Alguma vez se perguntou: “porque está a ser tão difícil encontrar “a tal” pessoa?
Porque é que quanto mais quero, menos acontece, só me saem “duques” e/ou só vejo “sapos a saltar” e a fazer as mais variadas acrobacias sem um pingo de graciosidade?
Vamos olhar um bocadinho para dentro da sua mente?
Vamos tentar descobrir o que se anda a dizer a si próprio?
Do que é que o seu subconsciente anda a tentar convencê-lo? Sente todas as emoções, menos aquelas que gostaria de sentir?
Toma uma série de decisões e em vez de atrair pessoas e relações interessantes, acontece exatamente o contrário?
Existem muitas mais, mas qualquer uma destas 12 crenças pode fazer com a probabilidade de viver o Amor seja “0” e com que o mesmo vá para o espaço, antes mesmo de conhecer quem quer que seja, ou depois de se conhecerem e começarem a conversar e a sair.
Todas juntas, são um “muro” até ao céu, onde dificilmente penetra qualquer raio de sol. Isto é, afastam qualquer possibilidade de viver uma relação de amor significativa.
Falemos então de crenças:
1ª crença: não vou conseguir encontrar!
Sabe o que acontece quando pensa e acredita nisto? “E tudo o vento levou”. Sim, é o título e um célebre filme, que está a acontecer na sua cabeça. “O vento” em sentido figurado, leva qualquer possibilidade/oportunidade de conhecer uma pessoa interessante e experienciar algo bonito. Mas isso, não é o pior. Mais grave é esta informação ir diretamente para as suas células e poder influenciar até a sua saúde física, porque a sua autoestima, autoconfiança e amor próprio já estão seguramente comprometidos.
Somos energia. Ao acreditar nessa “ideia” de que não vai suceder, o que está a criar? Uma realidade, certo? É isso que quer? Não quer encontrar? Se sim, continue a pensar o mesmo, se não, repita e sinta, vez após vez, “Sim, vou conseguir encontrar” até apagar essa crença que não lhe serve para nada.
2ª crença: só me vou sentir feliz quando o encontrar!
Tem o desejo de encontrar quem o conquiste e faça feliz? O meu desafio consiste em riscar a palavra “conquiste” e “feliz” porque estão muito gastas, e que as substitua por “alguém que me inspire, cative e faça sentir ainda maior. Mas, não se esqueça, precisa estar disposto a fazê-lo também. E já agora atire pela janela a crença de que alguém o vai fazer feliz.
O principal responsável pelo seu bem-estar é você. Se pensa que alguém lhe vai trazer uma caixinha com a sua felicidade, desengane-se. Até porque aceitá-la, implicaria sempre um elevado custo. Você é o “gestor” das suas emoções e de como se sente a cada momento.
3ª crença: isto não vai dar nada! Isto vai ser como nos filmes!
Como quer viver uma experiência gratificante se não acredita que ela o possa vir a ser? Que imagem tem na sua cabeça quando o pensa? Sabe o que significa Fé? Muito para além da conotação religiosa que possa ter, Fé significa a firme convicção de que sucederá o que tanto se deseja. Jesus disse que se tivermos Fé do tamanho de um grão de mostarda poderemos mover montanhas. Então, se quer viver o Amor tenha Fé que o vai viver.
Não, as relações não são filmes. O filme romântico tem duas horas, as relações podem durar cinquenta ou mais anos, dependendo daquilo que os envolvidos fazem com elas. São as suas crenças e o seu ego que os guiam, ora por desertos ora por oásis.
4ª crença: Não vai gostar de mim!
Acredite, a pessoa que acabou de conhecer já sentiu se gosta ou não de si. Mesmo que nunca o tenha visto. Apenas ouvindo a sua voz numa simples chamada telefónica ela já o sentiu. Aliás, mesmo que não tenha tido consciência, o seu inconsciente já o detetou. E não vale a pena fingir que gosta de si, porque as pessoas sentem-no. Vale a pena sim, se sente que a sua autoestima e autoconfiança estão um pouco fragilizadas, descobrir o porquê e fazer um trabalho interior nesse sentido, sob pena de atrair apenas pessoas que estão na mesma “onda vibracional” sem perceber porquê.
E já agora, claro que é importante saber se essa pessoa gosta de si, mas mais importante ainda é você saber se gosta dessa pessoa.
E se gostar de si, o mais natural é que ela goste também.
5ª crença: Amor é sofrimento/vou sofrer o mesmo!
Esta é outra crença que pode destruir o encantamento, a paixão e fazer implodir qualquer possibilidade de viver o Amor.
Nem Amor é sofrimento, nem é possível experienciar o mesmo. Tudo o que experienciamos é diferente, apesar de poder parecer-nos semelhante. São apenas os nossos “filtros” e mecanismos de defesa que nos fazem ter essa perceção distorcida e sofrer por antecipação, a maioria das vezes sem qualquer sentido.
