Robin Dunbar, professor em Oxford, decidiu perceber se os amigos que se mantêm nas redes sociais são amigos no verdadeiro sentido da palavra. O objetivo passou por averiguar se serviços como o Facebook ajudam realmente a manter grandes redes de amigos.
O professor analisou os dados de dois estudos anteriores, de abril e maio de 2015, efetuados junto de 3375 utilizadores, com idades entre os 18 e os 65 anos. Em média, cada um destes utilizadores tinha 150 amigos no Facebook, com as mulheres a terem redes de contacto maiores do que os homens.
Estes utilizadores tiveram depois de identificar, dentro da sua rede de contactos, com quantos amigos poderiam contar no caso de uma crise emocional ou social. A resposta pode surpreender: dos 150 amigos do Facebook, os utilizadores identificavam, em média, 4,1 amigos em quem pudessem confiar nestes casos.
Dunbar também refere que os utilizadores com grandes redes de contactos no Facebook não têm necessariamente de ter mais amigos verdadeiros, na vida real: «os utilizadores com redes anormalmente grandes de contactos não passaram a ter mais amigos próximos do que tinham, mas sim adicionaram mais conhecidos aos seus círculos de amizade».
O professor explica que uma relação só se pode aprofundar com o tempo investido e que, no mundo atual, passamos muito pouco tempo conectados aos nossos amigos do Facebook.