A Microsoft descreve o Premonition como sendo um sistema de previsão meteorológica, mas aplicado às ameaças biológicas, como surtos de doenças, por exemplo. O projeto já tinha sido apresentado em 2015, mas a empresa de Redmond usou o palco da edição do Ignite deste ano para mostrar o estado atual e algumas novidades importantes.
O desenvolvimento do Premonition foi feito por equipas da Microsoft em parceria com o Convergence Accelerator Program da Fundação Nacional de Ciência dos EUA e com instituições académicas como a Universidade John Hopkins, a Universidade Vanderbilt, a Universidade de Pittsburgh ou o Instituto de Métricas de Saúde e Avaliação da Universidade de Washington. A gigante farmacêutica Bayer também se associou para desenvolver um sistema de maior compreensão de doenças e do papel das redes de sensores autónomos, explica o Tech Crunch.
O Microsoft Premonition pretende detetar doenças infeciosas antes que haja uma expansão preocupante. Nesta fase, os investigadores estão a focar a atenção em doenças transmitidas por mosquitos, tendo sido já analisadas mais de 80 biliões combinações de material genético. O sistema inclui robôs, modelos de aprendizagem de máquinas e ferramentas de análise dos dados e das amostras. Ethan Jackson, diretor sénior do programa, explica que a ‘revelação’ surgiu durante um surto de ébola em 2014 e que a empresa olhou para a robótica, sistemas de Inteligência Artificial e de computação na nuvem como sendo uma possível solução para o desenvolvimento deste tipo de ferramentas.
Durante a crise do vírus Zika, em 2016, a equipa esteve no terreno com uma pequena frota de armadilhas robotizadas que capturavam e analisavam mosquitos de forma autónoma, numa fração de segundos durante o qual se decidia se se mantinha o inseto preso ou se se o libertava.
A ligação deste sistema com o Ignite prende-se com a utilização da plataforma Azure para o armazenamento na nuvem e para o poder de computação.