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O primeiro objetivo está fixado: a Samsung quer que o sistema operativo Tizen esteja presente em 15% dos terminais móveis que coloca no mercado. E já não deverá demorar muito tempo a pôr o mercado à prova: de acordo com a Reuters, a a marca asiática está a ultimar o processo de lançamento de dois smartphones que correm o sistema operativo da família Linux que tem como principais promotores a Samsung e a Intel. O primeiro lançamento deverá acontecer ainda no segundo trimestre de 2014.
A Samsung já fez saber que a estreia no sistema operativo Tizen deverá ocorrer com a estreia de um smartphone de topo de gama e um outro de média gama. Para já, está apenas confirmado o lançamento do topo de gama, de nome ainda desconhecido, no segundo trimestre de 2014. A Samsung não revelou a data de estreia do telemóvel de média gama – mas não será de estranhar que ocorra na mesma altura do terminal de gama mais alta.
Depois de algum atraso, a estreia do Tizen pode ser encarada como uma prova de força da Samsung na liderança de um sistema operativo alternativo às versões do Android, que hoje dominam os terminais da marca norte-americana.
Em janeiro, a Samsung e a Google assinaram um acordo de partilha de patentes, que levou os analistas a concluírem que, afinal, a gigante asiática estaria mais interessada em manter-se na esfera do Android que em investir em sistemas operativos alternativos. Mas a verdade é que o smartwatch Gear 2, que está a chegar ao mercado, já funciona com o Tizen.
Por que é que a Samsung quer apostar num sistema operativo alternativo se chegou ao “topo do mundo” à boleia do Android? A resposta poderá estar na necessidade de reduzir a dependência do Android (e das lutas de patentes que pode originar) e na vontade de assumir o controlo total de um ecossistema composto por sistema operativo e hardware, o que evita a partilha de receitas derivadas da venda de apps com outras marcas de tecnologias.
Oficialmente, a Samsung prefere apresentar a aposta no Tizen como uma forma de chegar a segmentos a que o Android não consegue chegar. O abandono do Android está, portanto, fora de causa. Pelo menos nos tempos mais próximos.
Em que países é que os primeiros telemóveis Tizen vão estar à venda? Eis uma questão que deverá permanecer em suspenso até ao lançamento. «Tentámos lançar o Tizen com a DoCoMo e a Orange, mas não conseguimos devido às condições desfavoráveis do mercado. Mudámos a nossa estratégia e vamos lançar telemóveis em países onde sabemos que as vendas podem correr bem», explica Yoon Han-kil, vice-presidente responsável pela Equipa de Estratégia de Produtos da Samsung, quando entrevistado pela Reuters.