualidade sonora.

Análise da situação atual em Portugal: há legendagem acessível na televisão, cinema, plataformas de streaming?

A situação atual da acessibilidade à legendagem em Portugal apresenta avanços importantes, mas ainda está aquém do ideal para as pessoas com deficiência auditiva. Aqui está um panorama:

Televisão

Na televisão portuguesa, as principais emissoras (RTP, SIC e TVI) são obrigadas a garantir legendagem para determinados programas, especialmente no horário nobre e para conteúdo noticioso e informativo. No entanto, a cobertura permanece limitada. Um estudo da Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) revela que algumas emissoras ainda enfrentam dificuldades em cumprir as quotas obrigatórias de horas legendadas, e a qualidade das legendas (como sincronização e clareza) varia muito.

Cinema

Nos cinemas, a legendagem acessível não é uma prática regular para pessoas com deficiência auditiva. Muitas sessões legendadas são voltadas para quem não entende a língua original dos filmes, e raramente incluem legendas completas com indicações de sons do ambiente ou diálogos específicos necessários para pessoas com deficiência auditiva.

Plataformas de Streaming

As plataformas de streaming, como Netflix, Disney+ e Amazon Prime Video, oferecem legendagem em português, incluindo algumas opções mais acessíveis (com descrição de som). No entanto, o mesmo não acontece de forma consistente em serviços locais ou em conteúdos menos populares.

Desafios Restantes

Qualidade e Consistência: Embora existam boas práticas definidas pela ERC, como um guia para legendagem acessível, a aplicação ainda não é uniforme.

Falta de Fiscalização: Apesar de obrigações legais, faltam mecanismos de monitoramento eficazes e sanções rigorosas para emissoras e plataformas que descumprem as normas.

A proposta de uma Lei Nacional de Acessibilidade poderia incluir metas mais ambiciosas para expandir a legendagem acessível a todas as plataformas audiovisuais, com incentivos para promover essa acessibilidade e sanções para descumprimento. Esse passo seria crucial para transformar o acesso à informação e cultura em um direito garantido para todas as pessoas com deficiência auditiva.

Ausência de legendas automáticas ou precisas em conteúdos de redes sociais (desafios em plataformas como YouTube, Instagram, TikTok) pode ser uma limitação na comunicação também.

Propostas para fomentar a obrigatoriedade da legendagem em audiovisuais e transmissões ao vivo, pode passar por uma Lei Nacional de Acessibilidade actualizada e bem estruturada, que inclua a tecnologia mais avançada de detecção e transcrição e tradução (quando necessário) das vozes originais.

Educação do Público:

Falta de compreensão sobre como legendas facilitam a inclusão, mesmo para aqueles que ouvem parcialmente.

Necessidade de campanhas de sensibilização junto aos media e produtores de conteúdo.

Propostas para Melhorar a Acessibilidade Auditiva em Portugal

  • Garantir acessibilidade acústica em espaços públicos e privados (salas de aula, auditórios, transportes).
  • Melhorar o acompanhamento e financiamento das tecnologias auditivas no SNS.
  • Campanhas de sensibilização para promover a inclusão da comunidade que utiliza dispositivos auditivos.
  • Estímulo à investigação e inovação tecnológica acessível.
  • Tornar legendagem obrigatória em todas as transmissões audiovisuais, eventos públicos e plataformas digitais.
  • Apoiar inovações tecnológicas para legendagem em tempo real.
  • Garantir formação de profissionais para criar legendas de alta qualidade.

CONCLUSÃO: Rumo a uma Lei Nacional de Acessibilidade das Pessoas com Deficiência Auditiva

Apesar dos avanços alcançados em Portugal, a acessibilidade para pessoas com deficiência auditiva continua a ser desigual e limitada. Para superar estas barreiras, propomos a criação de uma Lei Nacional de Acessibilidade para Pessoas com Deficiência Auditiva, que contemple medidas rigorosas e abrangentes, incluindo a promoção de inovações tecnológicas como o Bluetooth Auracast, mas também continuar a instalar o Loop Magnético.

