A Microsoft anunciou no arranque da conferência Build que assinou uma parceria com a xAI de Elon Musk para trazer os modelos Grok para a plataforma Azure, expandindo o acesso a modelos de Inteligência Artificial avançados. Com este acordo, a Microsoft aumenta o portefólio de sistemas de IA, enquanto a xAI beneficia de mais um canal de distribuição.

Os modelos Grok 3 e Grok 3 mini vão estar disponíveis na plataforma Azure AI Foundry, com funcionalidades para empresas, como acordos de entrega de serviço e a cobrança feita diretamente pela Microsoft. Os modelos Grok foram descritos por Musk como não tendo filtros e serem anti-woke, mas têm recebido críticas por ultrapassarem as fronteiras de aceitabilidade de respostas, respondendo a perguntas a que outros modelos recusam responder. Na Azure, no entanto, os modelos Grok vão ser controlados de forma mais rígida do que são noutras plataformas. A oferta da Microsoft inclui uma gestão melhorada, personalização e integração para uso seguro em contexto empresaria, conta o Interesting Engineering.

Com esta adição, a Microsoft reforça a posição de liderança da IA na cloud, com os utilizadores a terem disponíveis agora mais de 1900 modelos, incluindo sistemas da OpenAI, da Meta e da DeepSeek, faltando as soluções da Google e da Anthropic.

O responsável técnico da Microsoft, Kevin Scott, explica que “para tornar os agentes de IA verdadeiramente eficientes, precisamos de os conectar com tudo no mundo”.

Também na Build, a Microsoft contou que traz novas funcionalidades na linha 365 Copilot, com ferramentas como Researcher e Analyst, focados na análise aprofundada e na geração de conclusões. Os utilizadores vão poder gerar estratégias detalhadas com dados internos e externos.

Tem uma scooter elétrica (ou microcarro) da Silence? Então provavelmente saberá que esta marca espanhola projeta os veículos atribuindo à bateria o papel central. Aliás, para a Silence, o acumulador de energia é tão importante quanto o próprio veículo. De tal modo que a bateria é independente, amovível, e tem uma vida que pode ir muito além da scooter ou do carro que alimenta. O melhor exemplo é este acessório, um inversor que transforma a bateria usada nos veículos da Silence num autêntico powerbank de grande capacidade, capaz de alimentar uma pequena casa durante alguns dias.

As baterias Silence, usadas nas scooters da marca e no microcarro S04, são amovíveis e transportáveis. Transformam-se, automaticamente, num género de trollry quando são removidas dos veículos

Bateria de grande capacidade transportável

Todos os veículos atuais da Silence, onde se incluem as scooters e o microcarro S04, usam a mesma bateria com 5,6 kWh de capacidade, o que garante interoperabilidade e trocas fáceis. Umas das grandes vantagens desta bateria é que é amovível e transportável graças a um mecanismo engenhoso, que transforma a bateria num trolley (com pega extensível e rodas). Como mostrámos na nossa análise das scooters Silence S01 e Seat Mó (o modelo da Seat é, essencialmente, uma S01 com a marca Seat). Além disto, a bateria inclui carregador interno, o que significa que pode ser, por exemplo, transportada para casa ou para o local de trabalho e carregada facilmente numa qualquer tomada standard.

O que é um inversor?
Um inversor elétrico é um dispositivo que converte corrente contínua (CC ou, do ingês, DC) em corrente alternada (CA ou AC). É essencial, por exemplo, em sistemas solares, onde transforma a energia gerada pelos painéis (em CC) numa forma utilizável por eletrodomésticos e pela rede elétrica (em CA).
Existem também inversores portáteis, que permitem obter energia em corrente alternada a partir de baterias (corrente contínua), como as de carros ou powerbanks. São úteis, por exemplo, para alimentar aparelhos elétricos em locais sem acesso à rede elétrica. Os inversores muito comuns em caravanas e veículos de emergência. Alguns powerbanks de grande capacidade incluem inversores para poderem apresentar tomadas elétricas convencionais.

