A Facebook anunciou que eliminou 155 contas na sua plataforma e outras seis no Instagram por ter detetado evidências de interferência em questões políticas. A maior parte das contas publicava conteúdos a apoiar as ações da China no Mar do Sul e relacionados com o presidente filipino Rodrigo Duterte, apoiando o atual responsável político e a sua filha, que poderá sucedê-lo em 2022 e criticando o Rappler, um grupo de media independente que denuncia o regime atual.
Uma minoria destas contas interferiu em questões políticas nos EUA, com publicação de conteúdos pró e anti-Donald Trump. Nathaniel Gleicher, responsável pela política de cibersegurança da Facebook, explica que aparentemente as contas estavam ainda a tentar construir uma audiência para os EUA, não tenho muitos seguidores ou conteúdos. A administração Trump acusou a China de estar a tentar condicionar o resultado das eleições presidenciais dos EUA em favor do candidato democrata Joe Biden, enquanto os Democratas dizem que a interferência russa tem sido mais agressiva, lembra a Reuters.
Apesar de as páginas e grupos terem sido criados e mantidos através de redes virtuais privadas, a Facebook acredita que há uma ligação com a China e que estavam a ser operadas a partir de um outro território.
As contas direcionadas para as Filipinas contavam com mais de cem mil seguidores, enquanto as que estavam vocacionadas para os EUA contavam com menos de três mil seguidores.