Antes de referir o que se me afigura serem os pontos decisivos para os partidos com assento parlamentar para as próximas eleições, impõe-se uma nota prévia: a evidência de que, no período pós-eleitoral, vão ter de existir muitas negociações entre os partidos democráticos para que exista uma solução de governabilidade sólida impõe contenção no modo de fazer a campanha e flexibilidade no discurso. Será, aliás, em larga medida na forma como os partidos se vão dirigir aos seus vários adversários que perceberemos os acordos que se desenharão a partir de dia 1 de fevereiro.
PS
Que consequências irão ter o desgaste da governação, que quota de responsabilidade os eleitores de esquerda atribuirão aos socialistas pelo fim da Geringonça e que peso terá o voto útil? Os incumbentes não são avaliados pelas propostas que apresentam, mas pelo que fizeram ou não fizeram.