A cegueira provocada por diferentes doenças é uma condição bastante comum em cães envelhecidos. A família do Kunde, um cão de Houston, EUA, não se resignou com a cegueira provocada por glaucoma e pediu a ajuda de uma equipa de engenheiros da Universidade de Rice. Quatro alunos colocaram mãos à obra e projetaram um colete que transmite feedback háptico e um sistema de câmaras que ajuda o Kunde a orientar-se, mesmo estando cego.
A solução criada usa câmaras estereoscópicas, mais baratas do que as LIDAR, para analisar o ambiente envolvente e enviar sinais para os pequenos atuadores colocados no colete. Quanto mais o cão se aproxima de algum obstáculo, mais intensa é a vibração.
Issy Tsai, que faz parte da equipa, explica que “é como darmos-lhe um segundo par de olhos, com as câmaras a criar um mapa de profundidade. Os desafios passaram por criar um sistema leve e que possa ser usado em diferentes condições climatéricas, desde chuvas ao calor abrasador, comuns em Houston.
Com este protótipo, o Kunde recebe sinais de obstáculos a uma distância que pode ir até aos oito metros e a bateria é suficiente para duas horas de utilização, noticia o New Atlas.
A equipa pretende aplicar os conhecimentos obtidos com este projeto para desenvolver um sistema de navegação que possa ajudar mais cães e outros animais a voltar a ‘ver’.