A Apple já marca presença em muitos momentos do dia-a-dia dos utilizadores através dos seus diferentes equipamentos – os iPhone, iPad, Mac e Apple TV para consumo de informação e entretenimento, os Apple Watch para dados de saúde, até aos recém-lançados Vision Pro. Agora, a empresa procura criar uma nova categoria de produtos. Segundo a Bloomberg, a empresa está explorar a ideia de ter outros produtos que se movimentem, por meio de robótica, junto do utilizador.
Agora, surgem informações de um dispositivo com nome de código J595 e que consiste num ecrã grande, semelhante ao do iPad, com câmaras e uma base com um atuador robótico. Este produto deve chegar em 2026 ou 2027, podendo abrir caminho para outros aparelhos robóticos, mais móveis e até mesmo humanoides, na próxima década por parte da Apple, revela a agência de notícias.
Estes aparelhos, que seguem ou apoiam o utilizador dentro de casa, vão permitir acesso a informação e aos dispositivos quando temos as mãos ocupadas ou os equipamentos estão noutra divisão, assim como fotografar ou lançar sessões de jogo mesmo quando não estamos em frente ao aparelho. Também serão uma assistência para verificar e manipular artigos em casa, quando estamos à distância.
Para já, tudo indica que a Apple está longe de criar robôs que executem tarefas como colocar a loiça na máquina ou a roupa a lavar. A estratégia parece passar por facilitar o acesso a dispositivos já existentes, como um braço robótico que vire o iPad para o utilizador enquanto está na cozinha e com as mãos ocupadas, para poder seguir uma receita, por exemplo.
O encerramento do projeto que visava construir um carro elétrico autónomo ‘libertou’ centenas de engenheiros com experiência em robótica, condução autónoma e Inteligência Artificial que podem agora estar dedicados a esta estratégia que liga equipamentos à robótica. Um produto deste tipo pode ajudar a Apple a marcar presença no segmento das casas inteligentes, no qual tem ficado atrás da Amazon e da Google.
A equipa dedicada a esta iniciativa está a ser liderada por Kevin Lynch, vice-presidente da Apple para a tecnologia, que reporta diretamente ao responsável da Apple pelo segmento da Inteligência Artificial.
Nesta fase, o hardware e os sistemas para este robô ainda são demasiado caros para produzir e, por isso, demasiado caros para o consumidor final. A aposta tem de passar por continuar a explorar opções para o tornar mais barato para que possa eventualmente dar origem a um produto final que possa chegar ao mercado.