Este Papa não desceu da Cruz. Não renunciou. Não negou. Não rejeitou. Francisco, Santo Padre, tentou reformar a Igreja, reconhecer os seus graves pecados, iluminar o caminho e pedir perdão, sincera e humildemente, a todos os que foram abusados, esquecidos e destruídos.
Francisco fez a Igreja Católica avançar décadas, quando todos pensavam que ninguém teria esse poder e essa capacidade. Bento XVI desistiu. Desceu da Cruz. Esta Igreja Católica é hoje mais aberta, mais preocupada e mais inclusiva. Todos os que eram renegados voltaram a ser chamados pelo sucessor de Pedro.
Não há mais palavras, entre as milhares e milhões que já foram escritas, ditas e comentadas, que melhor traçem o perfil deste Papa da Companhia de Jesus. Na minha vida já passaram quatro Papas – Paulo VI, João Paulo I, João Paulo II, Bento XVI e Francisco – e o sexto será escolhido no próximo Conclave.
Como acredito nos dogmas da Igreja, peço ao Espírito Santo que ilumine os cardeais na escolha do novo Santo Padre: um fiel servidor, marcadamente ecuménico e aberto ao mundo e a todas as confissões de fé. Afinal, no fundo, queremos um Papa que nos ouça a todos, em todos os continentes, e de todas as cores e feitios.