Inversor de levar às costas

Quando vimos, pela primeira vez, o inversor protótipo da Silence, para adicionar tomadas elétricas standard (iguais às que temos em casa) à bateria, tratava-se de um módulo compacto, que encaixava por cima do ‘trolley’. Ora, infelizmente, a versão comercial é bem maior e pesada. Mas, a Silence encontrou uma solução para facilitar o transporte: o inversor está integrado numa mochila feita à medida.

Ou seja, podemos levar o inversor às costas e puxar a bateria com uma mão (não se esqueça que funciona como um trolley). Não é, propriamente, algo para uma criança fazer, mas o sistema é transportável q.b.. A grande dimensão e peso do inversor justiça-se pela potência e tecnologia: disponibiliza 3 kW de potência em contínuo e 6 kW de potência de pico.

Grande capacidade

Ao conjugamos a capacidade da bateria e a potência disponibilizada pelo inversor, percebemos que este conjunto é capaz de fornecer energia por muito tempo a aparelhos que usamos habitualmente. Por exemplo, um frigorífico com 300 litros de capacidade tem, em média, um consumo de 300 a 600 watts hora por dia (0,3 a 0,6 kWh), O que significa que os cerca de 5 kWh de capacidade útil da bateria permitem alimentar o frigorífico referido, sem restrições, por 8 a 16 horas.

Se usarmos este ‘powerbank’ para alimentar algumas lâmpadas LED, um mini-frigorífico e um pequeno televisor, podemos ter energia para alguns dias. Outra opção é usar este sistema como ‘gerador’ portátil para, por exemplo, dar energia a ferramentas elétricas numa obra numa zona sem eletricidade de rede. Ou para acampar, fazer um piquenique, alimentar uma cabana ‘off-grid’… São muitas as possibilidades.

Este acessório transforma as baterias Silence em powerbanks de alta capacidade e elevada potência, capazes de alimentar todo o tipo de aparelhos elétricos. Um extra muito valioso para quem já tem uma bateria Silence ou pensa adquirir um veículo desta marca

Para usar este sistema, basta ligar o Nomad Inverter à bateria, através de um cabo com uma ficha específica muito sólida. O inversor tem duas tomadas ‘schuko’ (as tomadas elétricas normais) e uma porta USB. Considerando a dimensão do aparelho, gostaríamos de ter mais tomadas e portas USB para carregamento de gadgets. Claro que tudo se pode resolver com extensões e tomadas múltiplas. Não há, propriamente, um indicador preciso do nível de carga, mas as baterias da Silence têm um anel luminoso que mostra o nível de carga aproximado (basta um toque na lateral da bateria). Importante: o inversor desliga-se quando o o nível de carga atinge os 5 a 10 porcento, de modo a proteger a bateria.

Usámos e abusámos deste inversor para uma série de experiências, incluindo alimentar um grelhador elétrico e umas luzes durante um piquenique, fornecer energia a três computadores portáteis e para usar uma rebarbadora e um berbequim.  Até alimentou luzes e um frigorífico numa pequena casa rural. Parece-nos que o preço deveria ser um pouco mais baixo, até porque já há powerbanks com mais saídas e bateria própria que custam pouco mais. Mas nenhum destes powerbanks disponibiliza uns expressivos 5 kWh de capacidade!

Para quem já tem veículos Silence e, como tal, uma bateria compatível, este acessório é uma proposta muito tentadora. No fundo, ganha um gerador portátil de 3 kW de potência real e 5 kWh de capacidade por bem menos de €1000.

Tome Nota
Polestar 2 Long Range – Desde €53.400

polestar.com/pt

Potência Muito bom
Portabilidade Satisfatório
Construção Muito bom
Saídas Satisfatório

Características Potência: 3000 watts (6000 watts pico) ○ Inversor de 48 volts DC para 230 Volts AC ○ Saídas: 2x tomadas Schuko (230 volts), USB 5 Volts ○ Peso: 6,8 kg ○ Dimensões (CxLxA): 45x20x8 cm (aproximado)

Desempenho: 4,5
Características: 4,5
Qualidade/preço: 4

Global: 4,3

A ferramenta genética de edição precisão CRISPR-Cas9 continua a ser utilizada por cientistas de todo o mundo em diversas experiências. Um caso recente vem da Alemanha, onde uma equipa universitária anuncia ter conseguido criar em laboratório uma aranha que produz teias vermelhas fluorescentes a partir de uma aranha doméstica comum.