Esta tecnologia, capaz de transmitir som diretamente para dispositivos auditivos compatíveis (próteses, implantes cocleares e outros), tem o potencial de transformar a acessibilidade auditiva em espaços públicos, ambientes culturais e até no quotidiano.

Esta lei deveria consolidar e expandir as obrigações legais existentes, focando-se especificamente na inclusão das pessoas que utilizam tecnologias de reabilitação auditiva. Para isso, sugerimos as seguintes disposições:

Medidas de caráter obrigatório e fiscalização: 

1. Comunicação Social (Televisão, Rádio e Podcasts):

Legendagem Obrigatória: Todos os programas televisivos (em direto e gravados), conteúdos de streaming e vídeos publicados em redes sociais devem ser legendados.

Multas para Não-Conformidade: Aplicação de coimas às emissoras e criadores de conteúdos que não cumprirem os critérios de acessibilidade.

2. Espaços públicos e cultura:

Sistemas de Acessibilidade Auditiva: Implementação obrigatória de tecnologias como o Bluetooth Auracast em cinemas, teatros, salas de conferência, transportes públicos e outros espaços de uso coletivo.

Este sistema permite que o som seja transmitido diretamente para os dispositivos auditivos dos utilizadores, eliminando ruídos e barreiras acústicas.

Inclusão de Loop Magnético e Amplificação Sonora: Adicionalmente, como alternativa, para garantir acessibilidade em locais onde o Bluetooth Auracast ainda não esteja amplamente implementado, e até porque nem todos as tecnologias de reabilitação auditiva suportam o Bluetooth.

Fiscalização Regular: Garantia de que esses sistemas estão instalados, operacionais e acessíveis.

3. Serviços Públicos e Municipalizados:

Adaptação de espaços: Integração do Bluetooth Auracast em repartições públicas, sistemas de chamada sonora e zonas de espera para facilitar a comunicação com pessoas que utilizam tecnologias auditivas.

Formação de funcionários e adaptação de sistemas de chamada sonora, garantindo que pessoas com tecnologias auditivas consigam interagir eficazmente.

Sinalização Universal/Visual e Acústica: Indicação clara em todos os espaços adaptados, promovendo a utilização das tecnologias disponíveis, sistemas claros e inclusivos para emergências ou comunicações essenciais.

Incentivos e Benefícios

Para facilitar a adesão a estas tecnologias e promover a sua implementação:

1. Incentivos Fiscais e Financeiros:

Subsídios ou reduções fiscais para entidades que integrem o Bluetooth Auracast e/ou Loop Magnético ou sistemas similares em seus espaços e serviços.

Apoio à aquisição de dispositivos compatíveis para instituições públicas e privadas.

2. Campanhas de Sensibilização e Reconhecimento:

Certificação de boas práticas para empresas e instituições que liderem na implementação de tecnologias como o Bluetooth Auracast e Loop Magnético.

Divulgação da tecnologia para garantir que as pessoas com deficiência auditiva compreendam o seu funcionamento e benefícios.

3. Parcerias Tecnológicas:

Estímulo ao setor privado para acelerar a adoção de tecnologias compatíveis, com destaque para equipamentos de áudio e dispositivos auditivos em Portugal.

4. Apoio Financeiro:

Subsídios para serviços municipalizados e empresas culturais que implementem sistemas de acessibilidade.

Financiamento público para a adaptação de espaços e aquisição de tecnologias.

A implementação desta lei traria um impacto significativo não só para as pessoas com deficiência auditiva, mas também para toda a sociedade, que se tornaria mais justa, inclusiva e igualitária.

Convite à ação:

Apelamos ao Governo, às entidades públicas e privadas e à sociedade civil que unam esforços para tornar esta visão uma realidade. A inclusão é um direito, não um privilégio, e Portugal tem a oportunidade de liderar pelo exemplo.

Com medidas concretas e comprometimento, podemos construir um futuro onde todos, independentemente das suas capacidades auditivas, tenham acesso pleno ao som e à informação que os rodeia.

