As Harley irradiam um misto de tradição, cromados, herança, estilo e uma alma muito própria. É com este sentimento que alguns entusiastas olham com desdém para a possibilidade de surgirem motas elétricas da marca. O projeto LiveWire usa os desenhos mais recentes e os protótipos mais atuais e a experiência de construção da Harley para criar motas elétricas potentes e que não fujam muito daquilo que a comunidade está à espera que seja uma Harley Davidson, explica o ArsTechnica.
O responsável do projeto, Ben Lund, conta que o LiveWire surgiu como uma ideia e que os criadores quiseram criar uma moto de origem, a partir de uma folha em branco. O resultado é uma moto que parece diferente, mas que respeita ainda os traços originais.
Os primeiros protótipos do Projeto LiveWire parece já motas de produção e têm bastantes pormenores de design completos. A equipa usou CAD e FEA (de Finite Element Analysis) para desenhar os modelos e software como o Pro Engineer Wildfire e CAM (de Computer Aided Machining) para assegurar elementos como estabilidade, força e durabilidade. Os modelos demorou quatro meses a serem finalizados e o processo passou mais por afinação e validação do que construção por tentativa e erro. Algumas das peças da mota foram impressas em 3D, à escala real, para se assegurarem alguns parâmetros de segurança e funcionalidade.
As motas do LiveWire usam um motor elétrico de indução AC com 74 cavalos, que é montado na longitudinal. Esta solução permite atingir mais potência a um custo reduzido. A alimentação elétrica é assegurada por uma bateria de iões de lítio, capaz de produzir 300 V e a mota pode chegar a atingir 160 km/h.
Veja o vídeo sobre o sistema elétrico das Harley.