Acredito que Deus criou o Amor exatamente para nos dar a força que por vezes temos dificuldade em encontrar para lidar com as dificuldades do sistema em que estamos inseridos. Mas, infelizmente, o conceito de amor teve de ser imbuído de sofrimento para vender e satisfazer interesses meramente económicos. Amor é o oposto de sofrimento. Se pensa o amor como sofrimento, reveja o seu conceito de amor e questione o que lhe ensinaram.
6ª crença: tem que ser igual ou muito parecido comigo.
Quer um clone ou quer um namorado? A crença de que vai encontrar alguém igual a si é mesmo isso. Apenas uma crença. Uma relação saudável e gratificante não tem como pressuposto dois seres humanos com os mesmos pensamentos, sentimentos, emoções e necessidades dentro da cabeça. Muito pelo contrário! A diversidade é extremamente enriquecedora. Valores, princípios, prioridades de vida e alguns interesses em comum é que é importante que sejam semelhantes. A diferença continua a assustar muita gente pelas mais variadas razões…mas pode ser um abrir de olhos e um salto para a frente em termos de crescimento e desenvolvimento pessoal quando não permitimos que o medo o trave. A maior parte daquilo que nos irrita no outro são aspetos da nossa personalidade com os quais temos, senão muita, alguma dificuldade em lidar.
7ª crença: tem de encaixar no “padrão”!
Cuidado! Tendemos a colocar rótulos nas pessoas precocemente. Não nos damos tempo para conhecer o outro e o outro nos conhecer. Claro que existem pessoas e situações completamente intoleráveis em que fugir é mesmo a única saída. Para saber se é “o seu tipo” ou não, precisa de conhecer e, para conhecer, precisa não se apressar a fazer juízos de valor, pois o que pode estar a acontecer é que a dita pessoa não encaixe no padrão repetido de namorado que tanto mal lhe faz.
8ª crença: é muito difícil apaixonar-me!
Se pensa e sente que será muito difícil apaixonar-se, saiba que está a auto-sabotar-se. É apenas um mecanismo de defesa que tem por detrás medo e receio, designadamente de ser rejeitado ou abandonado. Quer mesmo apaixonar-se? Vai ter de tirar este “programa” da sua mente e substituí-lo por outro. Se sentir dificuldade peça ajuda a um psicoterapeuta. Só quando pensar e sentir que será fácil apaixonar-se, assim acontecerá.
9ª crença: quanto mais quero, mais depressa acontece!
Mentira! Não é o facto de querer muito e se sentir desesperado que vai fazer com que suceda mais depressa. Esqueça desesperos, pois o desespero apenas vai emanar uma energia de carência e atrair, na melhor das hipóteses, carentes desesperados.
O mais importante é sentir-se merecedor de viver um bonito amor e uma relação saudável. Imagine essa relação e a pessoa que gostava de ter ao seu lado (sem fantasias!) e depois entregue a Deus e continue aquela que é a sua missão neste mundo. Não é por passar o dia a pensar nisso que vai acontecer mais rápido. Tudo tem um tempo e Deus surpreende-nos!
10ª crença: vou encontrar a outra metade!
Esta é uma das maiores mentiras sobre o Amor e as relações.
Você é completo. Ponto! Interiorize-o. Vai poupar-lhe muito sofrimento. Esqueça as metades das laranjas e dos limões, as almas gémeas, e companhia Lda…. você é um ser humano incrível e um companheiro apenas poderá inspirá-lo a sentir-se ainda mais incrível. Se não o sentir, é melhor pensar e ponderar sobre as suas escolhas.
Todos nós, de uma forma ou de outra, tendemos a auto-sabotar-nos e a repetir os mesmos erros, sem sequer tomarmos consciência das razões por que o fazemos. No que respeita ao Amor, a maioria das crenças funcionam como um “colete de salvação” que atua em modo de proteção, mas que paradoxalmente em vez de nos proteger, pode atirar-nos para a mais profunda solidão/depressão.
O meu propósito ao escrever este artigo é alertá-lo para todas essas “ideias” que à semelhança das roupas que não vestimos, se acumulam no fundo do “armário” da nossa mente e sugerir-lhe que olhe para cada uma delas e se pergunte como o fazem sentir: desconforto ou uma indescritível sensação de bem-estar, alegria e esperança por todo o seu corpo?
Todas e cada uma das suas crenças, não apenas os seus genes, determinam a sua saúde emocional, mental e física. Vale a pena conhecê-las e tomar a decisão se quer continuar a viagem com elas ou sem elas. A decisão é só… Sua!
Os textos nesta secção refletem a opinião pessoal dos autores. Não representam a VISÃO nem espelham o seu posicionamento editorial.