SUGESTÃO TECNOLÓGICA:

Impacto do Bluetooth Auracast e Outras Medidas

A inclusão do Bluetooth Auracast como medida obrigatória na acessibilidade auditiva marca uma nova era de inovação e inclusão em Portugal. Esta tecnologia não só elimina barreiras sonoras como também promove uma experiência auditiva personalizada, essencial para ambientes desafiadores como aeroportos, transportes públicos e espaços culturais.

Combinando inovação, legislação rigorosa e incentivos eficazes, podemos transformar Portugal num modelo de acessibilidade auditiva, garantindo que todos, independentemente das suas capacidades, tenham acesso pleno ao som e à informação no seu quotidiano.

Os textos nesta secção refletem a opinião pessoal dos autores. Não representam a VISÃO nem espelham o seu posicionamento editorial.

O stress é uma realidade inevitável da vida moderna, seja no trabalho, em casa ou nas relações sociais. Embora não possamos eliminá-lo por completo, podemos desenvolver estratégias para lidar com ele de forma mais equilibrada. Lidar com o stress não se resume apenas a técnicas superficiais; envolve autoconhecimento e escolhas intencionais. Para uma abordagem prática vamos explorar o tema em duas dimensões: uma componente externa, focada nos aspetos operacionais e de gestão do dia a dia, e uma componente interna, que envolve as nossas competências emocionais e mentais para encarar desafios.

Componente Externa: Gestão e Organização

O stress do dia a dia, muitas vezes, tem origem em tarefas e responsabilidades que precisam de ser geridas. Esta componente está relacionada com a organização e o planeamento – habilidades essenciais para qualquer área da vida. Para evitar sobrecarga e pressões desnecessárias, vale a pena adotar práticas de gestão simples, mas eficazes.

  1. Definir expectativas e objetivos
    Quando temos clareza sobre o que esperamos de nós mesmos e o que os outros esperam de nós, conseguimos estabelecer objetivos mais tangíveis e prazos realistas. Ao dividir as grandes tarefas em objetivos menores e bem definidos, é possível gerir melhor o volume de trabalho.
  2. Identificar recursos e dependências
    Para qualquer tarefa ou projeto, é importante identificar os recursos necessários, as pessoas envolvidas e as dependências de outras tarefas. Saber quais etapas devem ser completadas e em que ordem pode tornar o processo muito mais fluido. Assim, conseguimos analisar se é viável acumular certas atividades sem nos sobrecarregarmos.
  3. Priorize e proteja o seu tempo
    Em vez de reagir a cada nova tarefa, aprenda a definir prioridades baseadas no impacto e na urgência. Técnicas como o “Time Blocking” – bloquear tempo no calendário para focar numa tarefa específica – podem ser extremamente eficazes para manter o foco e evitar a exaustão.

Ao dominar essas habilidades organizacionais, conseguimos reduzir o impacto do stress externo, mantendo o controle sobre aquilo que está ao nosso alcance.

Componente interna: gestão emocional e perspetiva

Esta componente está ligada a como encaramos o stress e as situações que nos desafiam. Muitas vezes, o stress está relacionado com a ansiedade e com o medo do fracasso. Desenvolver uma perspetiva interna mais resiliente é um passo importante para lidar com o stress.

  1. Relativizar e ponderar
    Uma das melhores estratégias para acalmar a mente é relativizar. Pergunte-se: “Qual é o pior que pode acontecer?” e “Qual o impacto disso na minha vida?”. Muitas vezes, perceber que o pior cenário não é tão drástico pode ajudar a manter a calma.
  2. A experiência é uma aliada
    Com o tempo, a experiência ajuda-nos a lidar com o stress, pois reconhecemos padrões e ganhamos confiança na nossa capacidade de enfrentar desafios. Ainda assim, não devemos hesitar em procurar ajuda e conselhos quando necessário. Conversar com amigos, colegas ou chefias pode ser extremamente útil. Pedir apoio hoje é visto como uma competência valiosa – demonstra bom senso e capacidade de resolução de problemas.

