Num artigo publicado esta semana na revista Forbes defende-se que a resposta à necessidade de talentos qualificados passa por duas palavras-chave: reskilling e upskilling, requalificar-se numa nova área de conhecimento, qualificar-se dentro da área de trabalho ou formação. São precisamente estas as palavras usadas para apresentar a escola de formação TechOf, que abre as suas portas no primeiro dia de março, oferendo cursos na área da programação e do marketing digital.
Instalado no Parque das Nações, Lisboa, o novo centro de formação resulta de uma pareceria com a empresa israelita Wawiwa que desenvolveu um método próprio de treino, usado em Israel na incorporação no exército, conta o Diretor de Marketing da TechOf, Diogo Pereira.
Tal como os outros três fundadores do projeto, Diogo trabalha no Wall Street English, instituição parceira deste novo projeto, que nasceu depois de uma avaliação do mercado ter identificado a necessidade de profissionais nestas áreas. “Identificámos uma grande lacuna numa outra língua, a programação”, conta.
Neste caso, a aposta será no horário pós-laboral, em cursos de seis a nove meses, e com uma carga de trabalho que permite aos alunos manterem a sua atividade profissional. Além disso, o que os diferencia, sublinha Diogo Pereira, são os materiais didáticos, “construídos em muitos anos de experiência” e a insistência nas aulas teórico-práticas. “Os alunos terão de resolver problemas reais, das nossas empresas parceiras”.
Os parceiros são também a consultora de recursos humanos BraveMind sendo que existe ainda um grupo de potenciais recrutadores que se mantêm como observadores dos alunos, tendo em vista, obviamente, a contratação.
Apesar de só ter aberto as portas hoje, já há vários alunos inscritos para as primeiras formações que começam em meados de março. Pessoas na casa dos vinte e dos trinta, recém-licenciados, antigos alunos de engenharia que interromperam os cursos durante a pandemia, pessoas da área técnica que querem complementar a formação com a aprendizagem de código. “O sistema de educação não consegue responder às necessidades ao ritmo a que a tecnologia evolui. A especialização tem de acontecer de forma mais rápida.”