
Vários responsáveis políticos apelam a empresas como a Google e o Facebook para que as autoridades possam ter mais acesso às atividades online dos utilizadores.
À luz das revelações de Snowden sobre as práticas da NSA e de algumas agências de espionagem europeias, as empresas tecnológicas melhoraram a defesa de privacidade das suas comunicações, encriptando o tráfego e deixando as autoridades às cegas. Agora, na sequência dos ataques terroristas em Paris, os responsáveis políticos exigem que as autoridades possam ter mais acesso.
Do lado britânico, o primeiro-ministro David Cameron chega a sugerir que, se for eleito em maio, irá banir serviços de comunicações online que usem a encriptação, como o Snapchat ou o WhatsApp. Esta proposta de reforma contempla ainda que as operadoras de telecomunicações sejam obrigadas a armazenar mais dados sobre as atividades online dos utilizadores e que as tenham de ceder às autoridades mandatadas para o efeito, noticia o New York Times.
David Cameron justifica esta medida dizendo que a sua primeira responsabilidade é proteger o país da ameaça terrorista e que se os cidadãos tiverem uma forma de comunicar que não possa ser vigiada pelas autoridades, essa missão torna-se impossível.
As restrições propostas agora por Cameron só poderão entrar em vigor a partir de 2016 e desconhece-se como é que o govero britânico poderá agir para bloquear estes serviços.