Dicas finais para gerir o stress de forma eficaz

Apesar de todas as técnicas, pode haver momentos em que o stress persiste. Nesses casos, algumas dicas práticas podem ajudar a equilibrar a balança:

  1. Encontrar atividades alternativas
    É fundamental reservar tempo na agenda para descansar e dedicar a atividades que o transportem para outra realidade. Essas pausas permitem que o cérebro se desconecte dos problemas e recupere energia.
  2. Não fique refém do tempo
    Marque esses momentos de pausa no calendário, assim como faria com qualquer outro compromisso. Isso garante que o descanso e o autocuidado não serão deixados de lado.
  3. …nem das próprias expectativas
    Não se martirize se, numa semana, não conseguir cumprir o plano a 100 por cento. Seja flexível e compreensivo consigo, e lembre-se de que o bem-estar mental depende de um equilíbrio e de uma atitude compassiva consigo mesmo.

Lidar com o stress é uma habilidade que se trabalha, e um exercício diário de autoconhecimento e prática. Com uma combinação de gestão eficiente e um olhar compassivo para si mesmo, é possível minimizar os seus impactos, mantendo uma vida mais equilibrada e saudável. Lembre-se: o stress é parte da vida, mas o impacto dele depende de como escolhemos enfrentá-lo.

Tive uma doença. Tive um acidente.

Seguiram-se longos tratamentos, internamentos, dúvidas sobre a minha própria sobrevivência.

Quando tudo parece estar a estabilizar e a minha família e amigos me dizem que “o pior já passou”, começo a confrontar-me com o esvaziar dos meus dias. Já não vou com tanta frequência a consultas médicas, tenho sessão de psicologia quinzenalmente e fisioterapia duas vezes por semana. Aliás, se não fossem estas sessões, teria dificuldade em diferenciar os dias da semana do fim de semana.

Vejo a vida das pessoas que me rodeiam no habitual rodopio. As peripécias do dia de trabalho ou na escola invadem o jantar em família. Sinto que não tenho muito a dizer. Penso no trabalho que tinha antes e assolam-me as dúvidas: Será que chegou o momento certo para regressar? Como é que vou dizer que há coisas que não consigo fazer, mas que estou com muita vontade de tentar? Será que vou desapontar os colegas de trabalho? Será que me vou desiludir a mim? Perco-me nos ‘Será que…’ e passa mais um dia, mais uma semana, mais um mês…

Este texto não foi produzido por inteligência artificial, mas também não é meu. É de muitas pessoas que, depois de uma doença ou acidente (doença oncológica, fibromialgia, esclerose múltipla, doença de Crohn, acidente vascular cerebral, lesão medular, entre muitas outras) se confrontam com a dificuldade de voltarem ao trabalho.

Quem pode e quem quer, tem direito a voltar ao trabalho. Este regresso ao trabalho não será certamente igual para todos, pois dependerá de aspetos como os impactos físico-funcionais da doença ou do acidente e dos seus tratamentos, da profissão que a pessoa tinha, se no momento está ou não empregada. Voltar ao trabalho pode significar voltar à mesma empresa e para as mesmas tarefas, até ter uma nova profissão, numa nova empresa. Para isso, pode ser necessário desenvolver competências, aprender a fazer as atividades do quotidiano de uma nova maneira, recuperar autoconfiança ou até mesmo re/descobrir um novo propósito para a vida.

Neste caminho, as pessoas não estão sozinhas. Existem serviços de reabilitação profissional, gratuitos, que apoiam as pessoas a reconstruirem os seus projetos de vida, a recuperarem competências, a compensarem limitações, e a voltarem ao trabalho, numa parceria estreita com as entidades empregadoras.

O CRPG – Centro de Reabilitação Profissional, centro de gestão protocolar do Instituto do Emprego e Formação Profissional, IP (IEFP), tem serviços especializados no apoio a pessoas com incapacidades adquiridas durante a vida adulta. Depois de 32 anos em Vila Nova de Gaia, tem agora Delegações em Coimbra e Lisboa, para estar mais próximo das pessoas e dos empregadores.

