Herbert Marcuse, em 1964, publica O Homem Unidimensional, no qual defende que a cultura de massas adormecia os cidadãos, tornando-os espectadores ao invés de sujeitos críticos e atentos. Em 1967, Guy Debord publicou A Sociedade do Espetáculo, confirmando as teses de Marcuse e avançando com uma análise crítica de uma sociedade alienada pela combinação explosiva entre capitalismo e cultura de massas, que nos adormecia com revistas como a Vogue enquanto as desigualdades sociais eram normalizadas.
Quando transportamos as suas análises para o nosso tempo, percebemos não só que as suas inquietações eram fundadas, mas também que a realidade amplificou tais preocupações através do engenho do algoritmo. Hoje, vivemos mais tempo presos ao scroll do Instagram do que a virar páginas de livros.