Para fazer face às dificuldades de lidar com a genética das aranhas, a equipa de investigadores desenvolveu uma nova solução com base na CRISPR que contém a sequência do gene de uma proteína de seda vermelha fluorescente e injetou-a em ovos de aranha não fertilizados. Entre as dificuldades estão o facto de muitas aranhas serem canibais, com uma arquitetura genética diversa e complexa, o que faz com que a manipulação genética e o desenvolvimento das crias sejam desafiantes.

Para administrarem as microinjeções, as aranhas foram anestesiadas com dióxido de carbono, de modo que não se movessem durante o procedimento e, depois da recuperação, as fêmeas foram emparelhadas com machos da mesma espécie. As crias geradas estão a produzir teias vermelhas com a tal infusão da proteína. “Demonstrámos pela primeira vez em todo o mundo que a CRISPR-Cas9 pode ser usada para incorporar uma sequência desejada nas proteínas de seda das aranhas, assim permitindo a funcionalização destas fibras”, afirma Thomas Scheibel, o autor que liderou o estudo ao New Atlas.

As teias das aranhas são uma fibra natural impressionante com características como resistência, elasticidade, peso leve e biodegradabilidade e, com esta experiência, abrem-se portas para expandir o seu uso em mais materiais e na biotecnologia.

Além da cor invulgar, os cientistas também aproveitaram para experimentar um processo conhecido por CRISPR-KO, onde testou-se o efeito das modificações ao terem ‘silenciado’ um gene específico responsável pela formação dos olhos nas aranhas. Também este teste foi bem-sucedido pois, após a modificação, as aranhas nasceram sem olhos.


Em declarações à Rádio 4 da BBC, o líder do Gabinete das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA), Tom Fletcher, classifica a quantidade de ajuda que Israel está a permitir entrar em Gaza como “lamentável”, reiterando que a autorização de entrada de nove camiões de ajuda humanitária na Faixa de Gaza, após 11 semanas de bloqueio, é “uma gota de água no oceano”.

Segundo o responsável, até agora, apenas cinco camiões de ajuda humanitária tiveram acesso ao enclave palestiniano, o que “é uma ajuda totalmente inadequada” para as necessidades da população.

Embora nenhuma ajuda humanitária tenha entrado no território palestiniano desde 2 de março, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, anunciou no domingo que ia autorizar a entrada de uma “quantidade básica de alimentos destinados à população, a fim de evitar o desenvolvimento da fome na Faixa de Gaza”.

As autoridades israelitas já tinham anunciado que tinham deixado passar camiões com alimentos para bebés, sem especificar quantos, mas, de acordo com Fletcher, essa ajuda está tecnicamente em Gaza, mas não chegou aos civis, já que se mantém “do outro lado da fronteira”.

“A quantidade limitada [de alimentos] agora autorizada a entrar em Gaza não substitui, evidentemente, o acesso sem entraves aos civis necessitados”, insistiu Tom Fletcher, lembrando que as Nações Unidas têm um plano para fornecer ajuda em grande escala no território palestiniano.

Na semana passada, a ONU explicou que tinha camiões carregados com 171 mil toneladas de alimentos à espera de serem autorizados a entrar.

Durante o cessar-fogo de 42 dias entre Israel e o grupo islamita palestiniano Hamas, no início do ano, 4.000 camiões de ajuda entraram no território todas as semanas, segundo a ONU.

Fletcher apelou ainda a Israel para que abra “pelo menos dois pontos de passagem para Gaza”, para que “simplifique e acelere os procedimentos e levante todas as quotas”, a fim de satisfazer todas as necessidades em termos de “alimentos, água, higiene, abrigo, saúde ou combustível”.

