Nas minhas andanças como historiador, visitei o meu amigo Estêvão Limbani, em Chipumbera, junto ao rio Rovuma. Sentámo-nos no alpendre das traseiras a fazer de conta que víamos o poente. Estávamos ali juntos, cada um ajudando o outro a não fazer nada. Porque estar junto é a maior ocupação. Falámos do mundo, mas o assunto, atualmente, tornou-se pobre e pequeno: duas guerras e uma única estrada com aviso de interrupção do trânsito para o futuro.
Estêvão preferiu falar das suas galinhas e do modo como respondem ao toque do seu telemóvel. – O telefone toca lá dentro de casa, eu estou aqui no quintal e as galinhas começam a chamar-me.