Todos os dias, biliões de pessoas perguntam umas às outras “como estás?”, “como vão as coisas?” ou “tudo bem?”, demonstrando empatia, atenção, interesse e preocupação.
Mas quantas pessoas se lembram de olhar para a sua relação e de lhe colocar a mesma pergunta, isto é: “Como estás? Como te sentes? Precisas de algo?”
O que teria ela para lhe dizer?
O que lhe parece que a sua relação pensa sobre os dois?
E você? O que tem pensado sobre ela?
Já alguma vez parou para observar e interrogar esses pensamentos sobre a sua relação?
Já imaginou a diferença que faria se desde o início da sua relação o fizesse?
São os pensamentos que tem sobre o seu companheiro e sobre a sua relação que determinam a forma como se sente, como ele se sente, o grau de satisfação e a longevidade da relação. E isto é verdade para os dois!
Mas não só: é o que fazem com os pensamentos que têm que vai influenciar não só o vosso estado emocional, psicológico e físico, mas também que relação os dois têm e terão.
Em termos práticos, se passa o seu tempo a pensar que o seu companheiro é uma “avestruz”, um “elefante” ou uma “cobra” e a sua relação um caos, uma “montanha russa” ou uma tortura, é natural que sinta no corpo, o resultado de todos esses pensamentos em forma de emoções, como seja ansiedade, irritação, frustração, angustia, desespero… e que mais tarde ou mais cedo possam aparecer os antipáticos sintomas que lhe gritam “faz alguma coisa, senão faço eu” como sendo dores de cabeça, insónias, dores nas costas, coração a disparar… tudo fruto da sua identificação automática com esses mesmos pensamentos, num ciclo diário que se pode tornar aditivo e vir a ter graves consequências não só a nível mental como físico.
Sabe porquê?
Porque, pensamentos iguais, todos os dias, sobre o seu companheiro e relação, geram decisões iguais, o que por sua vez gera comportamentos iguais, experiências iguais, emoções iguais, e mais pensamentos iguais. Uma “roda gigante” que nunca para e anda cada vez mais depressa, até o deixar completamente tonto, e a agir como uma “barata tonta” em modo de “piloto automático”.
E, enquanto todo este “filme” se vai desenrolando, sabe o que acontece com a sua relação, aquela que era bonita, alegre, leve, que o fazia sentir que podia conquistar e dar a volta ao mundo, sonhar e sentir-se ainda mais vivo, conhecer-se e acreditar ainda mais? Primeiro começa a desvanecer-se e, por fim, quer desesperadamente encontrá-la, mas ela já não está lá, porque partiu.
São os seus pensamentos e os do seu companheiro, as suas emoções e as do seu companheiro, as suas ações e as do seu companheiro que criam a vossa realidade, a vossa relação, a vossa vida.
Então, será que não vale a pena escolher ter tempo para olhar com mais atenção para a sua relação e para esses pensamentos que os dois têm um sobre o outro e sobre a relação, interrogando a sua veracidade, oportunidade, sentido, realidade e repercussões em si, nele e na relação?
Será que não vale a pena perguntar à sua relação: “Como estás?”
O que pensa sobre o seu companheiro afeta diretamente o seu companheiro e a sua relação. Por mais que tente esconder ou fazer de conta, influencia toda a dinâmica relacional e determina o tipo de interações.
Sabe porque muitos casais discutem porque um deles comete um pequeno erro? O problema não é o erro, é a insatisfação crónica dos dois, um com o outro e com a relação.
Ainda não lhe parece importante pensar sobre os pensamentos que tem sobre o seu parceiro e relação?
Se querem sair do círculo vicioso de uma relação em que os dois não se sentem bem, precisam sair do “programa” automático que foi instalado nas vossas mentes, olhar para ele, e perguntarem-se: que programa é este? Como funciona? Como se desativa? O que acontece se o fizermos? Será que este programa nos está a fazer sentir bem? Não existirá outro “programa” que nos faça sentir melhor?
Numa frase: Os olhos com que estou a ver-te e os olhos com que me vês, permitem-nos amar e sentirmo-nos amados como queremos?
A forma como estamos a percecionar a nossa relação, faz-nos sentir bem e reforça os nossos laços, ou pelo contrário afasta-nos mais e mais?
E por fim, qual a origem destas perceções que nos fazem sentir menos bem? Como nos sentiríamos se fossem diferentes?
Os olhos de Fé (Fé no sentido literal, não religioso) com que olha para o seu companheiro e para a sua relação, são eles que lhe dão o poder de amar e sentir-se amado, nada mais!
Através dos seus olhos de Fé, conseguirá perceber que grande parte dos cerca de 60 mil pensamentos que tem por dia são repetidos, distorcidos e não correspondem à realidade, e por isso mesmo é importante que não rotule todos eles como verdade absoluta, pois ao fazê-lo está a criar essa mesma realidade na sua vida.
Se quer mudar algo, não tente mudar pessoas, comece a mudar a forma como pensa sobre os seus pensamentos e sobre as suas relações. Faça perguntas aos seus pensamentos e às suas relações e ouça o que lhe dizem. Identifique que pensamentos são esses, em que crenças se baseiam, se são credíveis, o que tem a ganhar com eles, e determine soltar todos aqueles que o aprisionam, torturam, desgastam e comprometem o seu potencial e a evolução da sua relação.
Aí sim, começará a grande mudança, a sua Nova Vida e a sua Nova Relação.
Os textos nesta secção refletem a opinião pessoal dos autores. Não representam a VISÃO nem espelham o seu posicionamento editorial.
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