Tom Fletcher adiantou esperar que Israel deixe entrar hoje 100 camiões em Gaza.

“Será difícil”, admitiu, garantindo que, se houver permissão, esses camiões, serão carregados com comida para bebés.

A abertura agora dada pelo Governo de Telavive foi justificada por Netanyahu com o receio de que as imagens de fome dos palestinianos fizessem com que os aliados de Israel retirassem o apoio militar e diplomático ao país.

Há pouco mais de um ano escrevi aqui, antes das eleições legislativas de 2024, que os programas eleitorais dos partidos políticos portugueses com assento parlamentar eram, basicamente, omissos relativamente ao conceito felicidade. Em concreto, dos oito partidos presentes na Assembleia da República, quatro não faziam nenhuma referência à palavra felicidade, nem à ciência que a estuda e seus resultados (PS, BE, PCP, Chega); nos outros quatro, a palavra felicidade surgia, mas pouco (uma ou duas vezes em cada um dos programas eleitorais de AD, PAN, Livre e IL).

Volvido um ano, inesperadamente (apesar da fragmentação parlamentar), voltamos a eleições legislativas. Entende-se que os partidos não tenham sentido necessidade de fazer grandes alterações nos seus programas e, no que toca à explicitação da felicidade, o panorama não melhorou: no programa do PS, surge uma vez a palavra felicidade, mas não como desígnio político, apenas para referir que “o nosso país teve a felicidade de dar origem a seis empresas unicórnio”; no do Chega, surge também uma vez, apenas na frase “Defendemos a família porque esta é um projeto de felicidade impresso no coração dos homens e mulheres”; no da IL, do BE, da CDU e do JPP está completamente ausente; é apenas nos programas da AD, PAN e Livre que a felicidade aparece com mais substância, com a AD a querer “Colocar Portugal no top 10 do ranking de felicidade medido pelo World Happiness Report, do Active Ageing Index e Age Watch Index”, o PAN a querer “Construir uma ferramenta para medição do bem-estar e felicidade da população, com base em processos participativos, que permita aferir, em cada ano, o que é mais importante a nível nacional, distrital e concelhio” e o Livre a querer “Diversificar os indicadores de desenvolvimento nacional, passando a incluir na monitorização e avaliação das políticas e da ação governativa indicadores de desenvolvimento sustentável, como o PIB Verde ou a Poupança Genuína, dando prioridade aos aspetos mais diretamente ligados ao ambiente, qualidade de vida, felicidade, saúde e bem-estar e reforçando a necessidade da sua produção na informação do sistema estatístico nacional.”

O que defendo é que a explicitação da palavra felicidade no contexto político não é uma decisão vã. Com o arsenal estatístico, de literatura científica e de índices de progresso/desenvolvimento disponíveis, os agentes políticos podem, com segurança científica, recorrer a esses dados para fazer análises de custo-benefício e definir metas de política. Se um determinado partido político entender que a felicidade é o objetivo maior da sociedade, já tem como aferir rigorosamente se as suas políticas e a sua performance está a conduzir a nação a mais ou menos felicidade.

No caso de Portugal, a posição que ocupa no Ranking Mundial da Felicidade é modesta, ficando abaixo do que seria de esperar face ao nosso nível de PIBpc.

Se a AD, que ganhou as eleições, quiser cumprir o que disse no seu programa a este respeito e quiser ver Portugal no top 10 do World Happiness Report tem muitas ferramentas científicas para trilhar esse caminho, não se devendo fiar na intuição antiga de que basta pôr o PIB a crescer para a felicidade aumentar. A “engenharia” é mais complicada do que isso, mas não encontro objetivo mais nobre e mobilizador do que desenhar políticas para tornar Portugal um dos países mais felizes do mundo.

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Os textos nesta secção refletem a opinião pessoal dos autores. Não representam a VISÃO nem espelham o seu posicionamento editorial.

