O Free Basics Internet é um serviço fornecido pelo Facebook e que se destina à população de países em vias de desenvolvimento. Com esta funcionalidade, os utilizadores podem criar contas de Facebook e aceder a uma gama limitada de serviços online, mesmo com computadores e smartphones de características modestas.
O Free Basics esteve disponível no Egito, mas acabou por ser suspenso a 30 de dezembro. O governo egípcio anunciou que a licença da operadora Etisalat seria válida apenas por dois meses, mas duas fontes próximas garantem à Reuters que o motivo é outro. As autoridades locais pretendiam que o Facebook lhes oferecesse uma forma de contornar a segurança do serviço e lhes permitisse espiar o que os utilizadores estariam a escrever e a ver. Com a recusa do Facebook em colaborar, o serviço acabou por ser suspenso.
Os porta-vozes do Facebook não comentam o tema e, do lado do governo egípcio, o porta-voz do Ministério das Comunicações explica que a decisão se deveu a um parecer emitido pelo regulador de telecomunicações locais que via o serviço como sendo prejudicial ao mercado e aos concorrentes que disponibilizam acessos pagos à Internet.
O Facebook revelou que mais de três milhões de egípcios usaram o serviço Free Basics, dos quais um milhão nunca tinham acedido à Internet. Na Índia, o Free Basics tem sido discutido, mas à luz da neutralidade da Net, uma vez que permite o aceso mais rápido a um grupo selecionado de sites e serviços.