Muitas pessoas ainda se sentem sozinhas neste caminho de voltar ao trabalho. Como é que podemos mudar esta realidade? Reconhecer que a reabilitação profissional faz parte do processo que se segue a uma doença ou acidente, divulgar os serviços que existem, para que as pessoas lhes possam aceder, e promover contextos de trabalho inclusivos. Contamos consigo?

Os textos nesta secção refletem a opinião pessoal dos autores. Não representam a VISÃO nem espelham o seu posicionamento editorial.

Sonhar acordado com novos carimbos no passaporte é um exercício estimulante. É tão bom o entusiasmo com a descoberta, o nervoso miudinho de zarpar e pôr os pés noutra terra firme. Melhor, só quando se realiza o desejo.

É verdade que todos os conflitos armados, as inundações e as ondas de calor mais extremas e mais frequentes, bem como o desequilíbrio económico mundial, não dão tréguas, obrigando a olhar para o mapa-múndi com uma lupa e a escolher continentes outrora fora do radar das viagens.

Mas isso não é um problema. “Quando as condições de consumo são mais favoráveis, as viagens aumentam. Depois das necessidades básicas, a viagem é o maior bem de consumo”, assegura Pedro Costa Ferreira, presidente da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT). As viagens de curta distância, planeadas num curto prazo, continuarão a ser uma opção para lidar com essa imprevisibilidade.

“Portugal é um mercado adulto e eclético, um mercado desenvolvido em que tudo se vende. As viagens fazem parte do dia a dia. Os portugueses estão a viajar para todo o lado e a todos os preços”, acrescenta.

A procura dos portugueses por pacotes de férias para o estrangeiro disparou 20% para o próximo verão e, a caminho do réveillon, também há corrida antecipada às miniférias de fim de ano. “Há uma evolução recente a crescer para o Oriente, Dubai incluído, e no final do ano”, diz Pedro Costa Ferreira.

Ao longo do ano, e consoante a época, os turistas nacionais procuram zonas diferentes: viagens de longo curso rumo às Caraíbas; Cabo Verde, Marrocos, Tunísia e capitais europeias, nas de médio curso; Madeira, Açores e ilhas espanholas das Canárias e das Baleares, nos destinos mais próximos.

Juntos, Portugal e Espanha representam o maior destino turístico do mundo, opinião de Francisco Calheiros, presidente da Confederação do Turismo de Portugal, dada no recente congresso da APAVT. “O maior destino do mundo é a Península Ibérica. Se numa Europa somos concorrentes, quando nos referimos a mercados de longa distância, como o norte-americano ou o chinês, temos de ser aliados.”

É preciso lembrar que após a pandemia, as viagens não recuperaram mais cedo porque o Oriente abriu mais tarde. Para Pedro Costa Ferreira, a emergência do mercado chinês está relacionada com as ligações aéreas incipientes, tal como a do indiano.

Desde 2020 que o trabalho remoto permite estar em dois sítios ao mesmo tempo e a maior mudança ocorre entre os millennials (28-43 anos), em que 50% pretendem trabalhar durante as suas estadas, segundo o Changing Traveller Report 2025 da SiteMinder, plataforma utilizada por 44 500 hoteleiros em todo o mundo para gerar resultados de receitas.

As viagens em modo bleisure (junção de business e leisure), em que uma ou duas semanas para fazer negócios podem transformar-se num mês fora de casa, vieram para ficar. Permitem fazer viagens lentas e demoradas, potenciando os voos para lá de um ou dois oceanos. No entanto, as viagens de lazer continuam a ser o segmento mais importante em termos de volume e gastos, representando 69% das chegadas internacionais e 80% do gasto total global com viagens, de acordo com o World Travel Market Report da Tourism Economics.

