As Air Tags são uma prática e conveniente forma de saber a localização exata de objetos, como chaves ou mochilas, ajudando os utilizadores a encontrá-los quando estão perdidos. Os dispositivos medem cerca de três centímetros de diâmetro e devem ser colocados nos objetos a localizar. Agora, duas mulheres queixam-se de que os ex-companheiros conseguiram persegui-las e assediá-las com recurso ao aparelho e acusam a Apple de não fazer o suficiente para a proteção dos utilizadores.
A queixa deu entrada no tribunal de São Francisco no início da semana e as mulheres descrevem as Air Tags como “a arma de eleição de stalkers e abusadores”, referindo que estas já foram associadas a casos de assassinato de mulheres em Akron, Ohio e Indianapolis, nos EUA.
A Apple não reagiu formalmente à queixa ainda, mas já reconheceu no passado que “maus atores” já tentaram fazer um mau uso das Air Tags. Em fevereiro, a empresa anunciara planos de atualização dos aparelhos que os tornem mais fáceis de encontrar e que avisem os utilizadores mais rapidamente de que as Tags “estão a viajar com eles [utilizadores]”, lembra a Reuters.
Uma das queixosas, Lauren Hughes, conta o caso do ex-namorado que colocou uma Air Tag nas rodas do seu carro e a perseguiu, enviando-lhe depois uma mensagem com uma fotografia de uma rulote no seu novo bairro e um emoji a piscar o olho, com o texto “#airt2.0”. A outra queixosa, Jane Doe, revela que o ex-marido conseguiu encontrá-la depois de ter colocado uma Air Tag na mochila do seu filho.
O caso vai agora seguir a via judicial, com a Apple a ter oportunidade de se defender ou chegar a acordo.