Braga: Passado com futuro
Visitar a Capital Portuguesa da Culturaem 2025 é andar com um pé na História e outro na arte contemporânea. Leia aqui

Bragança: Cidade-laboratório
Poucas regiões poderão orgulhar-se de ver nascer da terra tantos (e tão bons) produtos como a Terra Fria Transmontana. Leia aqui

Covilhã: Seguir o fio da meada
A outrora dinâmica indústria de lanifícios deixou o seu rasto pela cidade, com antigas fábricas transformadas em museus e associações culturais. A arte urbana espalhada pelo centro histórico também dá conta desse passado, assim como da ligação à serra da Estrela, ali tão próxima, a convidar a uns passeios. Leia aqui

Coimbra: Aprender a dizer saudade
O património, material e imaterial, ligado à universidade merece toda a atenção. Mas há muito mais por descobrir na cidade dos estudantes. Leia aqui

Mafra: No recreio da realeza
Terra de bom pão e património de excelência, da arquitetura barroca à  música dos carrilhões – tudo a dez minutos da Reserva Mundial de Surf. Leia aqui

Montemor-o-novo: Fugir do estereótipo
Sem desdenhar do património histórico, esta cidade alentejana não ficou a dormir à sombra da muralha. Aqui há vida, no presente, e olhos postos no que o amanhã pode trazer. Leia aqui

Estremoz: Entre pratos
A oferta gastronómica e os vinhos da região guiam a visita – haja apetite para tantas coisas boas. Leia aqui

Olhão: Além do sol e do mar
Antes de irmos para a água, aviámo-nosem terra, que isto de ficar em Olhão é descobrir como o Algarve ainda pode ser genuínoe há vida para lá dos postais turísticos. Leia aqui

Funchal: Os trópicos são já aqui
A capital da Madeira é poiso seguro depois das aventuras pelo coração da ilha. Tem bom ambiente por entre património, lojas e excelente comida. Leia aqui

Ponta delgada: entrada nos Açores
Antes ou depois do deslumbre pela Natureza de São Miguel, a “ilha verde”, acerta-se o passo nas ruas estreitas, praças pitorescas e uma grande marginal virada para o Atlântico. Visitam-se igrejas, capelas e conventos e vai-se a banhos nas piscinas naturais de água salgada e praias de areia negra. Leia aqui

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A Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) alertou esta quarta-feira para um novo mail fraudulento que está a ser enviado a alguns contribuintes, através do site de envio de ficheiros ‘WeTransfer’, avisando que o mesmo deve ser apagado.

No alerta publicado no Portal das Finanças, a AT partilha um desses mails que está a ser enviado em seu nome e no qual o destinatário é convidado a descarregar os supostos ficheiros usando um link fraudulento.

“Estas mensagens são falsas e devem ser ignoradas. O seu objetivo é convencer o destinatário a aceder a páginas maliciosas carregando nos links sugeridos”, pelo que “em caso algum” o contribuinte deverá efetuar a operação pedida, salienta a AT.

No meio da incógnita que paira sobre as eleições presidenciais, existe, pelo menos, uma certeza: António Vitorino – partindo da esquerda e federando ao centro – reúne todas as qualidades para ser o candidato a Presidente da República.

O país está entalado entre protocandidatos pouco inspiradores e donos de visões limitadas, num cenário político que não oferece muitas alternativas dignas da função.

De um lado, a representação de um vazio em forma de ponto de interrogação, configurado na farda de Almirante, cuja falta de ideias e de um projeto concreto para o futuro de Portugal é tão grande quanto a sua audácia e visão política. Em contrapartida, António Vitorino, com a sua vasta experiência — não apenas no panorama nacional, mas também no domínio das dinâmicas internacionais — surge como uma opção certa, sólida e competente.

É conhecido pela sua visão de Estado – ponderada e sensata – tornando-se num ponto de equilíbrio imprescindível para o futuro do país, especialmente num momento em que as interações globais se tornam cada vez mais complexas, exigindo uma liderança capaz de pensar além do imediato. Em contraluz ao populismo e à superficialidade política que têm dominado o discurso público, Vitorino mantém-se firme na sua postura de seriedade – às banalidades contrapõe conhecimento, às propostas desprovidas de substância afirma uma visão clara do país no mundo, desde a Lusofonia à Europa, do Atlântico ao Mundo.

