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Unidade 61398: a alegada base dos hackers chineses que atacaram 141 entidades americanas
O conselheiro do presidente dos EUA apelou às autoridades chinesas para que investiguem e ponham termo aos ataques que têm sido lançados contra organismos e empresas americanas, noticia a IDG News Service. Durante uma palestra na Asia Society, em Nova Iorque, Donilon apontou o dedo aos hackers chineses, que diz serem os responsáveis por «ciberintrusões» que têm ocorrido «a uma escala sem precedentes».
O responsável governamental dos EUA frisou ainda que as intrusões que, alegadamente, são lançadas a partir da China põem em risco a propriedade intelectual e informação sensível para as empresas e organismos americanos.
O discurso serviu ainda para antecipar a tomada de medidas por parte das autoridades norte-americanas com o objetivo de pôr termo às incursões dos hackers. Donilon não forneceu detalhes sobre as iniciativas que a Casa Branca prevê tomar no que toca à segurança informática do país, mas referiu três passos que as autoridades chinesas deverão tomar nos próximos tempos: 1) a China tem de reconhecer que os ciberataques podem deteriorar as relações diplomáticas com os EUA; 2) A China terá de encontrar forma de acabar com os ataques; e 3) As autoridades de Pequim devem aceitar um diálogo com as autoridades de Washington com o objetivo de ambas as partes chegarem a um entendimento sobre o que é lícito fazer na Internet.
O aviso de Donilon surgiu três semanas depois de um relatório da consultora Mandiante que acusa a Unidade 61398, que alegadamente denomina o braço eletrónico do exército chinês, de ter desviado vários TB de dados de 141 empresas e organizações dos EUA. Após a divulgação do relatório da Mandiant, Yang Jiechi, ministro dos Negócios Estrangeiros Chinês reagiu às acusações solicitante maior cooperação no combate aos ataques de hackers.