“Intermináveis pensamentos sobre o trimestre seguinte reduziram a marca Nvidia de valor baixo [F-Tier] para valores altos [S-Tier] (…) As RTX 5070 deviam ter no mínimo 16 GB de VRAM, as RTX 5080 24 ou 32 e as 5090 32/48/+. Lançar uma GPU [unidade de processamento gráfico] de 1000 dólares em 2025 com uns arrepiantes 16 GB é um crime monopolístico contra o consumidor”, atacou Edward Snowden na rede social X. O ex-analista e denunciante voou para a Rússia depois de ter revelado documentos que evidenciavam as práticas de espionagem digital da NSA (Agência Nacional de Segurança dos EUA). É a partir dali, já com nacionalidade russa, que Snowden continua a escrever e falar sobre temas como vigilância, cibersegurança, computação e política.
As críticas de Snowden à Nvidia e às configurações da nova série de placas gráficas são corroboradas pela comunidade. Na PCGamer, por exemplo, na análise à RTX 5080 escreve-se que esta é “estranhamente não excitante” e que tem um desempenho mínimo para esta geração. A RTX 5090 é um pouco melhor, apesar do aumento de 400 dólares no preço face às RTX 4090.
Com a atenção virada para o segmento da Inteligência Artificial, onde está a manter-se na dianteira, a Nvidia lançou uma nova geração de gráficas que foi recebida com um misto de reações. Apesar de as RTX 5080 e 5090 terem esgotado em alguns mercados, ainda não se sabe se isso se deveu à elevada procura ou simplesmente à escassez de oferta.
A chinesa Deepseek, com o seu modelo R1 significativamente mais barato, vem dar um novo enquadramento à corrida da Inteligência Artificial, de onde a Nvidia pode sair beliscada se se comprovar que efetivamente é necessário menos poder de processamento do que tem vindo a ser preciso até agora, o que poderá obrigar a empresa a voltar a apostar no desenvolvimento de hardware capaz de surpreender.