A SiteMinder revela um novo perfil de viajante, o turista “multifacetado” que usa a combinação estratégica de destinos populares e tradicionais, confia mais nas comunidades online do que nas sugestões pessoais e equilibra espontaneidade com pragmatismo. Deseja passar mais tempo no local, é consciente dos custos, mas está disposto a investir em extras e em produtos ecológicos. Num dia fará uma prova de vinhos, no outro uma aula de ioga. Parece-nos um bom programa.

Suíça: Um postal de Natal
Um inverno branco entre Genebra, Berna e Basileia

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Cabo Verde: A ilha da calma e da gentileza
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Marrocos: Tânger, a Branca
Paul Bowles sabia-a toda. E nós só não vamos na sua peugada se formos tontos

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Escolhas de Bernardo Conde
Fotógrafo, fundador do festival internacional de fotografia e vídeo de viagem e aventura Exodus Aveiro Fest e fundador e líder de viagens em Trilhos da Terra

Escolhas de Miguel Judas
Jornalista, autor do livro/guia Conhecer Portugal a Pé e líder de viagens na agência Landescape

Sofia Aparício: “Viajo para ganhar mundo, não é para descansar”
Começou por ser manequim, descobriu-se atriz e, mais recentemente, líder de viagens. É luso–angolana e diz-se uma viajante que ama conhecer ao vivo e a cores as gentes do mundo. Sul da Turquia e Curdistão iraquiano, Iraque, Gana, Benin, Togo e Peru são alguns dos destinos que aconselha

Aprimeira viagem que Tennessee Williams fez a Marrocos foi a Tânger, ficando em casa de Paul Bowles e da sua segunda mulher, Jane. Os três escritores americanos tinham-se conhecido uns anos antes, em Acapulco, no México, e a tolerância naquela cidade do Norte de África atraiu naturalmente o autor da peça Um Elétrico Chamado Desejo, que ali chegou em dezembro de 1948, com o seu companheiro da altura, Frank Merlo. Estava tanto frio que não deu para ele nadar no mar como gostava, mas ficou de tal maneira apaixonado que regressaria várias vezes. Quanto ao autor do romance O Céu que nos Protege, escrito em grande parte no deserto marroquino, nunca mais trocaria “Tânger, a Branca” por Nova Iorque.

Quase 80 anos depois, a também dita “pérola do estreito de Gibraltar” continua com uma identidade muito própria, destacando-se em Marrocos por esse seu je ne sais quoi que sempre fascinou escritores e artistas. Para os portugueses, ela tem ainda a vantagem da proximidade geográfica – numa linha reta, dista apenas 14 km da Europa, ensinam os compêndios e aprende-se ao fazer a rápida viagem de ferry a partir de Algeciras.

Deixe-se o carro em Espanha se a ideia for ficar por Tânger e arredores, aproveitando-se para conhecer a cidade a pé ou num dos seus petit taxi, azulinhos e baratos. Chegando à noite, após o check-in no centralíssimo e delicioso Hotel Chellah, jante-se no vizinho El Dorado, restaurante onde o escritor Mohamed Choukri costumava pedir espetadas, deixando a sobremesa para a geladaria Maison Glaces, na mesma rua. No dia seguinte, e após um pequeno-almoço com tudo a que um amante da gastronomia marroquina tem direito, beba-se um café (sempre acompanhado de garrafa de água) na esplanada do antigo Cinema Rif (hoje Cinemateca), antes das compras no Grand Socco. E se for sexta-feira, almoce-se ali perto, no restaurante comunitário da associação de mulheres Darna, porque é dia de couscous. A partir daí, é flanar pela cidade que até tem uma Rue Portugal e tudo.

Não perder O Jardim Botânico de Donabo, numa montanha sobranceira ao mar, na estrada para o Cabo Espartel

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Palavras-chave:

Mergulhadas num silêncio repleto de vibrações ancestrais, as Dolomitas são uma cordilheira dos Alpes orientais, que ocupa três províncias do Norte de Itália (Trentino-Alto Adige, Veneto e Friuli Ocidental), declarada pela UNESCO, em 2009, Património da Humanidade.

