Michael James Pratt, neozelandês que estava na lista dos 10 mais procurados do FBI, foi preso em Espanha e vai agora enfrentar pena de prisão perpétua, acusado de pornografia infantil, exploração sexual, agressão sexual e ganhos ilícitos, depois de ter recebido mais de 17 milhões de dólares fruto dos crimes que terá cometido.
As autoridades não identificam o homem pelo nome, mas revelam que foi detido um neozelandês que estava no top dos mais procurados pelo FBI. Pratt entrou para esta lista em setembro, com uma recompensa de 100 mil dólares para quem fornecesse informações que levassem à captura. Segundo o El Español, o homem foi apanhado em Madrid, depois de ter feito check-in num hotel no centro da cidade, com recurso a uma das suas muitas identidades falsas.
Pratt e os seus cúmplices são acusados de terem filmado centenas de cenas de sexo com mulheres jovens entre 2012 e 2019, atraindo-as para o set situado em San Diego com o pretexto de que se tratava de papéis para modelos, com recompensas rápidas. Algumas destas mulheres dizem que foram presas dentro da sala e alvos de abuso e agressões para fazerem as cenas.
A muitas das mulheres foi prometido que os vídeos só seriam vistos por colecionadores privados e em locais remotos como a Nova Zelândia, algo que acabava também por não ser verdade: a rede Girls Do Porn fazia o carregamento do vídeo quase imediatamente para a Internet, para locais populares de pornografia, e em muitos casos arruinou a vida das mulheres em questão.
Pratt está em fuga dos EUA desde 2019, tendo saído do país a meio do julgamento do tribunal. O juiz sentenciou que Pratt e os associados deviam pagar uma indemnização de 12,7 milhões de dólares às mulheres em questão. Muitos dos cúmplices já estão a cumprir penas de prisão e concordaram com os pagamentos.
Resta perceber agora o que irá acontecer a Pratt, se se mantém em Espanha ou será extraditado para os EUA.