A Microsoft registou prejuízos de 3,2 mil milhões de dólares (cerca de 2,9 mil milhões de euros) no trimestre passado. O valor fixa um novo recorde negativo nos resultados trimestrais da companhia, mas não é o único indicador financeiro negativo a merecer destaque.
Na origem dos resultados negativos está a integração contabilística da unidade de dispositivos móveis da Nokia, que a Microsoft havia comprado por 7,5 mil milhões de dólares (cerca de 6,8 mil milhões de euros) no ano passado.
Ao processo de reestruturação de uma unidade que tarda em impor-se no segmento móvel, há que juntar outros dados menos auspiciosos para a contabilidade da gigante do software:no trimestre passado, as vendas do Windows pré-instalado em PC registou uma quebra de 22% – uma tendência que pode estar relacionada ao facto de a Microsoft já ter feito saber que vai lançar o Windows 10 a 29 de julho, mas que acentua o declínio que o líder dos sistema operativos de computadores pessoais tem vindo a denotar nos últimos tempos.
Ainda no campo das notícias pouca animadoras, realce para a perda de 40 cêntimos de dólar por cada ação durante o trimestre que termina em junho e ainda a confirmação do despedimento de 7800 pessoas.
Face à perda de tração do PC e dos sistemas operativos que operam nesse segmento, Staya Nadella (na foto), CEO da Microsoft, tem tentado redirecionar a companhia para a distribuição de software como um serviço e para o cloud computing. Parte dos 22,2 mil milhões de dólares (cerca de 20,2 mil milhões de euros) faturados no trimestre anterior já reflete essa estratégia: de acordo com a Reuters, os negócios derivados do Office 365 e do Azure, cresceram 96%, sendo que o Office 365 já conta com mais de 15 milhões de subscritores; e o motor de busca Bing deverá ter os primeiros lucros em 2016.