O fim de um ano e o começo de outro é um momento festivo, mas é também um momento de reflexão. Tal como nas empresas, cada um de nós, individual ou coletivamente aproveita este momento para fazer um balanço do que foi o ano de 2015 e estabelecer objetivos e expetativas para 2016. Alguns fazem-no com mais ligeireza que outros, é certo, mas todos o fazemos.
A Internet como não podia deixar de ser, também é rica em retrospetivas, ou, como fica mais apropriado dizer, em rebobinar o ano.
Em 2015 temos vários gigantes a competir pela visão mais vista e partilhada.
Em primeiro e destacado lugar, temos o YouTube, com o filme que é uma paródia aos vídeos, pessoas e músicas que mais se destacaram no youtube ao longo do ano:
O seu vídeo conta já com mais de 55 milhões de visualizações, mais do dobro do seu rival, o Facebook, que lançou um vídeo retratando os tópicos mais partilhados, comentados e gostados:
O Google trás uma perspetiva interessante, sobre o que as pessoas mais procuraram:
A um nível diferente, mas igualmente interessante, temos um vídeo que começa a ser habitual todos os anos, que retrata os feitos realizados por pessoas que desafiaram os limites da capacidade física do ser humano:
Numa perspetiva muito pessoal, quando olho para tudo o que ganhou maior destaque e importância ao longo de 2015, fico com a perceção que o que marca 2015 é o facto de ser um ano de rutura. Pela primeira vez, sente-se no ar, de uma forma quase tangível, que nada voltará a ser como dantes. E não me estou a referir à evolução tecnológica. Essa começou logo com o aparecimento da Internet e ainda não parou. Refiro-me antes a uma mudança de princípios, crenças e valores.
Quando olhamos para 2015, ficamos com a impressão (ou pelo menos, eu fico) que há hoje uma intenção irrevogável de nos preocuparmos coletivamente com o nosso planeta. Prova disso é o acordo histórico alcançado ainda em 2015.
Verifico também que as pessoas de um modo geral, estão mais sensibilizadas que nunca para levar uma vida saudável, onde cuidam mais não só do físico, através de uma alimentação saudável e de exercício físico, mas também da mente, através de meditação e maior abertura à aprendizagem e criatividade.
Noto adicionalmente que as pessoas estão mais conscientes que nunca da importância de trabalharem em algo que acreditam e que sintam que ajuda a construir um futuro melhor. A procura incansável do crescimento e do lucro pelo lucro, é cada vez menos um objetivo justificável. O dinheiro enquanto métrica de sucesso é cada vez mais substituído por métricas de contribuição, colaboração e equilíbrio.
E finalmente, o fim da dependência ao consumo desenfreado. As pessoas parecem mais sensatas nas suas opções de compra, de troca, de partilha.
Por tudo isto, eu acredito que, apesar de 2015 ter também testemunhado alguns dos piores momentos da história da humanidade, com tragédias humanitárias de escala mundial, eu mantenho-me cheio de esperança e olho para 2016 com confiança e entusiasmo. Talvez seja porque sou otimista por natureza. É um facto. Ou talvez seja mesmo porque estas mudanças que falo, e que tão positivas são, tenham vindo para ficar. E se assim for, a nossa vida só pode melhorar.