No passado dia 1 de fevereiro, Portugal voltou às vitórias no Torneio Rugby Europe Championship (veja aqui o resumo), depois de três épocas de ausência no torneio.
Não foi fácil…
A preparação foi recheada de imprevistos e contrariedades, entre lesões, indisponibilidades de última hora e, até, um tempo chuvoso, contratempos que fragilizaram a nossa equipa nacional.
Sem prejuízo, a forma como foi feita a preparação deste jogo (provavelmente o mais importante do ano, pois a Bélgica será, teoricamente, a equipa com a qual se iria discutir a manutenção no grupo A) permitiu que os nossos jogadores entrassem com uma confiança e união há muito não vistas nos Lobos.
Tomas Appleton, capitão da seleção, foi o líder de uma atuação que a todos os portugueses deixa orgulhosos e, acima de tudo, esperançados num futuro promissor da nossa seleção nacional.
Não obstante o jogo ter ficado aquém das expectativas quanto ao resultado final (sem falsas modéstias e com toda honestidade creio que Portugal está muitos furos acima da Bélgica em relação ao curto resultado obtido), no sábado passado ficou o sentimento de que voltámos a ter aquilo que nos levou ao Mundial de 2007: uma equipa com muita qualidade, que pratica um jogo dinâmico e criativo mas que, sobretudo, sabe fazer a diferença nos momentos cruciais dos jogos! Além dos 2 magníficos ensaios coletivos e do pé certeiro de Danny (o exemplo perfeito como os Luso Franceses fazem falta na nossa seleção e trazem mais valia ao grupo – dentro e fora de campo – Danny é um rapaz fantástico!), não posso deixar de destacar a mellee final ganha pelos Lobos e que nos deu a penalidade que nos colocou a 6 pontos do adversário.
Um momento que contrariou o domínio físico dos belgas ao longo do encontro (só a força bruta permitiu que marcassem) e que demonstrou, como dizia, a capacidade mental da equipa de aparecer nos momentos chave. Nos momentos que fazem a diferença…
Sou suspeito (pois há muito que elogio o trabalho dos clubes nas suas camadas de formação e há muito que elogio os resultados da nossa selecção sub20 – lideradas essencialmente por Luís Pissarra e João Mirra), mas creio mesmo que aquele sábado marcará a passagem do sonho à realidade e que os “miúdos” das últimas gerações sub20 começam, de forma definitiva, a tomar conta (e que bem) da nossa selecção!
Depois… depois vem uma equipa técnica do mais alto nível! Top Mundial! Lagisquet, com colaboração direta de Lois e Mirra, está a fazer tudo certo: A motivação dos nossos jogadores internos é notória, o apetite dos luso-franceses (incluo também Lima e Bettencourt) para jogarem por Portugal vai em crescendo, o público começa a voltar aos estádios.
Sábado que vem há novo teste, contra a Roménia. Não é um jogo decisivo. Mas será uma boa oportunidade para crescermos um pouco mais.
2023 está à porta e cada passo positivo dado será uma conquista que, na altura decisiva, se fará sentir.
Sonho 2023 é algo em que devemos acreditar, confiar e, acima de tudo, APOIAR. Todo o apoio é preciso para tornarmos o SONHO uma REALIDADE.
Estamos juntos?