Há um conjunto de funcionários da Apple que deixou de estar entusiasmado com o lançamento dos óculos de realidade mista da empresa para passar a estar “seriamente preocupado”. O The New York Times ouviu oito trabalhadores da empresa que, sob anonimato, revelaram que o equipamento está a gerar preocupações e ceticismo dentro da tecnológica.
A primeira geração deste dispositivo pretende ser uma ponte para a próxima série de produtos tecnologicamente avançados da marca da ‘maçã’, mas muitos trabalhadores receiam que o preço de entrada de três mil dólares (cerca de 2800 euros ao câmbio atual), para um produto que ainda não deu provas no mercado e de utilidade também ainda por clarificar, seja demasiado arriscado. A estratégia de desenvolvimento deste equipamento não parece ser idêntica às do iPod e do iPhone, sendo sim “uma solução à procura de um problema” e “não conduzida com a mesma clareza” que outras, revelam estes empregados.
O descontentamento com o produto chegou a alguns membros da liderança da Apple que, em fóruns fechados, têm questionado o propósito deste headset e o seu potencial. Há cinco anos, num retiro fechado, uma primeira versão do headset terá sido apresentada a um grupo do 100 de executivos de topo da Apple.
Dos rumores até agora avançados, o aparelho deverá ter uma armação de fibra de carbono, uma bateria que se usa na zona da anca, câmaras com rastreamento exterior, dois ecrãs com resolução 4K, possibilidade de ser usado por pessoas que precisam de óculos para ver melhor e um “interruptor de realidade” que permite aumentar ou diminuir a transmissão de vídeo em direto do ambiente que nos rodeia.
A produção do equipamento está a acelerar em direção a um possível anúncio já em junho, mas esta informação ainda não está confirmada oficialmente.