Atropelar uma rapariga na Amadora, fugir sem olhar para trás, autodenunciar-se com um orgulho ostensivo e fazer disso um troféu para os seguidores é de uma irresponsabilidade sem precedentes! Que coisa inqualificável. Que absurdo. Que trágico desvario!
O senhor influenciador veio depois dizer que se tratava de uma manobra de marketing. Que ideia brilhante, que génio da autopromoção! Agora tem milhões de seguidores, notoriedade e sucesso, mas também tem à perna o Ministério Público e as autoridades policiais.
O marketing morreu quando a vítima apareceu. Que azar. Que golpe do destino. Que revés inesperado.
O TikTok pode ter dado ao senhor um certo estatuto (?), mas também se tornou a armadilha em que tropeçou. A história deu para rir ao início, alimentada pelas suas próprias gargalhadas num espetáculo patético, mas o infortúnio foi o aparecimento do objeto do crime. Que má sorte. Que contratempo. Que desdita.
Os textos nesta secção refletem a opinião pessoal dos autores. Não representam a VISÃO nem espelham o seu posicionamento editorial.