Na Associação do Comércio Audiovisual de Obras Culturais e de Entretenimento de Portugal (ACAPOR) há muito que se perdeu a conta aos ciberataques lançados em retaliação pela apresentação de queixas na justiça contra sites que alegadamente promovem a partilha de vídeos pirateados.
Ontem, voltou a ser apenas mais um dia em que o site deixou de funcionar… até que a ACAPOR teve de proceder à recuperação da operacionalidade. Hoje, repetiu-se o cenário: o site está atualmente inoperacional e a ACAPOR acredita poder recuperá-lo em breve.
Apesar de não haver qualquer reivindicação, Nuno Pereira admite a existência de um ataque levado a cabo por internautas descontentes com o recente anúncio de encerramento dos sites de partilha de vídeos Né & Miguelito, PDC Links e OXE7.
O presidente da ACAPOR desvaloriza o ataque. E alega duas razões para o fazer: os ataques são tão frequentes que já fazem parte da rotina; e o site da ACAPOR não impede a associação de se manter em funções. «Quando ocorrem situações como estas (o encerramento de sites que partilham ficheiros devido a ações levadas a cabo pela ACAPOR), os ataques ao site tornam-se diários; umas vezes conseguem, outras vezes não. Quando não há notícias de ações que envolvem a ACAPOR os ataques tornam-se raros».
Nuno Pereira confessa que já perdeu a conta ao número de vezes que o site da ACAPOR esteve “em baixo”. O mesmo se passa com o número de e-mails recebidos com ameaças pessoais ou contra a ACAPOR. «Não nos podemos preocupar com essas coisas. Caso contrário, não conseguiríamos fazer o nosso trabalho».