Deus escreve direito por linhas tortas….
É assim que entendo a possibilidade que, caída do céu e no próximo sábado dia 9, os nossos guerreiros da selecção nacional terão de levar Portugal a mais um passo na qualificação para o campeonato do Mundo.
Será com a Alemanha, um país que, com exceção da derrota pesada na era do Cassiano Neves, tradicionalmente é inferior à equipa Lusa.
Uma equipa Lusa cheia de alma e de jovens jogadores que terão, sábado, uma oportunidade de demonstrar que, apesar do baixíssimo investimento que a FPR teve na área competitiva das selecções, com raça e determinação, estes homens colmatarão a atuação da FPR.
Um jogo que, além da importância desportiva, será marcado pela entrada nos centurions do jogador Gonçalo Uva, o segundo português, a par do irmão Vasco a chegar às 100 internacionalizações. (Parabéns Gonçalo!) Carreiras desportivas de uma dedicação tremenda a Portugal e que, só por isso, merecem uma vitória digna sobre a Alemanha.
Não vai ser fácil… Apesar do também mau momento que atravessa a selecção germânica, penso que não será fácil. Mas os portugueses são especialistas em contrariar o lógico… E, nesta linha de pensamento, a esperança mantém-se intacta e o acreditar na vitória tem de estar bem patente na alma de cada um dos guerreiros que entrará em campo nesta batalha que, na fase em que está o rugby nacional****, poderá ser decisiva em inúmeros pontos.
Juventude abunda nesta equipa… e talento! Era muito bom vermos Jorge Abecassis, Vasco Ribeiro; Cardoso Pinto; Vilela; Cheesy e outros, liderados por Uva, a travarem uma batalha que ficasse para a história. Nós cá estaremos a torcer, por vocês…
Eu quero crer que as coisas não acontecem por acaso… Terem tirado Espanha, Roménia e Rússia do nosso caminho tem de ter uma razão divina.
Agora caber-vos-á aproveitar esta oportunidade. Vamos lá mudar o ciclo, encher-nos de orgulho, espanto, admiração. Serão 80 minutos importantíssimos para todos. Estaremos juntos!
Força, concentração e boa sorte!
**** O presente artigo de incentivo sobrepõe-se, naturalmente, ao artigo que tenho escrito acerca da lamentável actuação da FPR relativamente ao rugby e aos actuais dois maiores Clubes Nacionais.
Sem prejuízo, fica a nota da futura publicação da minha opinião acerca da fraca atitude da FPR perante um caso em que, se tivesse um pingo de vergonha, teria sido a primeira a reconhecer responsabilidades. Num mandato em que tem andado ausente de tantos acontecimentos positivos do rugby nacional; num mandato durante o qual foi incapaz de resolver problemas com a arbitragem; num mandato que é marcado pelo maior número de decisões disciplinares revogadas ou alteradas por órgãos superiores; num mandato que corresponde à pior fase desportiva da nossa Selecção dos últimos 15 anos; etc., etc… perante um episódio difícil do nosso rugby, em vez de ter tido a preocupação de defender os seus membros, a FPR apressou-se em condenar em praça publica os mesmos, não teve a coragem de fazer frente à pressão politica e mediática dos acontecimentos e, através de um processo disciplinar altamente rebuscado, decidido preliminarmente (só assim se justifica que o presidente da FPR, mesmo antes de reunir com a sua direção e antes da decisão desta, ter estado a falar com os clubes beneficiados pela lamentável situação), tomou a fácil e desejada decisão, DEPROPORCIONAL, de mandar para a 3º divisão Direito e Agronomia.
Mas agora concentremo-nos na Alemanha