O texto final da COP28 pode ter sido uma deceção para quem esperava limitações claras aos combustíveis fósseis. Mas para a opção pelo nuclear representou um momento de vitória. “Um evento histórico”, classificou a Agência para a Energia Nuclear. Após duas semanas de discussão no Dubai, no documento adotado reconhece-se a necessidade de reduzir substancialmente as emissões de gases com efeito de estufa, acelerando o desenvolvimento de soluções de baixas emissões, nas quais se inclui o nuclear, sublinha a agência intergovernamental da OCDE.
Nos anos 50 do século passado, só na América, as centrais nucleares alimentavam 300 mil lares, lembra a revista MIT Technology Review. “A décadas de crescimento seguiram-se décadas de declínio, à medida que acidentes, desperdício e o alto custo de construção de reatores nucleares os tornaram comercial e politicamente tóxicos”, diz-se na publicação que assinala a mudança de perspetiva que tem vindo a acontecer desde o início do século e coloca a empresa americana de reatores nucleares, NuScale, na lista das 15 tecnológicas na área do clima a merecer atenção.