A Microsoft está a preparar, pela primeira vez, uma modalidade das chamadas Atualizações de Segurança Prolongadas (Extended Security Updates ou ESU) para os utilizadores finais do Windows 10 – este programa já existia para empresas. Mediante o pagamento de 30 dólares, cerca de 27 euros ao câmbio atual, os utilizadores particulares podem contar receber atualizações de segurança consideradas “importantes” ou “críticas” para o sistema operativo durante mais um ano, após o término do suporte oficial marcado para 14 de outubro de 2025.
Para as empresas, a ESU vai estar disponível em três modalidades: 61 dólares (56 euros) para um ano, que pode ser prolongado para um segundo ano (122 dólares, cerca de 112 euros) e ainda um terceiro ano (244 dólares, cerca de 225 euros) se necessário.
O objetivo destas modalidades é dar mais tempo para que utilizadores e empresas se possam preparar para o fim dos suporte oficial e das atualizações de segurança daquele que ainda é um sistemas operativos mais usados no mundo.
Yusuf Mehdi, vice-presidente executivo da Microsoft, afirma ao The Verge que “os PC inscritos [nas ESU] vão continuar a receber Atualizações Críticas ou Importantes para a segurança do Windows 10; contudo, novas funcionalidades, correções de bugs e suporte técnico não vão estar mais disponíveis”. Os utilizadores vão poder ativar esta modalidade “mais perto da data do fim do suporte, em 2025”, pode ler-se também na publicação oficial da Microsoft.
Mehdi aconselha, no entanto, os utilizadores a migrar para o Windows 11: “Com o fim do suporte ao Windows 10, agora é o tempo para mudar para o Windows 11 com confiança”. Apesar deste conselho, milhões de computadores não podem migrar devido às restrições de hardware mais apertadas do novo sistema operativo, uma vez que este só é suportado por processadores lançados depois de 2018 e requer dispositivos que suportem chips de segurança TPM.
A Microsoft chegou a marcar o fim das atualizações para o Windows 10 em 2023, mas teve de mudar a abordagem devido ao grande número de máquinas que ainda usam este sistema. Em junho, num movimento que pode complicar ainda mais a decisão dos utilizadores, reabriu o programa beta para o Windows 10, para testar melhorias e novas funcionalidades. Isto para um sistema operativo que, supostamente, acaba dentro de um ano.