Palavras-chave:

No final de 2024, a Hisense lançou o modelo C2 Ultra, que, na verdade, não difere muito desta versão mais acessível e com muito boa qualidade de imagem. Assim que tiramos este projetor da caixa, percebemos de imediato que estamos perante um produto robusto e de topo.

A verdade é que a Hisense tem vindo a evoluir significativamente no segmento dos projetores, e este Mini Projector Laser C2 é prova disso. Embora seja constituído maioritariamente por plástico, a qualidade de construção surpreende — tudo está bem montado e transmite confiança. Trata-se de um projetor compacto que permanece estável mesmo quando sofre um toque acidental, e não emite qualquer ruído ao ser movido ou ajustado. Além disso, não exige montagem: basta tirar da caixa e começar a projetar. Destaca-se ainda a base giratória, que facilita o posicionamento e permite rodar o projetor conforme as necessidades do momento.

Imagem de topo

A qualidade de imagem é, naturalmente, um dos aspetos mais importantes num projetor e, neste campo, o C2, com tecnologia de projeção a laser, garante uma experiência bastante satisfatória. Consegue projetar uma área até 300 polegadas, como se de uma verdadeira sala de cinema se tratasse, embora, para tal, necessite de estar sensivelmente a 8 metros da parede.

Veja imagens abaixo:

A resolução 4K e a taxa de atualização máxima de 240 Hz dizem muito sobre o que esperar, mas este projetor não se fica por aqui. Com cores vivas (2.000 lúmens) e uma nitidez excecional, houve momentos em que quase nos esquecemos de que estávamos a ver uma projeção, e não um televisor — embora, claro, um bom televisor continue a oferecer uma qualidade de imagem superior. Ainda assim, ao visualizar conteúdos de natureza, documentários sobre animais ou filmes com cenas mais escuras, a experiência foi sempre convincente e agradável.

Os pretos não atingem a profundidade de um painel OLED, mas também não se tornam acinzentados, o que é um ponto positivo. Entre os vários modos de imagem disponíveis, destacamos o modo Filmmaker, que proporciona uma tonalidade mais natural e uma sensação cinematográfica verdadeiramente imersiva.

Que som é este?

A qualidade sonora deste projetor é surpreendente e ficámos totalmente convencidos. Os altifalantes incorporados são da autoria da JBL, marca conceituada no segmento do áudio, o que ajuda a explicar a qualidade sonora. Com o volume no máximo não existe praticamente qualquer tipo de distorção do som, mas o mais impactante é que mesmo com o volume a meio gás já conseguimos uma envolvência sonora na divisão em que estamos muito boa, ainda para mais tendo em conta que estamos a falar de um projetor. Os graves são fortes e, por vezes, até nos questionamos se não existe algum elemento externo que garanta esta excelente qualidade sonora.

Focagem automática e… cuidado com os olhos

A facilidade e eficácia da focagem são também aspetos que merecem destaque. O foco automático ajusta sempre a imagem de acordo com a área disponível para projeção e, nas definições, é possível ativar a opção que permite o reajuste automático do foco sempre que o projetor é movido ou tocado acidentalmente.

Outro ponto relevante é a proteção ocular automática: quando o projetor deteta que alguém passa à frente, o feixe de luz laser reduz automaticamente a intensidade, aumentando a segurança para os nossos olhos. Por fim, existe ainda uma opção de otimização inteligente por IA, que promete ajustar a qualidade da imagem consoante o conteúdo reproduzido. No entanto, na nossa experiência, as diferenças com esta funcionalidade ativada foram pouco significativas.

O sistema operativo Vidaa permite uma navegação fluída e intuitiva, com menus bem organizados que facilitam o acesso a conteúdos, aplicações e às definições. Entre as funcionalidades disponíveis, destaca-se a possibilidade de espelhar o ecrã do smartphone no projetor de forma simples e eficaz. O comando remoto é bastante responsivo e sensível ao toque, proporcionando uma experiência de utilização muito confortável. Conta ainda com retroiluminação, o que é especialmente útil quando estamos a ver um filme no escuro, permitindo operar o dispositivo sem dificuldade.