Desde gravadores em reuniões semanais entre o Presidente da República e o Primeiro-ministro, passando por comentários menos ortodoxos sobre vestuário, Presidentes inspiradores ou mais resguardados, o Palácio de Belém já experimentou de (quase) tudo.

Em 2026, seremos chamados a escolher o novo residente de Belém e, surgem por aí, dinâmicas bizarras na dança presidencial. 

Entre o já falado nacional-fetichismo das fardas ao “agarra-me, se não eu avanço” da direita; somando a orfandade de candidato oriundo do centro-esquerda – lacuna evidente destes últimos 20 anos -, a disputa presidencial não se afiguraria de grandes emoções nas noites de comentário eleitoral dos canais generalistas, que antecedem as eleições.

Este vácuo é particularmente preocupante, pois, face às complexas questões internas e externas que o país enfrenta – instabilidade governativa, a Europa na era do Trump 2.0, somando-se uma Guerra em solo Europeu e no Médio Oriente – é mais urgente do que nunca que a presidência seja ocupada por alguém com uma visão estratégica capaz de integrar não só as realidades nacionais, mas também as dinâmicas globais.

E é precisamente aqui que António Vitorino entra.

António Vitorino é frontal, direto e claro nas ideias que defende e sempre defendeu ao longo da sua vida pública. É a representação de uma visão política que não se abstém, nem se contenta com “poucochinho”. Não precisa de acertar contas com o passado. É uma figura cuja certeza das palavras de jurar em “Cumprir e fazer Cumprir a Constituição”, não recairá num conjunto de análises e comunicações banais à sociedade portuguesa, muito menos em pioneirismos de Tiktok, ideias quiméricas de alteração a um sistema político que hoje é estável e funcional no seu pluralismo e nos seus instrumentos democráticos.

Dentro dos limites destas discussões mundanas, desta montra de banalidades, deste jogar o jogo apenas pelo jogo, a certo ponto, deixamos de ambicionar o possível e resignamo-nos àquilo que parece ser mais provável.

Enquanto discutimos, algures, ainda há quem sinta fome num local que diste poucos minutos de de uma casa onde outros já estão demasiado saciados para acabar a refeição. Algures, alguém se despede da família para tentar apanhar o elevador social noutro país, à procura de melhores oportunidades. Algures, mais uma mulher morre às mãos de um homem, vítima de violência doméstica. Os problemas reais sucedem-se. As soluções e visões escasseiam. Mas espante-se o leitor, o desfile, os cortejos de candidatos sem visões de país multiplicam-se. No lugar da visão abnegada, objetiva coletiva – de país e sociedade -, sucede-se vertiginosamente o exercício do ego.

Enquanto as conversas políticas se perdem em trivialidades, o país continua a viver uma realidade marcada por desigualdades, injustiças e desafios que exigem soluções urgentes. Neste contexto, é fundamental que a Presidência seja assumida por alguém capaz de entender a complexidade da realidade portuguesa, mas também de apresentar propostas para superar os desafios sociais e económicos que persistem.

Não basta ocupar um cargo simbólico e acenar como o Rei de Inglaterra, é necessário apresentar um projeto claro e unificador. Unificador da decência e dignidade dos democratas deste país.

Apesar da discussão da espuma dos dias, sempre existiram pessoas que acreditaram que as coisas não deveriam ser assim — que em Portugal, as coisas podem e devem ser diferentes.

Estas pessoas, que dedicam a sua vida à Coisa Pública, são as que eu costumo apelidar de “eternos insatisfeitos”. São indivíduos que acreditam que o nosso país tem um potencial tremendo neste canto da Europa, porém, que está cansado de viver do potencial.

 É essencial que a Presidência esteja nas mãos de alguém com esta visão: uma liderança que faça política com razão e empatia, com a capacidade de compreender os desafios do presente e, simultaneamente, ter a coragem necessária para orientar o país em direção a um futuro melhor.

Um Presidente deve ser o primeiro entre iguais, uma delas, uma pessoa como tantas outras; mas aquele que recai a missão e obrigação, em tempos de incerteza, de orientar, unir e dar esperança a todos os portugueses.

E é por isso que, mais uma vez, vejo em António Vitorino a escolha mais natural para o cargo. Com a sua experiência, ponderação e sensatez, ele representa uma figura agregadora que o país precisa neste momento. Deputado, Ministro, Comissário Europeu, Diretor-Geral da Organização Internacional para as Migrações, com uma passagem interessante pelo privado e atualmente Presidente do Conselho Nacional para as Migrações e Asilo, já fez de tudo. Ou, quase tudo.

