Sem pôr em causa o poder das tecnologias, Passos Coelho desmistificou a ideia de que os computadores, redes de telecomunicações e o software sejam, por si só, a "solução milagrosa para todos os problemas".
O primeiro-ministro reiterou ainda a intenção de introduzir algumas alterações no que toca à política de uso das tecnologias dentro do Estado. "Há muitas coisas que o Estado não precisa de fazer e que podem ser feitas em outsourcing", frisou perante uma plateia de especialistas e empresários da área das tecnologias e telecomunicações.
Numa altura em que o combate ao desperdício e ao despesismo são a prioridade para o executivo, o primeiro-ministro reiterou a intenção de acabar com algumas práticas do passado: "Faz sentido que todos os ministérios tenham sistemas setoriais (de tratamento de dados) de recursos humanos?".
Em jeito de balanço, o primeiro-ministro lembrou que, no Estado, ainda há muitas "máquinas que não comunicam com as do vizinho" e prometeu manter a Saúde, a Justiça e a Educação no topo das prioridades de investimentos nas tecnologias.