Para maior conveniência, inclui botões de acesso direto a aplicações populares como Netflix, Amazon Prime Video, Disney+ e YouTube. Um dos destaques é o botão idêntico ao do volume, que permite ajustar facilmente a intensidade do brilho — uma funcionalidade prática que se adapta a diferentes ambientes de visualização

Embora o preço seja elevado e não esteja ao alcance de todos, revela-se equilibrado face às características que disponibiliza e à realidade do mercado

Tome Nota
Hisense Mini Projector Laser C2 – €2199,99
Site: hisense.pt

Configuração Excelente
Imagem Muito Bom
Som Muito Bom
Conectividade Muito bom

Características Diagonal de 65” a 300” (1.7 a 8 metros da parede) ○ Resolução: 3840×2160 p, 240 Hz ○ Contraste 1700: 1 ○ Brilho: 2000 lúmenes ○ Fonte de Laser tricolor: azul+verde+vermelho, Vida útil: 25.000 horas ○ VIDAA U7.6 ○ Entradas: HDMI ARC, HDMI (2.1), 2x USB 3.0, Ethernet, jack 3,5 mm ○ Bluetooth 5.3, Wi-Fi 6e GHz ○ Áudio: 2 x 10W ○ Consumo: 180 watts ○ 247 x 247 x 286 mm ○ 5,3 kg

Desempenho: 4,5
Características: 4,5
Qualidade/preço: 3,5

Global: 4,2

A Foxconn está a utilizar tecnologia da Nvidia para criar robôs e ferramentas inteligentes que possam ajudar em contexto hospitalar. Uma das experiências envolve o Nurabot, um enfermeiro-robô com Inteligência Artificial e que consegue realizar atos de enfermagem. As soluções visam ajudar a melhorar as condições para todos, numa altura em que a Organização Mundial da Saúde estima que até 2030 existam menos 4,5 milhões de enfermeiros do que os que são necessários, devido a esgotamentos.

No início do processo, estão centros de dados com modelos de Inteligência Artificial treinados em supercomputadores Nvidia. Depois, com essa informação, os hospitais estão a testar e treinar robôs com gémeos virtuais. O último passo envolve integrar estes sistemas em dispositivos avançados que podem ser usados no terreno. As experiências estão a ser conduzidas em vários centros hospitalares de referência em Taiwan.

“Os robôs estão a aumentar as nossas capacidades, para podermos providenciar um cuidado mais focado e significativo”, descreve Shu-Fang Liu, que dirige um dos departamentos de enfermagem envolvidos ao Interesting Engineering.

No centro destes avanços estão várias tecnologias da Nvidia, como a Jetson Orin, a Holoscan e a plataforma Omniverse. Entre as inovações propostas estão o FoxBrain, um grande modelo de linguagem assente em Nvidia NeMo, e a CoDoctorAI, uma plataforma que usa modelos específicos para a saúde para monitorização de sinais vitais e deteção de sinais de cancro, entre outras. A Foxconn contribui também para o ecossistema de código aberto MONAI com o CoroSegmentater, uma ferramenta de segmentação de artérias coronárias que permite diagnósticos mais precisos.

Nestes centros hospitalares há gémeos digitais de instalações completas que permitem aos robôs praticar e serem treinados nas operações que vão realizar depois no terreno. O Nurabot foi treinado num destes gémeos e usa FoxBrain, o Isaac for Healthcare para treinos e integra Holoscan e Jetson Orin da Nvidia para monitorização em tempo real. Em uso diário, o robô consegue guiar visitantes, gerir a administração de medicamentos e estar de vigília nos corredores. A Foxconn avança que é possível reduzir a carga de trabalho dos enfermeiros em 30% com o Nurabot: “numa das alas, estamos a usar o Nurabot para entregar kits de tratamento de feridas e materiais de educação para a saúde às cabeceiras dos pacientes. Para os enfermeiros, ter uma assistência robotizada ajuda a reduzir a fadiga física, poupando-lhes múltiplas viagens para abastecer os quartos e permite-lhes mais tempo para se focarem nos pacientes”.