Não sucumbe ao populismo, nem se deixa influenciar por discursos vazios ou por reformas radicais que, por exemplo, tendem a mesclar na conversa a Segurança e a Imigração. Pelo contrário, António Vitorino oferece uma visão equilibrada e realista, alicerçada na sua experiência e na sua compreensão das complexas dinâmicas internacionais que determinam, mais do que nunca, o futuro do país.

É tempo de confrontar os “porquês” de hoje com os “porque não” de amanhã, como diria Bobby Kennedy se por cá andasse.  A visibilidade ou popularidade entre os portugueses de António Vitorino (preocupação entre alguns nos bastidores), torna a conquistar-se. Uma oportunidade destas para o campo socialista é que talvez não.

Em 2018, Miguel Santos Carrapatoso escreveu num artigo, que António Vitorino “foi quase tudo na política”. Veremos.

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Os textos nesta secção refletem a opinião pessoal dos autores. Não representam a VISÃO nem espelham o seu posicionamento editorial.

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Quando foi a última vez que foi a uma biblioteca, caro leitor? Ou um arquivo? E museus (em Portugal…)? Muita gente, após o término da escolaridade obrigatória, abandona completamente estes espaços. E, infelizmente, percebe-se o porquê. Desde o sentimento pouco apelativo que fica com os jovens estudantes devido a uma associação errónea destas instituições ao mero estudo e à obrigação, à própria falta de investimento destas instituições numa comunicação mais próxima com as comunidades, todos ficam a perder.

Que fique bem claro: a função da biblioteca não é apenas emprestar livros; a função do arquivo não se resume a preservar e organizar documentação; a função do museu não se limita a exibir obras de arte.Resumir estas instituições a funções estereótipadas e preconcebidas há séculos e não lutar para as capacitar com novas missões e objetivos é uma oportunidade perdida. A passividade e o trabalho silencioso – autênticas armadilhas de dormência cultural – dos arquivos e das bibliotecas (os museus, ainda assim, apostam mais aqui) no que toca ao marketing e à criação de uma relação com as comunidades criam um fosso relacional entre si e a população; fosso relacional esse que, a longo prazo, tem, obviamente, efeitos nocivos no que diz respeito às práticas culturais de um povo, aos seus hábitos de leitura, hábitos de pesquisa de informação e capacidade de distinção entre conteúdos fidedignos e não-fidedignos. Um investimento sério, por parte do Governo, nestes espaços e um investimento próprio e empreendedor destas instituições numa abordagem mais direcionada para a sua envolvência na comunidade local, mas também internacional, aproveitando, desta forma, o turismo que Portugal recebe e a própria sociedade global em que vivemos, onde a partilha e troca de informação já não se cinge às cidades, às regiões, ao país.

Em tempos em que parece que o mundo real é somente um teatro para aquilo que se passa nas redes sociais, é preciso ter a capacidade de “jogar o jogo” e dizer “presente!”. Se a sociedade está agarrada ao telemóvel, há que ir para lá também e fazer o possível para mostrar que ainda vale a pena estar na presença de um belo quadro, de um livro magistral ou de um documento importante da História do nosso país – estar presente é valorizar o que se tem à frente.

Já existem esforços consideráveis neste sentido de tornar estes espaços em espaços sociais. A título de exemplo, durante a Feira do Livro do Porto 2024, a Biblioteca Municipal Almeida Garrett ilustrou bem aquilo que pode ser, no futuro, o papel das bibliotecas na sociedade. Para além de já bem preenchida com pessoas a estudar, ler, trabalhar, ainda contou com a presença dos visitantes da Feira do Livro porque fez de questão de ter um programa próprio de suplemento ao evento literário que decorria mesmo à sua frente. Foi bonito de ver. Só a existência de um café/restaurante dentro da própria biblioteca fez com que o movimento aumentasse e houvesse um propósito para ir à biblioteca. O mote de todo este artigo é simples: é possível fazer mais e melhor. Uma política robusta de promoção e desenvolvimento dos arquivos, museus e bibliotecas contribui para uma melhor democracia, uma sociedade civil mais informada e culta, capaz de responder aos desafios do século XXI. A democracia do nosso país também está assente nas instituições que se dedicam ao nosso património porque é nessa relação de entre História e cidadania que está uma participação cívica basilar na estrutura de poder público. Estas instituições têm o potencial para serem vetores centrais na expressão política dos cidadãos: não seria ótimo, por exemplo, se os museus, ao invés de serem o palco para protestos climáticos cujas energias estão manifestamente mal direcionadas, fizerem parte do protesto? Não no sentido de se juntarem ao ato em si, naturalmente, nem a nenhum grupo climático, mas de serem eficazes na forma como contribuem para a educação da população. Até mesmo os arquivos, que ainda assim parecem o terreno menos frequentado pela sociedade civil, podiam deslocar-se até às escolas, mostrando que é possível fazer projetos e trabalhos sem ter de recorrer à Wikipédia ou ao ChatGPT. Coisas básicas mas que, como tudo o que é simples e bem feito, resultam.

