A missão que levou à eliminação do líder da Al-Qaeda usou um míssil Hellfire R9X que se distingue por não ter carga explosiva e assentar em seis lâminas retratáveis. Esta característica permite lançar um ataque bastante dirigido e diminuir a probabilidade de causar vítimas colaterais.
Desenvolvido em 2011, o R9X só se tornou conhecido em 2019 depois de uma notícia do Wall Street Journal. A sofisticada arma, que recorre à energia cinética para eliminar os seus alvos, já terá sido usada na Líbia, Síria, Iraque, Iémen e Somália, embora as autoridades dos EUA não o confirmem. Acredita-se que a maior parte das utilizações deste míssil foram contra carros, deixando um buraco distinto no tejadilho ou para-brisas e atingindo o seu alvo com precisão, deixando os outros ocupantes da viatura intactos.
No caso da missão contra al-Zawahiri, há relatos de que o terrorista tenha sido observado durante meses para se conhecer melhor os seus hábitos e rotinas e que os agentes da CIA tenham manobrado um drone até às proximidades do esconderijo para depois disparar o míssil que o eliminou na varanda do terceiro andar do prédio onde estava. Todos os restantes ocupantes do edifício não foram afetados, segundo as autoridades norte-americanas.
O terrorista de 71 anos estava na lista dos mais procurados dos EUA há 20 anos e tinha o nome associado a alguns atos terroristas contra forças americanas em todo o mundo, incluindo o 11 de setembro.