Outro exemplo dado é que o Nurabot pode ajudar a assistir outro enfermeiro humano em tarefas que tipicamente precisam de dois humanos. Assim, o segundo profissional de saúde fica liberto para realizar outro tipo de tarefas. As versões futuras vão poder operar em múltiplos idiomas, reconhecer rostos e até ajudar os pacientes a levantar-se.

As micro e pequenas empresas (MPEs) portuguesas são o motor silencioso das economias locais. Muitas vezes ofuscadas pelas grandes empresas, as primeiras são, na realidade, a espinha dorsal das comunidades e do País, criando emprego, e impulsionando a inovação.

Segundo a Direção-Geral das Atividades Económicas, as MPEs são responsáveis por cerca de 76,2% dos postos de trabalho a nível nacional, um valor superior à média europeia, sustentando a vida de milhões. Assim, estas empresas são as principais empregadoras nas comunidades locais, oferecendo oportunidades a pessoas que, de outra forma, poderiam ser obrigados a migrar para os grandes centros urbanos. E porque muitos destes negócios dependem de fornecedores da mesma região, criam um ciclo colaborativo de consumo que beneficia toda a comunidade. Este efeito multiplicador assegura que a riqueza gerada permanece nos territórios, contribuindo para o seu desenvolvimento sustentado.

Por terem uma relação próxima com as regiões onde estão inseridas, as MPEs conseguem não só compreender melhor as necessidades locais, mas também adaptar os seus produtos e serviços para garantir um atendimento personalizado e com mais valor para os consumidores. Adicionalmente, estas empresas estão frequentemente envolvidas em iniciativas sociais e culturais, apoiando organizações sem fins lucrativos ou eventos comunitários que contribuem para o desenvolvimento da vida local.

A presença das MPEs também estimula o empreendedorismo e impulsiona a inovação. Ao identificarem necessidades específicas das comunidades onde estão inseridas, estas empresas acabam por desenvolver soluções ajustadas à realidade local. Esta capacidade de adaptação fortalece não só a economia, como também cria oportunidades para o aparecimento de novos negócios, enriquecendo o ecossistema empresarial e tornando-o mais dinâmico.

Ao desafiar as empresas já estabelecidas a inovar e otimizar os seus processos e produtos, ajudam a manter um ambiente competitivo, o que pode resultar em melhores condições para os consumidores, tanto em termos de qualidade como de preços.

Por todos estes motivos, é essencial reconhecer e apoiar as MPEs, pois são elas a força motriz das economias locais. Seja através de incentivos governamentais ou simplesmente pela escolha consciente dos consumidores em privilegiar o comércio local, apostar nas MPEs é investir no crescimento e na sustentabilidade das comunidades – e do País.

Os textos nesta secção refletem a opinião pessoal dos autores. Não representam a VISÃO nem espelham o seu posicionamento editorial.

O Reino Unido vive, hoje, o reflexo de uma decisão histórica cujas implicações estão longe de estar encerradas: o Brexit. Quando, em 2016, uma maioria de eleitores britânicos votou pela saída da União Europeia, abriram-se portas para um futuro incerto, ancorado numa promessa de soberania recuperada e de prosperidade renovada. Quase uma década depois, a realidade é outra. Hoje, começa a ganhar tração um conceito que, ainda que embrionário, tem peso simbólico e político: o “Brentrance” — o regresso do Reino Unido ao projeto europeu.

Este termo, ainda em disputa com outras variantes como “Brejoin” ou “Breturn”, representa mais do que um simples jogo linguístico. Encapsula uma revisão profunda da relação entre os britânicos e a Europa, motivada por desafios que transcendem o plano económico. As ameaças geopolíticas, a crise climática, a erosão da ordem internacional e o enfraquecimento das democracias liberais tornaram a cooperação europeia uma necessidade existencial, não apenas uma escolha estratégica.

