As intercalares norte-americanas desta terça-feira são as primeiras eleições desde o assalto ao Capitólio, a 6 de janeiro de 2021, e as medidas de segurança são mais apertadas do que o habitual. A 28 de outubro os serviços de informações norte-americanos emitiram um alerta para episódios de “extremismo interno violento” (DVE).
“Os alvos potenciais da violência de DVE incluem candidatos a cargos públicos, funcionários eleitos, agentes eleitorais, comícios políticos, representantes de partidos políticos, minorias raciais e religiosas ou oponentes ideológicos percebidos”, indicava o alerta a que alguns meios de comunicação social norte-americanos tiveram acesso.
As intercalares vão determinar qual o partido que vai controlar o Congresso nos dois últimos anos do mandato de Biden, estando também em jogo 36 governos estaduais e vários referendos locais sobre questões-chave, incluindo aborto e drogas leves.
Em disputa estarão todos os 435 lugares na Câmara dos Representantes (câmara baixa do Congresso), onde os democratas detêm atualmente uma estreita maioria de cinco assentos, e ainda 35 lugares no Senado, onde os democratas têm maioria apenas graças ao voto de desempate da vice-Presidente norte-americana, Kamala Harris.
As eleições podem não apenas mudar a cara do Congresso norte-americano, mas também levar ao poder governadores e autoridades locais apoiantes de Donald Trump.