O comissário europeu Thierry Breton e o CEO da Netflix Reed Hastings concordaram numa redução da utilização de Internet por parte da empresa de streaming em 25% na Europa durante os próximos 30 dias. “Estimamos que a redução das bit rates vai permitir baixar o tráfego da Netflix nas redes europeias por 25% enquanto ainda assegura uma boa qualidade de serviço para os nossos membros”, disse um porta voz da empresa, citado pelo The Verge. A decisão surge numa altura em que cada vez mais pessoas estão em casa e procuram, além de entretenimento online, formas de trabalho remoto que assentam em soluções online.
A Netflix já tem em vigor, desde 2011, um sistema de streaming adaptativo que mantém a transmissão estável e ajustada à largura de banda disponível em cada localização, a cada momento. Agora, a empresa vai continuar a colaborar com as operadoras no sentido de monitorizar o tráfego constantemente e ajustar a qualidade da transmissão à capacidade da rede disponível.
O comissário também publicou no Twitter o resultado da conversa que teve com Hastings: “Para combater a Covid-19, ficamos em casa. Teletrabalho e streaming ajudam bastrante, mas as infraestruturas podem ressentir-se. Para assegurar que a Internet chega a todos, vamos mudar para a definição standard quando o HD não for necessário”, cita o The Verge.
Estudos da Nielsen apontam para uma previsão de aumento de 60% nos conteúdos vistos em serviços como Netflix, Disney+ e Hulu, juntamente com outras formas de entretenimento online.
Também os serviços de streaming de jogos, como o Twitch, estão a registar aumentos de procura nesta fase e a tentar ajustar-se a estes picos. Em Itália, o volume de consumidores a ver Twitch online em simultâneo aumentou 66% desde a primeira semana de fevereiro. O CEO da StreamElements explica que não só aumentou o número de canais disponíveis, como aumentou também o número de espetadores a ver em simultâneo cada conteúdo.
A Netflix não revela dados sobre qual o aumento de consumo e do número de consumidores em todo o mundo.