A penosa fase final da campanha eleitoral não vai acrescentar muito mais do que aquilo que já se sabe e conhece. As sondagens indicam a AD como vencedora, o PS aflito, sem nunca se aproximar dos 30%, e o Chega com sinais contraditórios — ora em alta, ora em baixa. A IL afirma-se como a quarta força política, o Livre surge muito bem posicionado, o PCP evita uma queda acentuada, e o Bloco encontra-se numa posição ingrata.
Nestes três dias que restam de campanha — é urgente reformar as leis eleitorais — é visível o cansaço dos líderes partidários e dos eleitores. Bastaria uma semana de campanha eleitoral, complementada por um período de pré-campanha, para umas legislativas. E estas poderiam até ser marcadas para quinze dias após a queda de um Governo, caso assim acontecesse.
Já não há indecisos nesta altura do campeonato. Quem vai votar, já sabe. Os que ainda se dizem indecisos — o que ajuda bastante as empresas de sondagens, pois podem sempre invocá-los se as projeções falharem — ou não tencionam votar (na sua maioria), ou simplesmente não querem dizer em quem votarão. Noutro país, o Primeiro-Ministro já estaria indigitado e a formar Governo para apresentar ao Presidente da República. Por aqui, arrastam-se os dias.
Os textos nesta secção refletem a opinião pessoal dos autores. Não representam a VISÃO nem espelham o seu posicionamento editorial.