Nove segundos é suficiente para ver como vai ser o futuro do trabalho à distância? Não. Mas o vídeo que o líder das divisões de realidade aumentada e virtual da Facebook partilhou permite, pelo menos, ter uma ideia sobre o caminho que esta área deverá seguir nos próximos anos.
Numa altura em que o teletrabalho, sobretudo a sua continuação, tem sido discutida um pouco por todo o mundo, como consequência da pandemia provocada pela Covid-19, Andrew ‘Boz’ Bosworth explica que a Facebook tem estado a trabalhar para ‘turbinar’ o trabalho e a produtividade dos profissionais em modo remoto através do desenvolvimento de interfaces de realidade mista para permitir às pessoas “mudarem entre o mundo real e mundos virtuais”.
Ainda segundo o executivo da tecnológica americana, “estas são gravações reais usando óculos protótipo”. “Estamos sempre a experimentar conceitos futuros usando diferentes configurações de hardware como parte do nosso processo de prova-de-experiência”, escreveu na rede social Twitter.
Nas imagens partilhadas são visíveis vários ecrãs virtuais, que o utilizador pode redimensionar e posicionar a bel-prazer, assim como métodos de interação por gestos com estas interfaces. “Prevemos um ambiente de trabalho virtual dinâmico assente em presença social genuína. Os dispositivos de próxima geração dariam às pessoas espaços de trabalho infinitos com ecrãs virtuais configuráveis, quadros brancos e outras ferramentas visionárias”, escreveu a rede social no seu blogue dedicado a novas tecnologias.
Um dos elementos mais cruciais para que este futuro seja alcançável é, segundo a Facebook, o conceito de representação digital de um humano através de avatares. A tecnologia Codec Avatars garante um maior realismo não só da pessoa em si, mas também das expressões faciais durante o diálogo.
Já o próprio líder da Facebook, Mark Zuckerberg, tinha dito nas suas projeções para 2030, feitas no início do ano, que as tecnologias de realidade aumentada e virtual vão ter um papel fundamental no desenvolvimento do teletrabalho. «Imagina que podes viver em qualquer sítio que queiras e aceder a qualquer trabalho em qualquer lado. Se conseguirmos entregar aquilo que estamos a desenvolver, isto vai ficar muito mais próximo da realidade», disse em janeiro.