Não sei se as companhias aéreas dos outros países fazem correr tantos rios de tinta como em Portugal. Também não sou capaz de assegurar se os processos de privatização, nacionalização e ajudas públicas dessas empresas que aconteceram por esse mundo fora levantaram tanta celeuma e tiveram tantas consequências políticas como aqui, mas era capaz de apostar singelo contra dobrado que não.
Não me contando entre aqueles que ganham a vida a gritar que os portugueses são um povo inferior, que não se sabem governar e outras coisas do género, tento perceber as razões por que alguns fenómenos têm uma dimensão especial cá no burgo em vez de resumir tudo ao preguiçoso e idiota “isto só em Portugal” dito com a conhecida pesporrência.