O processo estava em apreciação pelas autoridades desde 2017, altura em que a Qualcomm acusou oficialmente a Apple de estar a infringir algumas das suas patentes no iPhone. Agora, passado um julgamento de duas semanas, um juri determinou que a Apple terá mesmo violado a propriedade intelectual da Qualcomm no desenvolvimento de alguns modelos de iPhone e condenou a empresa de Cupertino a pagar 31 milhões de dólares.
As patentes em causa estão relacionadas com a forma rápida como o telefone se conecta à Internet depois de ser ligado, com a eficiência de bateria e processamento gráfico e ainda com uma solução de gestão de tráfego que permite que as apps sejam descarregadas mais rapidamente.
A Apple defende que um engenheiro chamado Arjuna Siva teve contribuições decisivas para a criação da solução de arranque e que o crédito lhe devia ser atribuído. Siva trabalha agora para a Google e recusou prestar testemunho, pelo que o juri não considerou este argumento da Apple.
Por outro lado, a empresa de Tim Cook defende ainda que este processo é uma retaliação da Qualcomm por ter deixado de ser a fornecedora exclusiva de processadores para o iPhone, posição que detinha desde 2011 e que agora partilha com a Intel, que começou a fornecer a Apple em 2016.
Este é apenas um capítulo de uma longa batalha legal que envolve as duas empresas em vários países e com diferentes alegações de parte a parte, lembra a Cnet.
O montante de 31 milhões de dólares definido pelo juri corresponde ao que a Qualcomm pedia, mas ainda é passível de recurso por parte da Apple.