O teste ao Nissan Ariya com tração frontal, por enquanto a única versão disponível em Portugal, deixou-nos bem impressionados. Repetimos, sobretudo para quem não leu a nossa primeira análise: consideramos o Ariya um dos melhores carros do mercado. Na verdade, em termos de qualidade de construção e conforto, com destaque para o excelente isolamento acústico, o Ariya não fica a dever nada a modelos mais caros de marcas premium. Pelo contrário: o design exterior tem linhas simples e consensuais, transmitindo a sensação de solidez – a integração das óticas e da ‘grelha’ frontal na carroçaria faz com que o carro quase que pareça ser feito de uma única peça.
Ficámos ainda mais fãs do interior. O conceito minimalista japonês foi muito bem aplicado, criando uma grande sensação de espaço e de qualidade de vida a bordo. Há vários detalhes bem conseguidos, como: a distribuição dos pontos de luz suaves; a consola central espaçosa e flutuante (e que pode ser movida eletricamente); a ‘prateleira’ que se pode estender a partir do tablier; o conforto dos bancos; a continuidade (e posicionamento) dos dois ecrãs; e os botões táteis do tablier, sem relevo relativamente à superfície onde estão integrados, com feedback háptico. Aliás, no que diz respeito aos controlos, a Nissan conseguiu um bom equilíbrio entre minimalismo e funcionalidade, não caindo na tentação de tornar a interface homem/máquina demasiadamente dependente do ecrã tátil. Aqui é fácil alterar o volume da música – há um botão rotativo para o efeito – ou a temperatura do ar condicionado.