O custo silencioso do Brexit

Os defensores do Brexit prometeram um Reino Unido mais forte, mais ágil, com maior controlo sobre as suas fronteiras, leis e economia. No entanto, o que se verifica é uma economia a crescer mais lentamente do que os seus vizinhos, dificuldades nas trocas comerciais, escassez de mão de obra em setores essenciais como a saúde e a agricultura, e um isolamento crescente em matérias de segurança e investigação científica.

As PME britânicas enfrentam entraves burocráticos antes inexistentes, o setor dos serviços financeiros perdeu parte da sua influência em relação a centros europeus como Frankfurt ou Paris, e a juventude britânica viu-se excluída de programas como o Erasmus+. É uma geração que paga o preço de uma decisão tomada por outras, mais velhas.

A nova ordem geopolítica e o imperativo da unidade

O regresso da guerra em solo europeu, com a invasão da Ucrânia pela Rússia, expôs a fragilidade de um continente dividido. A NATO tem sido um pilar de defesa, mas a União Europeia tem vindo a assumir um papel crescente na área da defesa comum e da segurança energética. Neste contexto, o Reino Unido encontra-se numa posição ambígua: uma potência militar que partilha interesses estratégicos com os seus vizinhos, mas que está fora dos mecanismos de decisão europeus.

A cooperação na defesa, na cibersegurança, no combate à desinformação e na resposta a pandemias exige estruturas de articulação que vão para além de alianças militares. A União Europeia, com todas as suas imperfeições, tem sido capaz de articular uma resposta coordenada. Para o Reino Unido, continuar de fora é abrir mão de influência onde ela é hoje mais necessária.

Reentrar na Europa: um caminho complexo, mas possível

Naturalmente, um eventual Brentrance não seria simples. A União Europeia não está de mãos abertas incondicionalmente. A reintegração exigiria concessões políticas significativas: possivelmente o abandono de opt-outs históricos, uma maior integração política e, talvez, a aceitação do euro. Além disso, haveria um ceticismo natural por parte dos Estados-membros, receando uma repetição do ciclo de divergências.

Ainda assim, as circunstâncias mudaram. A geração mais jovem é maioritariamente pró-europeia. Os setores empresariais pedem estabilidade e acesso ao mercado comum. E, nos bastidores, começam a surgir movimentações diplomáticas discretas que apontam para um realinhamento progressivo.

Portugal e o papel dos parceiros europeus

Portugal, como parceiro histórico do Reino Unido, pode desempenhar um papel relevante nesta fase de reconciliação. As ligações comerciais, culturais e políticas que unem os dois países são profundas. Lisboa pode ser uma voz ativa em Bruxelas, defendendo uma abordagem pragmática e construtiva ao eventual regresso britânico, mesmo que esse regresso se inicie por fases: adesão ao mercado único, à união aduaneira, ou participação em programas europeus estratégicos.

O futuro é europeu

Num mundo em transformação acelerada, nenhuma nação europeia consegue, sozinha, responder aos desafios globais. O Brentrance não é apenas uma possibilidade técnica ou diplomática; é uma necessidade histórica, ditada pela realidade.

Reatar laços com a União Europeia não significa abdicar da identidade britânica, mas sim reconhecer que essa identidade foi, durante décadas, também profundamente europeia. O futuro do Reino Unido, para ser relevante e sustentável, passa por regressar à mesa onde se decidem os destinos da Europa.

O tempo de divisões passou. É tempo de reconstruir pontes. E de regressar ao futuro.

Reflexão final: para lá da política, a responsabilidade geracional

Um eventual Brentrance não é apenas uma decisão de governo. É uma escolha que exige visão, coragem e responsabilidade intergeracional. Reentrar na União Europeia é reconhecer os erros cometidos, mas também aprender com eles. É compreender que a soberania, nos dias de hoje, é partilhada para ser protegida, não isolada para ser perdida.

Num momento em que tantas democracias estão ameaçadas por extremismos e polarizações, a União Europeia continua a ser um dos projetos de paz, cooperação e prosperidade mais bem-sucedidos da história moderna. O Reino Unido tem lugar nesse projeto, se assim o desejar. E, talvez mais importante, se tiver a coragem de olhar para o futuro com humildade, convicção e esperança renovada.

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