A Reify., empresa da Sonae Sierra vai avançar este ano com a construção de alguns dos projetos mais estruturantes da cidade de Lisboa e onde se contam o mega-projeto Metropolis, junto ao estádio do Sporting, de uso misto com habitação, escritórios e retalho, a terceira Torre Colombo, com 33.000 m2 e um edifício mix-use com escritório e habitação no Saldanha.
Em curso, também para arrancar já este ano está o Umay Boutique Resort, hotel que vai nascer em Melides (atualmente em fase de concurso para a escolha da construtora) e uma residência senior em Grândola. Recentemente inaugurados, e num outro segmento, estão as duas residências de estudantes da Temprano, uma em Lisboa, junto a Entrecampos e a outra no Porto, na Avenida da Boavista.
Avançar em todos os segmentos, usando as competências consolidadas em 32 anos de existência, é o grande objetivo da Reify. que resultou de um rebranding recente da empresa Sierra Development Services que ao longo das últimas três décadas assegurou a gestão e promoção de 300 projetos em todo o mundo. A necessidade de romper com uma colagem muito marcada ao universo Sonae Sierra e à construção centros comerciais, levou a empresa do universo Sonae a avançar para esta mudança de nome, como explicou Jorge Morgadinho, arquiteto e diretor-geral da Reify..
“Temos 32 anos de experiência mas somos conhecidos principalmente pelos nossos próprios projetos e por fazermos espaços de retalho. Mas nos últimos nove/dez anos já não é assim. Neste momento, cerca de 90% da nossa faturação já é de clientes externos ao universo Sonae Sierra. Continuar a designar a empresa como Sierra Developments Services era estar a passar uma imagem errada ao mercado, daí este rebranding ”, explica ainda Jorge Morgadinho.
A todo gás, está a Reify. a consolidar o seu estatuto de empresa com capacidade para assegurar projetos em todos os segmentos do mercado num verdadeiro formato chave-na-mão. “Somos a única empresa nacional que assegura um serviço completo e integrado com tudo o que é necessário na área do imobiliário. Aquilo a que chamamos um serviço de A a Z. A começar pelo departamento de estudos de mercado para analisar um projeto do zero, passando por um departamento criado exclusivamente para a questão dos licenciamentos (algo que não é nada habitual no nosso mercado que normalmente se socorre de arquitetos e/ou advogados para os pedidos de licenciamento), para além, claro, de departamentos de arquitetura, engenharia, direção de obra e até da manutenção do edifício, uma vez concluído o projeto”, especificou o responsável, acrescentando que estes serviços podem ser contratados de uma forma individualizada. “Temos projetos que nos chegam já com toda a parte de arquitetura já desenhada, por exemplo, e o promotor só necessita que o edifício seja construído”, reforça ainda o arquiteto.
Com presença local em 13 cidades e 300 projetos desenvolvidos em mais de 30 países, a empresa conta com várias obras em curso dentro e além-fronteiras e outras tantas concluídas recentemente no estrangeiro. “Para além dos projetos que temos para arrancar ainda este ano em Portugal, inauguramos recentemente o projeto da Colômbia, estamos a construir duas residências de estudantes em Espanha (Sevilha e Valência) e inaugurámos um grande projeto em Milão, o mais ambicioso que fizemos até agora e que custou mais de dois mil milhões, o CityLife Shopping District, desenvolvido em parceria com o ateliê Zaha Hadid Architects, e que é um dos maiores e mais importantes projetos de regeneração urbana na Europa. O nosso país é pequeno e a nossa ambição é grande, queremos ser uma empresa com forte impacto internacional”, reforçou ainda Jorge Morgadinho.
Nos projetos internacionais incluem-se ainda um consórcio para a conceção de um hospital, em Bogotá, na Colômbia, um “masterplan” em São Paulo, no Brasil, que inclui escritórios, hotéis, residencial e transporte e projetos multiusos para estações de TGV em Rabat, Marrocos.
A aposta na diversidade de segmentos faz também parte da estratégia da empresa. “Há segmentos que crescem mais que outros, não podemos estar num só nicho. Além de que estamos habituados a fazer projetos complexos e que nos deram muita experiência e devemos tirar partido disso”, enfatizou ainda o arquiteto, dando como exemplo o complexo Vasco da Gama, com o centro comercial por baixo e as torres habitacionais por cima e o complexo Colombo, que cumpre a mesma lógica, mas com o shopping e as duas torres de escritórios já construídas.