Investigadores da NASA criaram a missão DART com o objetivo de perceber se era possível disparar um projétil a grande velocidade contra um asteroide para o fazer desviar-se da rota e afastar assim o perigo de uma colisão com a Terra. A primeira conclusão, obtida no ano passado logo após o impacto, foi de que a missão foi um sucesso e o asteroide Dimorphos mudou efetivamente de trajetória.
Agora, passados alguns meses, a equipa publica cinco estudos na revista Nature e conta que foram ‘aparadas’ mais de 1100 toneladas de rocha do asteroide para o Espaço. Um dos painéis solares da DART atingiu o Dimorphos antes do restante veículo colidir a cerca de seis quilómetros por segundo, atingindo-o a 25 metros do seu centro. A dispersão de rocha continuou, afastou-se do asteroide e contribuiu para que este se desviasse ainda mais da sua trajetória, explica o Engadget.
Os cientistas estimam que, para um asteroide de dimensões semelhantes às do Dimorphos, nem sequer é necessário o envio de missões de reconhecimento antecipadas. Basta que a comunidade tenha a informação da possível colisão com o nosso planeta com alguns anos (ou décadas) de antecipação e seremos capazes de usar um sistema semelhante ao do DART para desviar o asteroide.
Frank Marchis, do SETI em Mountain View, Califórnia, afirma que “podemos rapidamente desenhar uma missão para divergir um asteroide se houver uma ameaça e sabemos que teremos uma grande probabilidade de sermos bem-sucedidos”.