“São pedras ou são nuvens? São verdadeiras ou apenas um sonho?” A pergunta de Dino Buzzati em Le Montagne di Vetro ecoa entre as paredes mastodônticas destas catedrais de rocha com cumes que rasgam o céu a mais de três mil metros de altitude. É que, independentemente da estação do ano, elas parecem dar sempre o melhor de si.

A primavera chega carregada de flores, que ladeiam milhares de trilhos pensados para dar passeios a pé ou de bicicleta, o verão é a altura ideal para mergulhos na água azul-celeste dos lagos de Braies, Misurina ou Carezza, o outono transforma o cenário numa paisagem quase lunar e o inverno inaugura a época alta, durante a qual as mais de 400 estâncias de ski existentes oferecem 1 275 km de pistas.

Eleger um só lugar é difícil, porém a pequena e refinada localidade de Madonna di Campiglio, na região de Trentino-Alto Adige, encaixada num vale a 1 550 metros de altitude, agrada a gregos e a troianos. Que é como quem diz, aos que não veem a hora de se fazerem aos 156 km de pistas que ligam Madonna di Campiglio, Pinzolo e Folgarida-Marilleva e aos que preferem passear pelas ruas do centro, onde joalharias e perfumarias convivem com lojas especializadas em material de desporto, boutiques de alta-costura e mercearias gourmet, que vendem especialidades típicas da região, como chips de maçã seca e speck.

É imperdível uma visita à zona vinícola das aldeias vizinhas Pelugo e Mortaso, onde pequenos produtores estão a investir, cada vez mais, na produção de vinhos biológicos. É o caso do ex-campeão mundial de ski Paolo Pangrazzi, com o seu Maso Loera, e o de Riccardo Collini e da mulher Gisella, com o turismo rural Il Petar, onde, além da produção de vinho, implementarão o cultivo de vegetais recorrendo à técnica sustentável da agrofloresta. Para uma experiência Michelin, nada como o menu que Antonio Lepore criou para o galardoado Stube Hermitage.

Madonna di Campiglio é apenas um dos muitos exemplos da beleza natural e cultural que caracteriza as Dolomitas. À semelhança desta pequena aldeia, muitas outras se escondem ao longo de centenas de quilómetros, maravilhando quem tiver a sorte de as encontrar.  

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Como está a IA a redefinir a área de data e que competências são necessárias? Nos últimos anos, a Inteligência Artificial (IA) tem vindo a reconfigurar o mundo do trabalho a uma velocidade nunca vista. Já a integrar as operações de muitas empresas e a mudar a forma como as equipas realizam as suas tarefas diárias, ainda que os seus impactos sejam visíveis em muitos setores, verificamos, hoje, uma espécie de mudança de paradigma no setor tecnológico. Embora se espere que os profissionais de tecnologia sejam os mais bem preparados para lidar com estas inovações, a IA exige que haja uma adaptação e um acompanhamento do progresso desta tecnologia. Mas quais os impactos reais da ferramenta no setor, e como podem os profissionais de data acompanhá-los?

Desde cedo, a IA começou a complementar e a apoiar em áreas como a engenharia de dados, ajudando os profissionais a encontrar informação e a programar. Atualmente, este auxílio é ainda maior, no sentido em que nos permite aprofundar melhor não só as nossas funções, mas também conhecer melhor outros setores. Através desta ferramenta, podemos aprofundar vertentes e áreas de negócio: ao termos, agora, acesso a uma base de conhecimento quase infinita, podemos encontrar rapidamente informação útil.

O impacto da IA no setor tecnológico reflete-se também na agilização do trabalho diário. Através de certos programas podemos otimizar tarefas, obter respostas de forma rápida e manter a organização do trabalho. Na área de data, a IA Generativa veio ajudar a responder a várias necessidades, nomeadamente nos modelos linguísticos, ao permitir criar protótipos rápidos e simples usando linguagem natural.

