Por cá, lembram-se as manifestações e lutas passadas, bem como temas atuais, pela comunidade LGBT, não só de Nova Iorque mas de todo o lado do mundo.
O mês de Junho, nos Estados Unidos, é representado pelo mês da diversidade e de oposição ao preconceito, e como em outras cidades dos Estados Unidos, também Nova Iorque durante este período veste-se de arco-íris.
Nesta altura, ouve-se bastante a palavra “pride”, orgulho. A minha interpretação é a de ter orgulho em se ser como se é, orgulho em aceitar diferenças, orgulho em incluir tudo e todos, orgulho em não desistir de temas como igualdade, no sentido em que somos todos humanos, com os mesmos direitos e deveres.
Festival Pride de rua no West Village
Este ano percebi que a cidade estava ainda mais intensa nas discussões dos temas de igualdade. Após ter assistido à famosa “NYC Pride”, juntamente com mais de 2.5 milhões de pessoas, era impossível não reparar no uso da palavra “Resist”.
Resistir, este ano muito mais em destaque, devido ao contexto político atual.
Além da grande parada, onde participam famosos, outro tipo de eventos acontecem, desde festas de bairro, dias especiais em museus, fóruns de discussão, diferentes manifestações culturais até grandes concertos. Esta cidade não dorme mesmo!

O Mayor da Cidade de Nova Iorque e a sua equipa a desfilar na Parada Pride
Para mim é inspirador poder assistir e participar de um movimento de liberdade e inclusão. Penso no quão frustrante e agonizante foi o passado, com tantos tabus e leis repressivas… Felizmente com persistência estes elementos foram transformados e alterados. E é extraordinário que as novas gerações possam olhar para estes momentos como história e não como realidade.
Sinto-me sortudo, pois onde escolhi viver é possível abordar qualquer tema, com respeito pelo próximo, e de partilhar e expor pontos de vista.
Agradeço também ter sido educado pela perspectiva de que eu não sou melhor nem pior que qualquer pessoa, e a ser responsável por praticar tal filosofia de vida! Muitos dos debates e conquistas vão para além da orientação sexual, são uma questão de humanidade.
Parte dos milhões de espectadores da Parada Pride
Eu também, partilho do orgulho de ser humano e um dos cidadãos desta cidade, que representa liberdade, inclusão e harmonia, na intensidade e loucura que Nova Iorque proporciona.

Um dos inúmeros eventos, o Pride Island com o One World Trade Center como cenário
VISTO DE FORA
Dias sem ir a Portugal: 1 dia!
Por aqui, nas notícias fala-se muito sobre as investigações do Presidente Trump.
Sabia que por cá ao acrónimo LGBT foi adicionado mais uma letra, e se escreve LGBTQ, o “Q” pode representar a palavra ou “Questioning” (de questionando) ou “Queer”
Um número surpreendente, cerca de 40 mil pessoas desfilaram este ano, para mais de 2.5 milhões de assistentes na parada do LGBTQ Pride 2017!