Mais pessoas nos museus, mais pessoas nas bibliotecas e mais pessoas nos arquivos significa mais democracia.

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O Ministério Público acusou de homicídio esta quarta-feira o agente da Polícia de Segurança Pública (PSP) envolvido na morte de Odair Moniz, no bairro da Cova da Moura, na Amadora, em outubro do ano passado.

De acordo com Ricardo Serrano Vieira, advogado do PSP, à agência Lusa, “foi deduzida acusação por um crime de homicídio” contra o seu cliente. Vieira refere que vai agora ponderar o pedido de abertura de instrução do processo, com o objetivo de tentar evitar que cliente seja julgado.

Odair Moniz, de 43 anos, foi baleado por um agente da PSP a 21 de outubro, no bairro da Cova da Moura, e faleceu pouco depois no Hospital São Francisco Xavier, em Lisboa. Segundo a versão oficial das autoridades, Moniz terá tentado resistir “à detenção e tentado agredi-los com recurso a arma branca”, após uma perseguição policial que terminou na Cova da Moura.

Segundo as previsões de Alfredo Graça, geógrafo da Meteored Portugal, a primeira semana de fevereiro vai ser marcada por altas pressões que vão resultar num estado do tempo estável e sem tendências claras de precipitação. Já para as semanas seguintes, verifica-se, para já, a existência de anomalias negativas neste aspeto, em grande parte do território português, sobretudo nas regiões a norte do rio Mondego. Apenas as regiões do Algarve, Madeira e algumas ilhas dos Açores poderão vir a registar alguma precipitação, mas dentro dos valores normais para fevereiro.

No entanto, e apesar de mais elevadas que as registadas durante o mês de janeiro, as temperaturas deverão ser ligeiramente mais frias do que é habitual para a época do ano, mas sem episódios de frio intenso, durante a primeira semana do mês. A previsão indica, para as semanas seguintes, anomalias positivas de temperatura.

O Ano Novo chinês 2025 tem início hoje, 29 de janeiro de 2025. Para os chineses e muitos povos asiáticos, esta é a festa mais importante do ano.

A data é celebrada com muita cor, alegria e tradições. Tradicionalmente, as celebrações começam no dia de Ano Novo Chinês, o primeiro dia do primeiro mês do calendário chinês, e estendem-se até ao Dia do Festival das Lanternas, o décimo quinto dia do primeiro mês do calendário.

Tal como tu provavelmente fazes na passagem de ano, as famílias chinesas têm como tradição reunirem-se para jantar. Além disso, limpam a casa para afastar a má sorte e dar as boas-vindas à boa sorte. As janelas e portas são decoradas com papéis vermelhos, já que esta cor, na cultura chinesa, é símbolo de felicidade, sucesso, beleza e boa sorte.

O ano da Serpente

A história do horóscopo chinês começa com uma lenda muito antiga – e que reza assim: Buda convidou todos os animais da criação para uma festa de Ano Novo, e a cada um dos animais prometeu uma surpresa. Apenas doze compareceram; a cada um foi atribuído um ano, conforme a hora de chegada: Rato, Boi, Tigre, Coelho, Dragão, Serpente, Cavalo, Cabra, Macaco, Galo, Cão e Porco.

No fim da festa, os animais fizeram o seu juramento solene perante o Buda: cada um deles estaria sempre, por um dia e uma noite, pelo mundo, pregando e convertendo, enquanto os outros onze se empenhariam a pratica o bem em silêncio.

A Serpente é o sexto animal do zodíaco e associada a características como a intuição, a sabedoria, a astúcia e o charme, e ligada ao elemento fogo – representando a paixão e a transformação.

As pessoas que nascem em anos de Serpente são consideradas simpáticas, inteligentes e desorganizadas

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