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De uma forma simplista, a questão da neutralidade da Net prende-se com regras necessárias para tornar o acesso a conteúdos o mais semelhante possível, seja para ver um vídeo em HD ou para ler uma página de texto. A grande dúvida, e a que mais batalhas tem provocado, é saber quem paga e quanto, explica o New York Times.
Há várias partes a puxar para cada lado nesta questão: os fornecedores de internet, como a Vodafone, os gigantes da Web, como a Google, empresas mais pequenas como o Spotify e os defensores dos direitos dos 500 milhões de consumidores na União Europeia.
O debate está a ser conduzido na Europa e nos EUA, sendo que no “velho continente” ainda acresce o pormenor de se ter de verificar quais os incentivos necessários para desenvolver uma infraestrutura de telecomunicações, uma vez que a existente já foi ultrapassada há muito pela dos EUA e pela asiática.
As operadoras pretendem que os fornecedores de conteúdos, como a Google, paguem mais pela emissão de vídeos do YouTube, que exigem mais velocidades e largura de banda. Apesar de fornecedores grandes, como a Google, poderem pagar estas taxas, as empresas mais pequenas, como o Spotify, por exemplo, não o poderiam fazer e ficariam prejudicadas, condenadas a oferecerem um acesso mais lento.
Por outro lado, a defesa dos consumidores pretende que as novas regras não encareçam o acesso à Net e que os interesses dos produtores e operadores europeus saiam defendidos, sob pena de sucumbirem aos gigantes norte-americanos como a Google, Netflix ou Amazon.
A votação sobre este assunto deverá ser realizada na quinta-feira. Os efeitos práticos ainda devem tardar, uma vez que não se devem conseguir implementar logo todas as alterações necessárias.