É um facto que a IA está a reconfigurar de forma positiva o setor tecnológico, ao permitir melhorar continuamente o nosso trabalho com novas ideias, perspetivas e sugestões. Contudo, a sua utilização implica também algumas adaptações por parte dos profissionais.

Esta tecnologia exige alguns ajustes na forma como comunicamos e interagimos. Para conseguirmos tirar proveito da IA, precisamos de saber fazer as questões certas para obtermos os melhores resultados e informações que queremos. Ainda nesta linha, surge também, por outro lado, a necessidade de filtrar aquilo que recebemos.

É importante sermos criteriosos com a informação que a IA nos fornece, com uma boa capacidade de investigação e análise crítica. Embora esta tecnologia seja uma grande ajuda, é necessário usar com cautela.

Outra competência fundamental surge com as questões de segurança e privacidade. A IA tem ajudado nestas áreas, permitindo anonimizar dados e até obter dados estatísticos sem utilizar os dados privados. Os modelos de aprendizagem automática têm sido usados para criar dados semelhante à real sem comprometer a privacidade dos utilizadores. Importa, por este motivo, reforçar a formação dos profissionais neste sentido, para que saibam as leis, as regulamentações e como podem ou não utilizar os dados de forma a garantir que fica tudo dentro das normas e em segurança.

Na atual era digital, a IA não deve ser assumida como um obstáculo que irá substituir o nosso trabalho. Esta ferramenta é um enorme auxílio, com o qual devemos aprender a trabalhar de forma produtiva e eficiente. Se evoluir depende de uma adaptação, essa adaptação é absolutamente necessária, para um mundo mais
inovador e próspero.

Yoon Suk Yeol, Presidente da Coreia do Sul, declarou esta terça-feira a “lei marcial de emergência” de forma a “erradicar as forças pró-norte-coreanas” e a “proteger a ordem democrática constitucional”. “Esta é uma medida inevitável para assegurar a liberdade e a segurança do povo e garantir a sustentabilidade da nação contra a agitação provocada por estes elementos subversivos e anti-estatais”, disse num discurso transmitido pela televisão sul-coreana. Ainda não se sabe de que forma as medidas vão afetar a governação do país.

O que é a lei marcial?

Adotada em situações de emergência, a lei marcial é uma medida temporária, imposta pelas autoridades militares, quando as autoridades civis são consideradas incapazes de funcionar. Esta medida tem alguns impactos legais, incluindo a suspensão dos direitos civis normais e a extensão da lei militar.

Yoon, que assumiu o cargo em 2022, tem tentado implementar a agenda do partido conservador Poder Popular, contra um parlamento controlado pela oposição liberal do Partido Democrático. Os partidos chegaram a um impasse sobre o projeto de lei orçamental para 2025.

O líder sul-coreano tem sido alvo de críticas dos seus rivais políticos por ter rejeitado os pedidos de investigações independentes sobre os recentes escândalos que envolveram a sua mulher e altos funcionários.

Após o anúncio, o Partido Democrático terá convocado uma reunião de emergência. De acordo com a agência de notícias Yonhap, o líder da oposição já considerou a declaração da lei marcial como inconstitucional.

A última vez que a Coreia do Sul declarou a lei marcial foi em 1979.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, promulgou esta terça-feira um diploma que procede a alterações no Decreto-Lei n.º 41/2024, de 21 de junho, que estabelece um regime especial de admissão de pessoal médico, na categoria de assistente de carreira médica.

O Presidente da República lamenta, no entanto, o regresso “a um procedimento centralizado do concurso na Administração Central do Sistema de Saúde, I.P., por incapacidade atual das Unidades Locais de Saúde devido a falta de meios, e o que isso implica de indefinição em áreas importantes do Serviço Nacional de Saúde”, pode ler-se numa nota publicada no site do Presidente da República.

Foi ainda promulgado um diploma que altera o Decreto-Lei n.º 82/2009, de 3 de abril, e que fixa o montante do suplemento remuneratório que os médicos, que exerçam funções de autoridade de saúde, devem receber.