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O julgamento em tribunal marcial de Bradley Manning terminou há pouco. Manning foi sentenciado a 35 anos de prisão, despromoção para soldado raso, perda de direito ao salário e demissão por ato desonroso.
Segundo o The Verge, Manning, que em 2010 passou quase 700 mil documentos governamentais à WikiLeaks, não foi condenado pela acusação mais grave de todas, a de ajuda ao inimigo, que lhe teria valido prisão perpétua. O juiz deu como provadas quase todas as outras, todavia, incluindo as acusação feitas sob o Espionage Act, Computer Fraud and Abuse Act e o código de justiça militar.
Manning, de 25 anos, chegou a encarar uma pena de prisão muito superior. Segundo a Wired, a acusação chegou a pedir 90 anos com um mínimo de 60 anos passados na prisão, argumentando que Manning tinha traído os EUA, colocado em risco vidas e interferido com os esforços diplomáticos do governo.
Apesar de a defesa ter alegado que, na altura, Manning sofria de um transtorno mental devido ao isolamento, o soldado assumiu a responsabilidade dos seus atos e pediu desculpa pelos mesmos.